quarta-feira, 1 de maio de 2013

A "ditadura" dos mais velhos no continente negro.

A "ditadura" dos mais velhos no continente negro Javier Brandoli 2013-04-30, Edição 48 http://pambazuka.org/pt/category/comment/87216 A enorme diferença de idade entre os líderes do cone sul da África e os eleitores africanos está criando uma África de duas velocidades distintas. Por um lado, os partidos que governam com mão de ferro, cujos líderes de topo são ex-guerrilheiros que lutaram pela independência, e por outro, a nova geração de eleitores que não conheceram os tempos do colonialismo. A enorme diferença de idade entre os líderes do cone sul da África e os eleitores africanos está criando uma África de duas velocidades distintas. Por um lado, os partidos que governam com mão de ferro, cujos líderes de topo são ex-guerrilheiros que lutaram pela independência, e por outro, a nova geração de eleitores que não conheceram os tempos do colonialismo. Não havia dúvida sobre a liberdade, pois ela já existia quando eles nasceram. Hoje, na África, já existem mais pessoas maiores de idade em muitos países que nasceram como Estados independentes e "democratas", do que aqueles que conheceram as antigas colônias. Mais de um terço da população africana está entre 15 e 24 anos. No entanto, a média de idade dos 10 presidentes dos países que ocupam o cone sul da África é de 70 anos. Líderes em idade de aposentadoria Eles se destacam por mais velho, o eterno antigo presidente do Zimbábue , Robert Mugabe , já com 89 anos, e o jovem presidente Botswana, Ian Khama , 60. Na verdade, só ele, o presidente do Malawi, Joyce Banda, e o presidente do Lesotho, Pakalitha Mosisili, também abaixo de 70. Para fazer uma comparação, na Europa, no final da última década, a média de idade de seus líderes foi de 55 anos. A Itália, por exemplo, é o país com a maior média de idade entre seus líderes, com 59. Neste cenário, há toda uma geração de africanos que pede passagem. Um artigo brilhante em "Thinkafricapress" denunciava essa alarmente divisão com a manchete: "Os jovens vão decidir". Mais uma vez se coloca em cima da mesa a possibilidade de na África negra uma "Primavera Árabe", mas "até agora tem havido tentativas e levantes em países como Moçambique, Suazilândia, África do Sul e Malawi que foram facilmente controlados ", lembra a análise detalhada. Em muitos casos, o jovem estrelou a revolta, mas tiveram mais uma repercussão de trabalho que demanda um impacto de mudança política. Zimbábue como um laboratório Uma medida nova nesse sentido é o caso do Zimbábue. A próxima eleição, provavelmente em junho, tem uma característica especial: pela primeira vez, a maioria dos eleitores não viveram o colonialismo como o fantasma Mugabe. Na verdade, os jovens juntaram-se numa uma plataforma online para promover a votação e as mudanças sem escolha política. O site serve como uma plataforma www.x1g.org para estes oito grupos de jovens civis que relatam que "apenas 34% dos eleitores têm menos de 35 anos, já que são mais de 50% da população ". Eles pedem mudanças, que deixem-os votar, dar-lhes passagem. "Não nos oferecem nada, eles não têm nada para nós. 'São velhos que querem o poder", diz Tim, um jovem de Zimbábue, 30, engenheiro e trabalha em uma oficina em Moçambique. Na África do Sul, por exemplo, a revolução da juventude terminou bruscamente. O líder famoso da revolta, Julius Malema , constantemente envolvido em escândalos de corrupção desde a sua criação, quando era apadrinhado pelo Presidente Jacob Zuma, acabou no banco de reservas, arruinado (acaba de ser expropriado de sua grande propriedade por acusações de corrupção) e repudiado por todos depois de manter um pulso geracional com as vacas sagradas do seu partido. Ele deixou de ser o emblema da juventude reacionária africana, mesmo em países como Moçambique, a juventude da Frelimo, partido no governo, teve o seu estilo característico revolucionário baseado no capitão Hugo Chávez, para homenagear, para ser um pária que chegou a pedir readmissão no ANC prometendo ser bom em seu último Congresso.Foi-lhe negado o indulto. O tempo dos jovens Um livro recente de Moçambique, a professora universitária, Alcinda Honwana, intitulado "O tempo dos jovens", faz uma análise da juventude africana: Narra depois de centenas de entrevistas em todo o limbo continente, o limbo em que está uma geração de vidas africanas. "Há um período entre a infância e a idade adulta em que eles não têm oportunidades, sem emprego, sem portas para abrir. Eles têm famílias que mantêm e poucas oportunidades", explica ela. A situação é ainda pior, há uma carga geracional para essa juventude. “Eu tenho que fugir da minha aldeia. Aqui eu não posso sustentar minha esposa e duas filhas. Meus avós e tios como eu sei que eles são cobrados em casa e perguntar, sempre perguntam 'Você tem que dar a eles, você é obrigado, são maiores . Se um dia eu compro uma galinha e eles vêem todos para casa para comer. Se eu tenho cinco litros de óleo e eu encontrá-los, eles acabam levando. As famílias aqui só querem seu dinheiro ", conta um Acasio desesperado, garçom um hotel em Moçambique, Vilanculos. O que você pode fazer? " Fugir e viver longe. Muitos dos meus amigos o fizeram e estão felizes. Vuelven apenas para o Natal, mas cuidam de sua vida com sua esposa e filhos." Desemprego alarmante Os jovens subsaarianos, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT) tem um desemprego de 11,5%. No entanto, este número é enganoso. "Não é uma questão de quantidade, a qualidade é um problema", diz a organização. "O trabalho é muito barato na África. Uma média salarial pode ser em torno entre 90 e 200 euros por mês, o que permite as nacionais e internacionais empresas acumular muitos trabalhadores com empregos não qualificados. Demissões são livres em muitos casos" , denunciam os inúmeros relatos. "Eu deixei a escola porque eu sabia que iria acabar trabalhando como meus irmãos mais velhos no campo. Foi sorte, acabei de motorista", diz Alberto. No entanto, essa realidade não muda nada. O respeito e a reverência aos mais velhos impedem os africanos dar uma guinada no volante a este respeito. Os laços geracionais, a filosofia 'Ubuntu' impregnada em todo o continente, que fala da sociedade à frente do individual: "Eu sou porque nós somos". Uma filosofia social que estreira os laços sociais e da solidariedade e impede excessos individualistas. Há uma ordem que deve ser respeitada. Como afirma o repórter Ryszard Kapuscinski, simplesmente, em seu livro "Ebony", "Na África os pequenos cuidam dos mais velhos e destes, cuidam os mais velhos ainda. Esta hierarquia de idade é rigorosamente observada e com obediência absoluta ".

domingo, 28 de abril de 2013

PARA OS DISCENTES DO V SEMESTRE, ALAGOINHAS, CAMPUS II – AULA 03:

Appiah, no livro “Na casa de meu pai”, mais especificamente no capítulo “A invenção da África”, discute o processo de construção das representações do continente africano predominantes na contemporaneidade: a África dos negros, una, homogênea e indistinta, resultante das diferentes inspirações pan-africanistas; e a África selvagem, primitiva, habitada por povos sem cultura e História, repleta de doenças, fome e miséria. Tomando como referência o texto indicado, discuta a questão acima.

PARA OS DISCENTES DO V SEMESTRE, ALAGOINHAS, CAMPUS II – AULA 02:

Quantas e quais são as possibilidades de representar o continente africano a partir do senso comum que permeia a maior parte da população brasileira? Como o continente africano é retratado nos filmes da indústria cinematográfica hollywoodiana, revistas em quadrinhos e mídias de modo geral?

PARA OS DISCENTES DO V SEMESTRE, ALAGOINHAS, CAMPUS II – AULA 01:

Mitos científicos, barragem de mitos. Discuta estes conceitos, tomando como base os textos de Joseph Ki-Zerbo e Elikia M´Bokolo. Não esquecer as definições da Antropologia contemporânea para o conceito de Mito.

PARA OS DISCENTES DO VII SEMESTRE, ALAGOINHAS, CAMPUS II – AULA 04:

Roland Oliver, no livro A experiência africana, discute a respeito do processo que antecedeu as invasões das potências europeias no continente africano. Pode-se dizer que houve uma guerra travada entre europeus e africanos? Comente sobre o processo em questão, tomando como base o capítulo “Estranhos a porta”, do livro citado.

PARA OS DISCENTES DO VII SEMESTRE, ALAGOINHAS, CAMPUS II – AULA 03:

Discorra a respeito do contexto que antecede a Conferência de Berlim, destacando a atuação dos missionários, comerciantes e viajantes de modo geral.

PARA OS DISCENTES DO VII SEMESTRE, ALAGOINHAS, CAMPUS II – AULA 02:

Quando começa o tempo contemporâneo da História da África? A Queda da Bastilha, em 1789, apontada como marco para o início da história contemporânea, pode ser vista como início da Idade contemporânea africana?

PARA OS DISCENTES DO VII SEMESTRE, ALAGOINHAS, CAMPUS II – AULA 01:

As práticas e os costumes dos negros e negras de nosso país, a exemplo do samba, maracatu e candomblé, podem ser vistas como parte da História da África? Pode-se afirmar que é necessário e imprescindível estudar a África para entender o Brasil?

PARA OS DISCENTES DO V SEMESTRE, JACOBINA, CAMPUS IV – AULA 04:

Appiah, no livro “Na casa de meu pai”, mais especificamente no capítulo “A invenção da África”, discute o processo de construção das representações do continente africano predominantes na contemporaneidade: a África dos negros, una, homogênea e indistinta, resultante das diferentes inspirações pan-africanistas; e a África selvagem, primitiva, habitada por povos sem cultura e História, repleta de doenças, fome e miséria. Tomando como referência o texto indicado, discuta a questão acima.

PARA OS DISCENTES DO V SEMESTRE, JACOBINA, CAMPUS IV – AULA 03:

Quantas e quais são as possibilidades de representar o continente africano a partir do senso comum que permeia a maior parte da população brasileira? Como o continente africano é retratado nos filmes da indústria cinematográfica hollywoodiana, revistas em quadrinhos e mídias de modo geral?

PARA OS DISCENTES DO V SEMESTRE, JACOBINA, CAMPUS IV – AULA 02:

Mitos científicos, barragem de mitos. Discuta estes conceitos, tomando como base os textos de Joseph Ki-Zerbo e Elikia M´Bokolo. Não esquecer das definições da Antropologia contemporânea para o conceito de Mito.

PARA OS DISCENTES DO V SEMESTRE, JACOBINA, CAMPUS IV – AULA 01:

A disciplina “África Pré-colonial” indica a forte influência da história eurocêntrica, bem como da historiografia colonial europeia. Ainda hoje existe quantidade significativa de estudiosos que utilizam este conceito, apontando que a presença colonial possui força significativa tanto nos programas, bem como nas disciplinas dedicadas à História da África nas universidades brasileiras. O conceito, que nomeia a disciplina, justifica uma concepção de História, e coloca os europeus como marco primordial para a História do continente africano. Comente esta questão, destacando as discussões feitas, bem como os textos lidos em sala de aula.

PARA OS DISCENTES DO VII SEMESTRE, JACOBINA, CAMPUS IV - AULA 04:

“Os exércitos europeus invadiram e conquistaram os países africanos existentes no período. Todos os povos ou sucumbiram, ou aceitaram o poderio europeu com relativa facilidade. Não houve um só país sequer que tenha resistido ou derrotado as potências europeias”. Por favor, comentem esta afirmação, baseando-se nas nossas aulas e nos textos lidos em sala de aula.

PARA OS DISCENTES DO VII SEMESTRE, JACOBINA, CAMPUS IV - AULA 03:

O conceito de “Partilha Africana” vem sofrendo diversas críticas tanto de historiadores africanos, bem como de africanistas, por aludir, mesmo que de forma implícita à ideia de que as potências europeias dividiram o continente africano entre si, e em seguida tomaram posse dos territórios, reforçando a ideia da passividade histórica dos povos africanos. Nos livros didáticos, bem como em diferentes obras sobre a questão, este conceito possui grande força. Por favor, comentem a respeito da relação entre o conceito em questão, as posições de Ki-Zerbo e suas opiniões pessoais, respeitando os textos lidos em sala de aula.

PARA OS DISCENTES DO VII SEMESTRE, JACOBINA, CAMPUS IV - AULA 02:

Pode-se afirmar que a periodização quatripartite, consagrada pela historiografia de inspiração eurocêntrica, tem serventia para a História do continente africano? Existe uma periodização que consiga contemplar todas as regiões e períodos da História da África?

PARA OS DISCENTES DO VII SEMESTRE, JACOBINA, CAMPUS IV - AULA 01:

A disciplina “Diáspora Africana: Religião e religiosidade” indica a forte influência da “confusão epistemológica” existente entre parte significativa dos professores que lecionam a disciplina História da África nas universidades brasileiras. Esta disciplina, pertencente ao eixo dedicado à História da África, tem uma ementa e programa voltados para a História dos negros e negras do Brasil. Tal questão, termina por ressaltar a concepção de que estes últimos são, de forma indubitável, descendentes do continente africano, indicando, mesmo que de forma sub-reptícia, que suas práticas e costumes se constituem em parte da História da África. Comente esta questão, destacando as discussões feitas, bem como os textos lidos em sala de aula.

PARA OS DISCENTES DO VI SEMESTRE, CONCEIÇÃO DO COITÉ, CAMPUS XIV – AULA 04:

Aponte as principais transformações ocorridas entre os séculos VII ao XI, apontados por Jean Devisse e Jan Vansina como o período formador. Discuta as principais transformações, já entabuladas por Joseph Ki-Zerbo no texto da aula 02.

PARA OS DISCENTES DO VI SEMESTRE, CONCEIÇÃO DO COITÉ, CAMPUS XIV – AULA 03:

Abdoulaye Bathily e Claude Meillassoux nos mostra as relações existentes entre os homens e mulheres das diferentes regiões do continente africano, contribuindo com a desconstrução do mito da passividade e da imobilidade dos povos da África. Discuta estas relações, destacando os aspectos mais evidentes.

PARA OS DISCENTES DO VI SEMESTRE, CONCEIÇÃO DO COITÉ, CAMPUS XIV - AULA 02:

Em que se baseia a periodização existente no texto de Ki-Zerbo, “A África do século VII ao XII: dos reinos aos impérios”? Do que trata o texto em questão?

PARA OS DISCENTES DO VI SEMESTRE, CONCEIÇÃO DO COITÉ, CAMPUS XIV - AULA 01:

A disciplina intitulada “África Moderna e Contemporânea” possui uma ementa e um programa que direciona o estudo para os períodos de uma História marcada pela periodização que tem o continente europeu como centro e referência. Revela a forte influência da historiografia eurocêntrica entre aqueles que formularam as ementas das outras disciplinas do eixo destinado para a História da África. Além da presença desta historiografia eurocêntrica, há também os problemas de ordem epistemológica, que colocam a História dos negros e negras do Brasil como partícipes da História da África. Discuta estas questões, tomando como base os debates e textos lidos em sala de aula.

PARA OS DISCENTES DO VIII SEMESTRE, CONCEIÇÃO DO COITÉ, CAMPUS XIV – AULA 03:

O conceito de “Partilha Africana” vem sofrendo diversas críticas tanto de historiadores africanos, bem como de africanistas, por aludir, mesmo que de forma implícita à ideia de que as potências europeias dividiram o continente africano entre si, e em seguida tomaram posse dos territórios, reforçando a ideia da passividade histórica dos povos africanos. Nos livros didáticos, bem como em diferentes obras sobre a questão, este conceito possui grande força. Por favor, comentem a respeito da relação entre o conceito em questão, as posições de Ki-Zerbo e suas opiniões pessoais, respeitando os textos lidos em sala de aula.

PARA OS DISCENTES DO VIII SEMESTRE, CONCEIÇÃO DO COITÉ, CAMPUS XIV - AULA 02:

Quando começa o tempo contemporâneo da História da África? A Queda da Bastilha, em 1789, apontada como marco para o início da história contemporânea, pode ser vista como início da Idade contemporânea africana?

PARA OS DISCENTES DO VIII SEMESTRE, CONCEIÇÃO DO COITÉ, CAMPUS XIV - AULA 01

A disciplina intitulada “Tópico Especial de Estudo em África” possui uma ementa e um programa que direciona o estudo para a História do Brasil, apontando os problemas de ordem epistemológica existentes na área de História da África. Revela também a forte influência da historiografia eurocêntrica entre aqueles que formularam as ementas das disciplinas anteriores (História da África Antiga e Medieval; e História da África Moderna e Contemporânea), uma vez que esta periodização não é aceita por grande parte dos historiadores africanos e africanistas. Comente a respeito desta questão, levando em conta o texto de Joseph Ki-Zerbo, lido e discutido em sala de aula.