domingo, 28 de abril de 2013

PARA OS DISCENTES DO VII SEMESTRE, ALAGOINHAS, CAMPUS II – AULA 02:

Quando começa o tempo contemporâneo da História da África? A Queda da Bastilha, em 1789, apontada como marco para o início da história contemporânea, pode ser vista como início da Idade contemporânea africana?

15 comentários:

  1. O ano de 1789 que tem como marco a Revolução Francesa e a queda da Bastilha não tem nenhuma representatividade para a África. O autor Ki-Zerbo afirma que o período contemporâneo da África começou com a Conferência de Berlim, quando as potências europeias dividiram o continente africano entre si. No entanto ele afirma que ao estudar a história da África deve ser levado em consideração cada região. Sendo assim, não existe um quadro cronológico que dê conta de todo o continente, uma vez que as regiões estão marcadas por condições particulares.

    Janaina Lais
    VII Semestre

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  2. De acordo com Ki-Zerbo ao problematizar a periodização do continente africano, os quadros cronológicos da Europa não possuem o mesmo significado para África. Episódios como a Queda da Bastilha que é o marco da Revolução Francesa em 1789,tão expressivo para a história universal, não seve de marco específico para a História da África. Para o autor a contemporaneidade africana se dá com a Conferência de Berlim que marca a divisão do território africano pelas potências européias (com exceção da Libéria e Etiópia).
    Ki-Zerbo apresenta uma cronologia que considera mais apropriada para o estudo do continente africano, ressaltando que não existe uma separação nítida dos períodos cronológicos na África, já que cada região possui características particulares e heterogêneas. Entretanto esses marcos cronológicos são importante para desconstruir a visão eurocêntrica mantida pela historiografia tradicional sobre a História do continente africano.

    Daiane Souza

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  3. Joseph Ki-zerbo discorre sobre a questão da periodização história da África contemporânea em seu texto: ‘História da África Negra’/ ‘Os quadros cronológicos’, onde levanta questionamentos interessantes a respeito do fazer histórico. Começa criticando o fato de ter sido contada a história do colonizador e esta nada tem a ver com a história do continente africano, depois propõe algumas fases possíveis de serem entendidas como História da África e termina reclamando aos africanos o direito de contar a própria história. O autor nega que marcos como Á queda da Bastilha’ possam de alguma forma servir como representação para a história do povo africano.

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  4. ao se reportar para periodização da África KI-Zerbo nos leva atender que o tempo contemporâneo da África poder ser entendido a partir da Conferencia de Berlim, mas não devemos entende-lo isoladamente. Uma questão que nos leva a pensar sobre esse processo está justamente na analise de um aspecto extremamente colonialista identificado no processo de “partilha” realizado na Conferência de Berlim, a África foi partilhada entre as grandes potencias européias, cabe lembrar que nesse processo não foi levado em consideração as particularidades locais, que mais tarde essa atitude será entendida como sendo fruto do empreendimento imperialista, dentro de uma lógica de ampliação do poder dessas países europeus através da dominação e da violência para com os povos africanos, que resistiram contra as invasões européia em regiões do Continente africano.

    George dos Santos
    VII semestre

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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  6. A História da África não pode ser compreendida a partir dos conceitos e determinações europeias, uma vez que, esses conceitos são marcados por um "espírito" eurocêntrico. Para o velho mundo ocidental os recortes cronológicos da história têm determinações factuais específicas que diz respeito, quase exclusivamente à Europa e a sua história. Exemplo disso, é que o período convencionado como "Idade Contemporânea" inicia com a queda da Bastilha em 1789 e vai até os nossos dias. A homogeneização dessa forma de cronologia surge da concepção de que a história do mundo se resume a história européia ou, ainda que, o norte da África é um pedaço desgarrado da Europa e, por isso, também deveria ser pensada sob a ótica europeia. No entanto, os marcos históricos que definem a Idade Contemporânea na África são outros. Nela esse período corresponde ao momento de "partilha" na Conferência de Berlim realizado na década de 1880 quando os países Africanos teriam sido "repartidos" entre os colonizadores europeus.

    Álisson Chagas
    Alagoinhas-BA

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  7. Diante dessa questão, Joseph Ki-Zerbo fazendo uma crítica à colonização, chama atenção para a periodização da história africana baseada no modelo europeu, visto, as particularidades de cada região do continente e os diferentes estágios de desenvolvimento, enquanto marco temporal.
    É importante ressaltar que a África tem seu próprio tempo histórico, pois a cronologia utilizada pela história europeia não se encaixa para esse continente. Para Ki- Zerbo a existência de uma cronologia universalizada é um equivoco.
    No entanto, partir das discussões dos textos em sala, e devido às varias temporalidades para com o continente africano, minha posição a respeito do tempo contemporâneo da África se apoia juntamente com o argumento de Ki-Zerbo, em que ele afirma que é a partir do ano de 1880 com a Conferência de Berlim que começa o tempo contemporâneo da África. Por tanto, não levar o fator das especificidades em conta, é o mesmo que está aplicando um conceito de cronologia que não explica bem os fatos ou processos históricos do continente africano. Sendo assim, não devemos utilizar o recorte do ano de 1789, ano em que ocorreu a Revolução Francesa e a queda da Bastilha como marco para o tempo contemporâneo da África.

    Adenilton de Santana
    VII Semestre

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    1. Refletindo sobre nossas aulas podemos afirmar que a África tem seu próprio tempo, devemos considerar que a África é um continente com países distintos e cada país presenciou diversos acontecimentos diferentes.
      Os acontecimentos da Europa não fazem referência à África, por exemplo, quando a história explica a Revolução Francesa não menciona o que aconteceu no continente africano no mesmo momento, assim também a queda da bastilha não interferiu na história da África, pelo menos quando houve esse acontecimento envolvendo a bastilha.
      O modelo europeu de periodização, não pode ser remetido enquanto marco temporal para delimitar o tempo contemporâneo da África tem que considerar variadas temporalidades para o continente africano. Concordo com o pensamento de Ki-Zerbo na relativação metodológico-temporal da história do continente africano. Por conseguinte tendo como ponto inicial a Conferencia de Berlim, pois é a partir dai que se intensifica a participação dos europeus politicamente na história da África.

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  8. A respeito do procedimento de penetração das ditas “potências européias” no continente africano, carecem entender a trajetória da longa caminhada que veio a culminar na aceleração do processo de roedura da África. Desse modo, toma-se aqui o conceito de “roedura” usado por Ki-Zerbo e compartilhado por outros autores, e que faz referência a um processo lento de exploração do território africano que se inaugura muito antes da Conferência de Berlim. Entretanto, vale salientar que ao adotar este conceito nos reportamos ao um processo pausado de exploração do território africano que se estabelece muito antes da Conferência de Berlim. Entretanto, vale destacar que ao adotar esses conceitos abre um leque de possibilidades que o mesmo possui para problematizar a idéia de que os africanos só haviam entrado na História com a chegada dos europeus. Porém é notório entender esse processo de exploração,desde as viagens onde missionários e exploradores exerceram um importante papel na circulação e aceleração dos negócios dos “soberanos” em exercer um domínio direto sobre os territórios africanos.

    Celsa Correia

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  9. O período contemporâneo da África inicia-se para Josef ki-zerbo com a conferencia de Berlim em 1980, o que ele chama de roedura, sendo esse o marca para definirmos o tempo contemporâneo, e não com e não com a queda da bastilha. O autor chama a atenção essa divisão ficou no plano das ideias, pois de fato eles não conseguiram penetrar como um todo na África. Outra questão que o autor chama a atenção é para o fato de que precisamos deixar de perceber a história da África pelo olhar eurocêntrico, e chama a atenção para o fato de que a cronologia da história da áfrica precisa ser levada em consideração as particularidades de cada região, pois o que pode ser importante para uma região, necessariamente não é, ou pode não ser para outra. Ki-zerbo afirma que é preciso demarcar as regiões históricas caracterizando suas situações e condições particulares, pois mesmo dentro da própria áfrica se tem ritmos e períodos diferentes.
    Monalisa Matos

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  10. Ki-Zerbo desconstroi o uso do marco A queda da Bastliha para a história da àfrica, esse marco europeu não tem nenhuma serventia quando estudamos Àfrica. PAra o autor a Conferência de Berlim em 1980 foi o momento crucial para definir a história contemporânea do continente. Ao estudar a história do continente Arficano devemos nos destituir de todo conceito eurocêntrico, principalmente porque estudar a África tendo como parâmentro a Europa empobrece a histroia do continente, principalmente porque ante de tudo é uma história baseada em uma ótica preconceituosa. Assim o autor chama atenção para a temporalização da história da África, algo que deve ser redefinido.

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  11. O tempo contemporâneo da História da África não pode ser avaliado, a partir de acontecimentos que "marcam" a história europeia, pois eles não tem o mesmo significado e mesma relevância.
    Ki-Zerbo aponta que a Queda da Bastilha não deve ser entendida como marco inicial da contemporaneidade africana, pois que essa ideia faz parte da forma de legitimidade das determinações impostas pelos europeus em basear a história da humanidade a partir a história europeia.
    Atenta o autor para a periodização da história africana que difere da europeia devendo-se levar em consideração os acontecimentos e fatos do processo histórico da África em suas diferentes regiões.

    Jaciara Neves
    Campus II

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  12. Podemos dizer que esse período que se inicia no século XIX e vem até os dias de hoje, o historiador se depara com um fluxo de acontecimentos muito mais intenso do que em qualquer outro momento da História. Porém, com relação aos debates acerca da periodização da História da África nos remete a uma crítica, a principio, ao modelo ocidentalizado de temporalização. Logo, o ano de 1789 que tem como marco a Revolução Francesa, não tem representatividade nenhuma no continente africano. Ki-Zerbo, fazendo uma crítica até da data da colonização, enquanto marco temporal para delimitar uma possível temporalização da África, sugere a periodização da História Africana pautada "nas divisões de base que englobem as grandes épocas históricas dominadas pelo mesmo complexo de fenômenos" (KI-ZERBO, p.32). Entretanto, para o autor, tal periodização consiste apenas em um modelo operacional, metodológico, para maior "comodidade". De tal modo, podemos considerar subjetivamente variadas temporalidades para o continente africano.
    Logo, toda e qualquer periodização é orientada como eletiva de marcos definidores, sendo arbitraria sócio, política e economicamente. Portanto, ao partilhar a história da África de tal forma, estamos consagrando momentos considerados importantes para a história do continente e, como toda seleção perpassa por uma exclusão, reitero o argumento relativizador da periodização da História da África.

    Nélio Costa

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  13. Para Ki-zerbo, a queda da bastilha,em 1789, não pode ser vista como marco inicial da Idade Contemporânea da África, ele desconstrói essa idéia, porque os quadros cronológicos, além de não haver divisões nítidas, se diferem da Europa.
    Ao estudarmos sobre a história da África,devemos nos abster do conceito de eurocentrismo, pois a história contada pelo colonizador, tem uma visão preconceituosa e inferiorizadora.
    Ki- Zerbo salienta que a contemporaneidade africana ocorre quando há a divisão da África, paras as potências européias, sem levar em consideração as particularidades de cada região, na Conferência de Berlim. Nos levando a entender que os africanos só “entraram” na história depois dessa divisão, não esquecendo que, a exploração começou muito antes.
    Portanto Ki-Zerbo, afirma que a África tem seu tempo e os africanos são capazes sim de “narrar” sua própria história.

    Sandra Regina
    V semestre de Licenciatura em História Uneb Campus II

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