Trata-se de mais um instrumento de divulgação dos debates feitos pelos discentes do curso de História da Universidade do Estado da Bahia - através da ação do Núcleo de Estudos Africanos.
domingo, 28 de abril de 2013
PARA OS DISCENTES DO VI SEMESTRE, CONCEIÇÃO DO COITÉ, CAMPUS XIV – AULA 04:
Aponte as principais transformações ocorridas entre os séculos VII ao XI, apontados por Jean Devisse e Jan Vansina como o período formador. Discuta as principais transformações, já entabuladas por Joseph Ki-Zerbo no texto da aula 02.
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Discente: Tamiles da Silva Santos
ResponderExcluirNo texto Joseph Ki-Zerbo discorre sobre o período formador do continente africano que se estende do século VII ao Xi, marcado por um surto de desenvolvimento no continente africano. Assim o autor mostra que nesse período houve avanços e mudanças relevantes de povos ricos e desenvolvidos, desconstruindo a ideia dos mitos científicos predominantes na historiografia africana acerca de uma África isolada, negra e pobre.
Assim, o autor aborda sobre as diversas transformações ocorridas nesse período, como a organização política, militar do continente africano frente a invasões dos europeus, visto que os povos africanos não aceitaram as invasões passivamente, mas com suas simples armas e defesas lutaram pela permanência de sua terra e povos, caindo por terra a ideia de vitimização dos povos africanos.
Além disso, o período formador se dar pela organização de cada povo, dando a ideia de “Estados”, ou seja, formação de reinos, devido a sua estruturação, economia, riquezas naturais, organização política, enfim, a riqueza de cada povo e região, como o exemplo de Gana, visto que era formada por diversos povos, maior número de exercito e detinha o maior número de ouro, visto que sua prosperidade e segurança impressionaram os viajantes árabes. Assim, o autor mostra que as ações e presença árabe somente aumentaram ou incrementaram o que já havia no continente africano.
O autor fala que a questão da invasão árabe e a sua influencia religiosa evidencia a aceitação dos povos africanos ao Islã por interesses e conveniência e outros mantiveramas suas religiões e conviviam de forma pacifica.
Dessa forma, o autor aponta elementos precisos que aconteceram no período formador, desconstruído ideias de passividade, de isolamento e pobreza, afirmando ações de desenvolvimentos e prosperidades de povos que acabaram saindo a frente dos europeus.
Discente: Greice Kelly Militão
ResponderExcluirJoseph Ki-Zerbo trata no seu texto o período formador que se estende do século VII ao XII, como um momento de desenvolvimentos e avanços, desmistificando a idéia de África pobre e atrasada trazendo a organização política, econômica, e as mais diversas riquezas c do Continente como um período de formação de reinos. Ki-zerbo destaca o sucesso da conquista arábico-islâmica e a "doação" à África de uma das suas principais religiões.
No texto “A África do século VII ao XI: cinco séculos formadores de Jean Devisse e Jan Vasina” é discutido que durante esses cinco séculos, e pela primeira vez com tanta clareza é possível acompanhar com toda cautela metodológica e as nuances regionais imprescindíveis, uma serie de evoluções comparáveis no conjunto do continente.
Ao longo dos séculos, a distribuição geográfica das principais configurações da África estabilizou-se e tomou forma. A primeira característica geral notável, que por vezes teve sua origem em antes do século VII em algumas regiões, é a organização de espaços de sedentarização onde a produção agrícola se tornou dominantes. Os autores dizem que de forma geral a organização sedentária do espaço resultou evidentemente de uma nova relação com o meio, ao que tudo indica a sedentaridade avivou a progressão demográfica e fortaleceu o progresso da agricultura e traz as características das regiões da África Central e Austral,Oriental,Ocidental,Saara,e África sedentrional.
No texto também é trazida algumas tecnologias como a cerâmica, os metais a tecelagem que podem servir como exemplos, ainda que muito incompletos, do que estudos podem trazer à historia do continente.Relacionado às formas de comercio ainda era o ambiente de troca de mercadorias.
Parte importante do continente africano era dividida entre dois monoteísmos. Um esteve em constante progresso do século VII ao XI:o Islã, o outro, o cristianismo,desapareceu de todo o norte da áfrica.
Os autores concluem dizendo que os cincos séculos de estabilização, de enraizamento da sociedade, de desenvolvimento,são marcados tanto pela ampla exploração mais coerente dos diversos meios quanto pelo surgimento do Islã, que modificou paulatinamente os antigos equilíbrios.
No texto discutido em sala de aula, Joseph Ki-Zerbo, um importante autor em estudos sobre África, nos mostra que a a partir do século VII ao XI, a África passou por muitas mudanças. A organização política, militar e as invasões dos europeus, e diferente do que nós aprendemos, os africanos não foram passivos a estas invasões.
ResponderExcluirO período formador também conhecido pela formação dos estados, ainda na forma de reinos, devido a sua organização, politica e econômica. A presença do islamismo fortaleceu muitos povos, apoiados pela aceitação religiosa, e por interesses comuns. Outro ponto, é a sedentarização, o que provocou uma progressiva produção agrícola, devido a uma nova relação com o meio, o que certamente levou a um aumento demográfico.
Outros aspectos importantes durante esse período, como algumas tecnologias, como o uso da cerâmica, os metais, a a tecelagem. A religião estava dividida entre os islamismo e o cristianismo, este último que perdeu praticamente toda sua influência no continente pela expansão muçulmana, e o comércio ganha força com as trocas de mercadorias.
Com a leitura destes textos, percebemos o quanto a África era um continente desenvolvido e ativamente econômico, social, cultural, o que nos mostra que não devemos classificá-la menos atrasada em relação a outros povos como os europeus.
Discente: Cinara de Oliveira Araujo
ResponderExcluirO período do século VII ao XI é compreendido pelos autores Jean Devisse e Jan Vansina, inclusive também pelo autor Joseph Ki-zerbo, como um tempo de formação, transformação e desenvolvimento do continente africano.
No texto Á África do século VII ao XI: cinco séculos formadores, os autores Jean Devisse e Jan Vansina inicia o texto mostrando que não é possível aplicar modelos uniformes ou periodizações automáticas na história do continente africano, principalmente, no período formador, sendo a periodização arbitraria. Diante disso, é perceptível que a África é bastante plural e as regiões são diferentes, logo o desenvolvimento não aconteceu de maneira uniforme.
A organização sedentária elencada pelos autores resultou evidentemente de uma nova relação com o meio, ou seja, essas novas mudanças ocorria, principalmente, pelas oscilações climáticas. Com isso, a sociedade crescia buscava organizar seus territórios e suas atividades. Tornavam-se necessários ajustes para a produção de alimentos, seja na agricultura ou criação de gado.
Os autores destacam tecnologias esplêndidas desenvolvidas pelos africanos, como a cerâmica, a cestaria, o curtume, o trabalho de madeira e da pedra, bem como a extração de sal. Além disso, a cerâmica, os metais e a tecelagem são apresentados pelos autores como técnicas montadas pelos africanos, algumas já existentes antes do período formador, porém, tiveram maior intensidade no decorrer dos cinco séculos.
No decorrer dos séculos estudados, o comércio desenvolveu-se de forma espetacular, como já elencado pelo autor Joseph Ki-zerbo no texto: A África Negra do século VII ao século XII: dos reinos aos impérios, destacando-se nesse período o comércio transaariano.
Contudo, os textos de Jean Devisse e Jan Vansina e Joseph Ki-zerbo, no sentido mais amplo da palavra são obras primordiais. Diante disso, são textos importantíssimos para desconstruir essa visão equivoca e eurocêntrica sobre o continente africano. A “história”conhecida pelo senso comum de que a África só tem negros, miséria, pobreza colocando os negros como coitadinhos não cabe mais ser perpassada. Se fossemos fazer uma analogia entre a história, o que não é o caso, é perceptível um verdadeiro contraste entre a África e a Europa, pois nesse período estudado temos a África totalmente desenvolvida e a Europa desestruturada, devido a peste negra e guerras.
Os Cinco séculos formadores foram de consolidação, de firmação da sociedade, e principalmente, de desenvolvimento. Cinco séculos marcados pelo surgimento do islã, que modificou gradativamente os antigos equilíbrios. Em suma, esse período foi marcado por Transformações técnicas, sociais, culturais e políticas, mostrando uma “história” do continente africano bem diferente da que habitualmente é estudada
A África é um continente heterogêneo, não podendo ser aplicado modelos uniformes ou periodizações automáticas. Os autores trazem várias informações da àfrica, tendo como base estudos realizados sobre a região, porém, adverte-nos à prudência, com relação aos estudos, pois a pesquisa avança a passos largos e cada uma de suas descobertas põe em xeque o calidoscópio de nossas certezas anteriores, assim as conclusões que podemos hoje tirar da análise desses cinco séculos (VII ao XI) são no mínimo hipotéticas e frágeis, e obviamente provisórias.
ResponderExcluirObserva-se através desses estudos que ao longo dos séculos, o amadurecimento de economias, de formações socio-póliticas e de representações coletivas que formariam o substrato do movimento histórico posterior.
Os autores também trazem informações sobre a organização sedentária de espaço, tecendo “comentários” sobre a África Central, e Austral, África Oriental, África Ocidental, etc. Mostra ainda, o movimento das sociedades africanas, ou seja, os autores levam-nos a entender melhor as muitas transformações ocorridas ao lngo dos séculos, ficando mais evidente a riqueza africana que por muito tempo foi esquecida, ou não tinha a visibilidade merecida
O período entendido como o formador do continente africano e estendeu-se do século VII até o XI, foi marcado por grandes desenvolvimentos e transformações bem como avanços de povos ricos e desenvolvidos no continente africano. Observa-se a partir daí, a desconstrução dos mitos científicos criados ao longo da historiografia africana que deixam de mostrar esses fatores para dar lugar a uma África negra, pobre e atrasada. Ainda nesse período houve as organizações dos povos, o que deixa claro que estes, já possuíam uma ideia de estado com estrutura política, econômica, e riquezas naturais entre outros que caracterizam cada região, além da luta constante pela permanência dos seus povos em suas terras já que os africanos não aceitaram passivamente a invasão europeia.
ResponderExcluirAssim, expõem-se os elementos preciosos que ocorreram durante o período formador e que são fundamentais para a desconstrução das estereotipias criadas ao redor de toda a África.
Discente: Táfila Sinara dos Santos Santana
ResponderExcluirPara Jean Devisse e Jan Vansina, o período compreendido entre os séculos VII ao XI, foi de fundamental importância para a história da África. Devisse e Vansina consideram este recorte temporal como um período de crescente produção de bens de consumo alimentício e, junto a ela, o desenvolvimento de técnicas de plantio e melhoramento desta produção, principalmente pelo aprimoramento do uso do ferro e do cobre, que contribuíram para a produção dos utensílios de uso agrícola e pastoril. Os autores analisam ainda que o desenvolvimento tecnológico gerou uma exploração aperfeiçoada dos recursos, a divisão do trabalho e o desenvolvimento das trocas da produção.
A conjectura principal dos autores é que ao longo do período formador, as principais configurações socioculturais do continente consolidaram-se e tomaram formas. Houve um significativo amadurecimento das relações comerciais e políticas em várias regiões do continente.
Devisse Vansina enfatizam ainda o tema na islamização, impulsionador do desenvolvimento de parte do continente africano, e que gerou diferentes avanços em todas as partes da África. A conquista árabe, além de causar grande modificação da geopolítica do mundo mediterrâneo, dominado pelo império islâmico entre século VII e XI, propiciou uma dinâmica positiva nas trocas inter-regionais e internacionais, aceleradas por meios de comunicação mais velozes, a exemplo do aperfeiçoamento das técnicas de navegação e a introdução do uso do camelo.
Sendo assim, é possível considerar o período formador na visão de Jean Devisse e Jan Vansina como de crucial importância para a história do continente africano, pois foi nele que surgiram as bases para desenvolvimentos posteriores.
O período compreendido entre os séculos VII ao Xi,muitas transformações no continente africano, destaca-segundo Djibril Niane o aumento das relações comerciais, entre a África e o Ocidente, garantindo um intercâmbio entre as regiões, este intercâmbio
ResponderExcluirO comércio do ouro e o tráfico de escravos, fez emergir grandes impérios, como o de Gana ,Joseph Ki-Zerbo também por em evidência que neste período sobretudo na região conhecida como África Negra,os povos foram convertidos ao Islamismo que trouxe mudanças no eixo político,econômico e cultural, propiciando a homogeneização da cultura entre os povos,favorecendo o comércio entre as regiões e garantindo a passividade entre os povos por seguirem uma mesma fé
Ki Zerbo ao longo do texto vai ressaltando de forma abrangente o processo de consolidação dos impérios de Gana e dos Almoroviadas e suas formas de relação com as outras partes do mundo,ressaltando o comércio do ouro e de produtos alimentícios,além da virtual desfragmentação desses impérios advindas das ondas
de invasões e a consolidação do islamismo sobre aquela região
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ResponderExcluirDISCENTE - Petrônio Pinho
ResponderExcluirJoseph ki-Zerbo ao tratar do espaço temporal denominado período formador, começa a falar sobre a expansão árabe e o seu avanço para o ocidente. O autor começa a discussão sobre o processo de desenvolvimento sobre o magreb, e consequente dominação bizantina. A presença mulçumana foi algo notável para o aumento da produção e do comércio, o que provocou maiores relações entre a àfrica e o ocidente.
Tanto Ki-Zerbo,quanto Devisse e Vansina, discutem esse período (VII - XI), relatando suas transformações que se deram no curso da história. Em primeira análise, e a mais provável, as modificações ocorrem desde o século VII. Foi o aparecimento de técnicas, organizações em torno do trabalho, foram sendo estabelecidas nessas regiões como espaços organizados de sedentarizarão. Onde a produção agrícola tornou-se dominante, como também o desenvolvimento de tecnologias. Nesse sentido de organização, os povos aprimoravam a divisão do trabalho que ganhou destaque nas análises feitas por estes pesquisadores e historiadores (DEVISSE, VANSINA, 2010 p. 882).
Outro dado interessante, no texto, é a forma como desempenhavam o trabalho na produção de alimentos, principalmente quando enfatiza as estratégias de sobrevivência inventada por estes povos, tanto na África como fora dela em outras partes do globo. Mostrando desde o século VII o grau de desenvolvimento dentro destas sociedades. Destacam também a importância da sabedoria árabe para os três continentes: África, Ásia e Europa. As significativas mudanças e inovações aconteceram no continente africano, mostrando a sua riqueza enquanto povo que se organiza, de modo particular, politicamente, economicamente, militarmente etc.
Dessa maneira, historiadores africanistas e africanos, abordam com propriedade sobre a História da África em suas mais diversas formas. Eles vêm mostrar que África jamais foi um lugar que permanecia aquém da civilização. Nesse sentido trabalham com o intuito de desconstruir os mitos científicos que de certa forma trouxeram uma conotação preconceituosa e desqualificada da África continental.
Discente: Eliana M. Lima
ResponderExcluirUmas das críticas apresentadas pelos autores Devisse e Vansina em A África do século VII ao XI: cinco séculos formadores é direcionada para uma história generalizada do continente que os mesmos consideram como “modelos uniformes ou periodizações automáticas, principalmente no que tange à época aqui estudada”p.881. Os autores analisam os cinco séculos e avaliam as descobertas como um estudo que está em fase inicial. As conclusões segundo o autor tiradas desses cinco séculos são no mínimo hipotéticas e frágeis devido a questões fundamentais como as fontes. Vale destacar que as transformações não ocorreram de maneira homogênea e singular nas diversas regiões do continente cada uma com sua heterogeneidade, singularidades e pluralidades.
Várias características marcaram estes cinco séculos uma já existia anteriormente a este período como é o caso da organização de espaço, a sedentarização em algumas regiões, onde predominou a produção agrícola. O desenvolvimento das técnicas que proporcionou o progresso dos meios de comunicação, a expansão das redes comerciais, divisão do trabalho. O Período Formador abrange as transformações ocorridas nas diversas populações, mais principalmente na consistência e progresso do comércio e das formações sócio políticas, do continente africano.
Os autores elencam a sedentarização como fator determinante para obtenção do desenvolvimento da agricultura e na melhoria das moradias, a utilização dos metais como ouro e cobre, sal como moeda de troca, eram produtos valiosos que eram trocados de acordo com necessidade. Outros que merecem destaque é a utilização do algodão no Senegal, o manuseio do índigo e a palmeira do Saara. Outro produto que merece atenção é o sal, em alguns momentos esse produto foi utilizado também como moeda de troca, a exemplo da Etiópia, pois nem todas as regiões existiam o sal gema. A sedentariedade dos povos favoreceu o desenvolvimento das estruturas que seriam a base dos séculos seguintes da História do continente.
Numa análise mais descritiva Ki-Zerbo em, A África Negra do século VII ao século XI: dos reinos aos impérios. Apresenta de forma bastante clara e detalhada às contínuas batalhas travadas entre reinos nas mais diversas regiões da África, e do mesmo modo a ascensão e queda de poderosos impérios, quedas estas, geradas, em sua grande maioria, pela conquista Árabe, além da mulçumana. Portanto conclui-se que os autores contribuíram bastante, para o conhecimento da história da África nos séculos VII ao XII, trazendo as questões políticas econômicas e sociais dos diversos povos do continente.
DISCENTE: JOÃO FRANCISCO DA SILVA NETTO
ResponderExcluirO texto descreve o continente africano no período dos séculos VII ao XI, chamado de “séculos formadores” tornando-se um marco referencial no desenvolvimento da África. Período pelo qual houve uma transformação sem precedentes, como afirma Devisse e Vansina que “ao longo dos séculos, a distribuição geográfica das principais configurações socioculturais de economias da África estabilizou-se e tomou forma.”.
Nesta perspectiva algumas características devem ser consideradas, como a sedentarização e o desenvolvimento tecnológico em vários campos que possibilitaram a esse continente uma grande guinada no seu processo de construção cultural, social e econômico.
Em áreas como transportes, produção de alimentos, artes, utilização e manuseio de metais, produção de tecidos, o continente projetou um elevado desenvolvimento, o que promoveu uma expansão diversa de comércios estabelecidos nesse período foi ponto fulcral na construção de redes que interligavam os vários pontos do continente, desde o Saara até as áreas costeiras/litorâneas (longas distâncias), onde eram estabelecidas rotas que possibilitavam trocas de produtos e um amplo crescimento econômico, porém é importante salientar que isso não se deu em todo o continente como ressalta Devisse e Vansina “contudo, o avanço econômico global e o desabrochar comercial não foram comparáveis em todas as sociedades do continente”.
No que tange ao desenvolvimento de classes, urbanização e divisão do trabalho no continente africano é importante ressaltar que o agrupamento da aristocracia fez com que muitos grupos como escravos, domésticos, trabalhadores e guerreiros estivessem obrigados a negociar com elas. Tentou-se durante muito tempo justificar o desenvolvimento urbano por influência dos mulçumanos, porém as “aglomerações urbanas já existiam antes do Islã”, como afirma Devisse e Vansina.
O aspecto religioso foi também preponderante no desenvolvimento do continente isso porque o Islã fez com que a unidade entre os povos se reforçasse e se tornasse cada vez mais forte. Para alguns historiadores era muito importante conhecer a religião africana para justificarem e entenderem suas concepções.
Por fim, o processo evolutivo dos séculos VII ao XI foram cruciais para estabelecer o pleno desenvolvimento em várias áreas, como afirma Devisse e Vansina os “cinco séculos de estabilização, de enraizamento da sociedade, de desenvolvimento, no sentido mais amplo da palavra. Cinco séculos marcados tanto pela exploração mais coerente dos diversos meios quanto pelo surgimento do Islã, que modificou paulatinamente os antigos equilibrios”.
Joseph Ki-Zerbo demonstra que os séculos VII ao XI são considerados como o período formador do continente africano, por nesse momento ter ocorrido diversas transformações que acarretaram em desenvolvimento para o continente. O autor também procura desmistificar a ideia de uma África pobre e atrasada mostrando-nos sua organização política, econômica e todas as riquezas do continente no período de formação de grandes reinos.
ResponderExcluirNo texto Á África do século VII ao XI: cinco séculos formadores, os autores Jean Devisse e Jan Vansina tenta nos mostrar a impossibilidade de aplicar modelos uniformes ou fazer periodizações automáticas na historia do continente africano, pois se trata de regiões diferentes e plurais.
Os autores abordam ainda que o período formador foi muito importante para formação do continente, uma vez que ocorreu uma crescente produção de bens de consumo alimentício e em detrimento a isso o desenvolvimento de técnicas de plantio e melhoramento dessa produção com o aprimoramento do uso do ferro e do cobre, a cerâmica, a cestaria, o curtume, o trabalho de madeira e da pedra, bem como a extração de sal, muitas dessas técnicas desenvolvidas pelos africanos. Esse desenvolvimento tecnológico acarretou na melhor exploração dos recursos, a divisão do trabalho e o desenvolvimento das trocas de produção.
Contando ainda com a conquista árabe e a expansão do islamismo, fatores que causaram grande expansão das relações comerciais, fica claro que os autores Jean Devisse e Jan Vansina tomam esse período da historia da África como de suma importância para o continente.
Discente: Aline Afonso
Para Jan Devisse e Jean Vansina os séculos compreendidos entre VII ao XI são os propulsores para o desenvolvimento africano. Foram tempos de produção que englobavam bens e beneficiamento de alimentos para grande demanda comercial. Esta produção em massa teve a característica do uso do cobre e do ferro, o que disponibilizou maiores condições de trabalho na época.
ResponderExcluirOs autores analisam uma evolução aperfeiçoada no uso dos recursos naturais. Isso se deve fortes características de sedentarismo. Assim, neste período formador as sociedades com vários vieses do cotidiano se formaram. As conjecturas para um aumento das relações comerciais foram se moldando ao sabor das rápidas mudanças nas estruturas de vida daqueles povos.
Os autores ainda versam sobre a força do império muçulmano que levou religião e cultura da Ásia até a Europa. Os islâmicos geraram grandes mudanças na geopolítica da África. Na África Norte, por exemplo, houve um redução da prática cristã. Os islâmicos estavam em maior número nos locais.
Os árabes fortaleceram o comercio na região do Saara com meios de comunicação mais rápidos, a introdução do uso do camelo deu maior dinamismo ao pujante comercio transsaariano.
O período formador construiu as bases para o forte comercio entre os continentes. Isto mostra que o deserto não era um espaço vazio que dividia a África em duas. A expansão árabe foi cercada de violência pelo fato das guerras nas conquistas de território Mas houve sim, um comercio forte que construiu várias pontes entre os continentes.
Aluno- Osvaldo Sampaio.
Discente: Paulo Rodrigo Ferreira Silva
ResponderExcluirA expansão dos árabes foi bastante útil para que pusesse ter sido recontada grande parte da História de algumas sociedades africanas. Quando os árabes começaram a ocupar regiões da África e gradativamente expandir sua extensão no continente africano e até mesmo rumo ao exterior, contou quase sempre como base, a religião islâmica.
Mas antes do início da ocupação muçulmana, distintas regiões da África já eram interligadas. O Reino de Gana é um dos exemplos que demonstra as dinâmicas sociais e econômicas do continente africano independente de povos estrangeiros. Vários reinos eram submetidos à dominação de Gana, o que fazia de Gana um Império. E por um longo período apresentou um bom grau de prosperidade.
A importância dos árabes, e da religião muçulmana no continente africano, possibilitou uma grande fonte histórica, na qual pôde se registrar aspectos importantes da formação de reinos e impérios: “(...). Com efeito, os intelectuais árabes, geógrafos e historiadores vão prestar a África Negra o serviço inestimável de dar a conhecer por escrito as realizações sociopolíticas do Bilad es sudan, (...). (KI-ZERBO, 1972, p. 131).
Entretanto, não significa que a História do continente africano só pôde ser transmitida, devida exclusivamente a presença muçulmana naquele território. Não é a única alternativa para a História da África, pois as fontes orais africanas, atualmente contam com o merecido valor de fonte histórica válida.
A relação entre os múltiplos povos africanos e os muçulmanos ratifica a sua capacidade de autonomia, e por outro lado mitifica a idéia de que a presença muçulmana foi à única fonte de evolução sócio-cultural da África.
Um processo em que ambos obtiveram que ceder e criar formas de adaptação a culturas diferentes, essa é uma definição mais adequada à presença muçulmana no continente das sociedades africanas. A coexistência de grupos ligados ao islamismo, com setores ligados a outros tipos de crença foi algo constante desde o século XII.
Os povos africanos não aderiam ao islamismo por que simplesmente eram coagidos através de violência pelos árabes. A formação de alianças políticas era um grande fator de conversão. Diversas vezes a oposição a grupos hegemônicos, desencadeava a escolha da fé muçulmana.
Na capital do Império de O Gana, por exemplo, conviviam islâmicos de mais de uma origem, e grupos considerados por eles pagãos. Uma mesquita para exercício de fé dos muçulmanos sinalizava que em um período que eles ainda não exerciam a supremacia daquele império, suas práticas religiosas eram relativamente respeitadas, ao ponto de poderem inclusive trabalhar naquele território e não negarem suas crenças.
O comércio apresentava progresso e difusão.
Mesmo os almorávidas, considerado um grupo muçulmano violento, precisou convencer os seus adeptos de que os mesmos teriam grandes benefícios ao firmarem uma aliança. Tanto sim, que no momento em que os almorávidas começaram aumentar a quantidade de impostos sob o comércio, e apresentarem mais características de repressão, não conseguiram se manter como liderança por muito tempo no império de Gana.
A presença islâmica nem sempre o interior dos territórios africanos, eram estabelecidas feitorias, onde lá mesmo os as técnicas e produtos do comércio eram negociados. E em outros lugares acontecia, e ampliava-se a mestiçagem de árabes e africanos de várias origens.
Essas informações confirmam que existiram características diferentes de evolução nas sociedades africanas, e foi possível uma coexistência entre muçulmanos de origens distintas, com povos de crenças totalmente diferentes do islamismo.
Discente: Maria Patrícia Cardoso da Silva
ResponderExcluirJean Devisse e Jan Vansina discorrem no seu trabalho sobre os séculos VII ao XI denominado período formador devido as transformações que aconteceram no Continente Africano que também é discutido por Ki-Zerbo, onde os autores apresentam as diversas transformações da sociedade africana trazendo dados sobre a estrutura das sociedades antes da chegada dos árabes que contribuíram de forma significativa para o desenvolvimento do continente.
Jean Devisse e Jan Vansina afirmando que foi com ao longo dos séculos, que a distribuição geográfica das principais configurações socioculturais da África estabilizou-se e tomou forma.
As produções agrícolas sofreram forte desenvolvimento tornando-se dominante, seguida do desenvolvimento das tecnologias que acarretou uma exploração aprimorada dos recursos, a divisão do trabalho e o crescimento das trocas.
Assim os autores apresentam e fundamentam a perspectiva que a África nunca esteve isolada, onde o movimento gerado das sociedades africanas entre os séculos VII ao XI serviu para consolidar as situações já existentes e desenvolver as estruturas das sociedades africanas.
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ResponderExcluirDiscente: João Amorim
ResponderExcluirO continente africano foi marcado por uma série de transformações no período que compreende os séculos VII a XI, principalmente no que tange as inovações tecnológicas que propiciou um desenvolvimento na agricultura, pois o processo de sedentarização a partir de alterações climáticas e da necessidade dos povos africanos em se organizarem nos seus territórios.
No tocante ao Saara, também passou por processo de mudanças, pois, seu espaço geográfico foi totalmente reorganizado, sendo muitos pontos ocupados pela criação de camelos para utilização como meios de transportes, este processo também favoreceu a população saariana que migrou e passando a habitar as margens do deserto.
Outro ponto importante é o desenvolvimento tecnológico, e a descoberta de metais, como o ferro que possibilitou a fabricação de ferramentas melhorando a produção agrícola.
Outras modificações também foram percebidas no que diz respeito ao poder desempenhado pelos grupos na sociedade africana, a divisão do trabalho possibilitou mudanças, pois as sociedades se estratificaram, tendo mobilidade social.
O desenvolvimento da agricultura e da divisão do trabalho associado ao desenvolvimento do comércio possibilitou ao continente africano uma rede de trocas e negociações que possibilitou relações entre os diferentes povos deste continente.
Portanto, é importante lembrar que o desenvolvimento ocorrido no continente africano durante o período de VII a XI aconteceu de forma desigual, pois existiam fatores e características diferenciadas de um continente tão extenso e diverso, porem estas transformações foi fundamental no chamado “período formador”.
Joseph Ki-Zerbo trata no seu texto o período formador que se estende do século VII ao XII, destaca que esse período foi marcado por um forte desenvolvimento em relação entre as diferentes regiões africanas.O aumento de volume de trocas em algumas regiões como o Magreb e regiões brandas ocorreram em conseqüência direta da forte demanda provocada pelo crescimento demográfico. O autor descreve que a com conquista árabe não somente acarretou uma profunda transformação da geopolítica do mundo mediterrâneo, dominado pelo império mulçumano entre os séculos VII e XI,como também sobretudo ,mesmo após a desagregação desse império ,deu um dinamismo inusitado ás trocas internacionais.O mundo muçulmano permaneceu ,até o século XV ,o destino da Africa e do mundo Árabe.Durante esse período 03 traços fundamentais caracterizam, as trocas inter africanas: o progresso dos meios de comunicação ,a expansão da rede comercial e o aumento do volume de trocas provocadas pelo desenvolvimento urbano ,o crescimento demográfico de algumas regiões e a expansão do mercado externo.Houveram também transformações no meio de comunicação entre outros que fizeram com que esse período se tornasse marcante no continente africano.
ResponderExcluirGivanilda Cunha Pereira