sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Aulas 06 e 07 - 19/08/2011 e 20/08/2011 - Sobre o surgimento das civilizações e antigas estruturas centralizadas em África.

Para os discentes do V semestre do Campus II - Alagoinhas, e do Campus V - Santo Antônio de Jesus:

Gostaria de propor que discorressem a respeito do surgimento das civilizações do continente africano, bem como sobre alguns dos antigos reinos e estruturas centralizadas. Pode-se afirmar que a metalurgia, agricultura e pastoreio são endogenos do continente africano?

18 comentários:

  1. A principio gostaria de deixar exposta minha satisfação em estudar sobre a História da África, e agradecer ao docente Ivaldo pela paciência, pela compreensão e pela contribuição na vida de cada discente Unebiano.

    Ao observar a questão acima, e também de acordo com as leituras e discussões em sala de aula, analisou-se que a imagem que até hoje perdura da África advêm de formulações equivocadas sobre sua descoberta. O continente africano não é movido somente pelos acontecimentos negativos, esse continente também possui características próprias que favorecem seus princípios sociais. Ficou evidente que a história dos povos africanos também engloba a sobrevivência material, espiritual, intelectual e artística, mas sua história foi reformulada por uma visão européia.
    Essa distorção da imagem do continente africano afetou diretamente no desenvolvimento cultural, social e político dessa população. Ao discorrer sobre a história analisou-se que as sociedades africanas tinham suas próprias atividades econômicas como uma das formas de sobrevivências. Como afirma o autor Joseph Ki-Zerbo a África de fato tem uma história, como a de toda humanidade, é a história de uma tomada de consciência, mas que deve ser reescrita.
    Ainda nessa analise entra o resultado do projeto do capitalismo, que expandiu a idéia de que o continente africano é excessivamente quente e cheio de tribos perdidas na História e na civilização. É de extrema relevância ter sempre em vista que o continente africano é imenso, com números elevados de grupos étnicos ou sociedades, e não devem ser classificados como tribos. Essas sociedades possuem organizações próprias com obrigações e direitos, com tecnologias ligadas a sua própria economia.
    Em suma, a história das civilizações do continente africano é datada de acontecimentos históricos resultante de um longo e complexo processo de sociabilidade, apropriação instrumental da natureza e transformação do mundo. A consciência política, cultural e social do continente africano vem ressurgindo juntamente com valores que até então eram esquecidos.


    ATT; Edite Lopes.

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  2. 1- O surgimento do continente africano pode ser verificado entre -12.000 e - 3.000., período em que é verificado o desenvolvimento das praticas agrícolas. O período de -9.000 é marcado por uma coleta intensiva de diferentes produtos agrícolas e por volta de -3.000, a junção do fator clima e da ação humana faz recuar a floresta equatorial.
    Os estudos do solo, da agricultura, da metalurgia e da arqueologia; tem nos permitido realizar uma compreensão sobre a origem das civilizações no continente africano. Segundo M’ Bokolo nos camarões foram encontrados restos datados do séc. IV a.C., e outras datas referentes aos anos de -1.000/-900. No Gabão esses restos são do séc. I a.C.. Em Ruanda, Burundi e Tanzânia datam entre - 800/-777, enquanto que no Zaire essa afirmação civilizatória data de II a.C..
    Em Igbo-Ukwu a metalurgia sugere que houve um poder político-religioso, provavelmente exercido por um rei, devido aos pertencem encontrados em seu tumulo.
    Os Estados de Kush e Axum foram estabelecidos no continente africano e realizaram evoluções nas suas estruturas políticas. Já Meroé constituía uma estrutura política pautada na Monarquia, onde a escolha do seu representante era realizada pela população. Contudo o reinado em Meroé era centrado na realeza sagrada. Se Meroé estivesse prosperando era sinal de um bom reinado; mas se o reino acumulasse catástrofes, esse rei sofria uma execução ritual, sob forma de suicídio.
    De acordo com M’ Bokolo a metalurgia, a agricultura e o pastoreio são sim endógenos do continente africano, o autor coloca que a África produzia produtos agrícola tais como: arroz africano, sorgos diversos, diferentes tipos de milho, plantas tubérculos e oleaginosas. Além da produção agrícola M’ Bokolo afirma que ocorria a troca de produtos agrícolas entre a África e a Ásia. Essas trocas confirmam a prática do pastoreio na África já que ela recebia da Ásia rebanhos de “caprinos, ovinos e talvez bovinos”.
    Postado por:Renata Aguiar da Silva

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  3. Motivado pela discussão sobre o texto de Elikia M’Bokolo, Emergência das civilizações africanas foi possível discorrer, sucintamente, sobre o tema de maneira coerente.
    Segundo M’Bokolo, só poderemos adentrar nos estudos sobre as civilizações africanas da antiguidade se considerarmos dois fatores: a história das civilizações matérias e das técnicas, bem como a história política. Resguardados por esses cuidados poderemos analisar de forma segura, sendo possível discorremos sobre elas, desviando-nos do caminho da generalização.
    Aos nos determos nos resultados das pesquisas sobre a África, decorrentes da diversidade de fontes e métodos assegurados pela nova forma de conceber a história. Não é mais válido sustentar que a civilização ocorre em África decorrente do encontro com mundo europeu, liberados desses moldes e formas de pensar eurocêntricos podemos visualizar a verdadeira África com suas especificidades próprias. Através dessa revolução historiográfica é perceptível a endogeneidade das culturas, políticas e economias das mais diversas populações africanas. O autor pontua as técnicas agrícolas, a metalurgia do ferro e a formação dos primeiros estados com sua organização política, econômica e cultural.
    Vários estudiosos ao estudarem as técnicas agrícolas africanas, entre eles J. Vansina, constataram a existência de “berços agrícolas primários” (Roland Potères) que favoreceram as civilizações coletoras que logo se tornariam agrícolas, sinaliza o autor. Foi identificado e comprovado o cultivo do sorgo, além de desconstruída a ideia de que o arroz africano fosse de origem asiática, não querendo desconsiderar possíveis trocas, como sabemos ter havido principalmente no que tange aos animais domésticos. Mas, fica evidente a presença e cultura desse grão no continente africano através de alguns relatos, denotando caráter endógeno ao mesmo.
    Dando continuidade a desconstrução das idéias equivocadas formuladas pela escola difusionista, M’Bokolo, evoca o caráter endógeno da metalurgia do ferro através dos estudos realizados nos diversos sítios arqueológicos espalhados em diversos pontos do continente africano. Onde é latente a que certas populações já dominavam a forja do metal, sendo que para alguns povos essa função estava atrelada ao divino, e para outros denotavam poder político. Para os bantus, por exemplo, a forja do ferro tinha aspecto sagrado e os ensinamentos sobre esse ofício eram passados à pessoas escolhidas, o que retrata um caráter endógeno que o autor defende em seu texto.
    Outro ponto abordado é a importância da língua para analisar e comprovar a difusão populacional no continente. Os estudos da arqueologia lingüística associada a glotocronologia, elucidaram os movimentos populacionais entre as diversas regiões por longos períodos de forma contínua e complexa, afirma o autor.

    (continua)
    por Tarsiano Ribeiro.

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  4. (continuação)

    Ao se discutir sobre o contexto da formação estatal africana em seus primórdios visualizamos alto grau de organização sócio-cultural, política e econômica. Kush e Axum prefiguram como os primeiros estados africanos.
    Por muito tempo tentou-se imprimir ao reino de Kush uma identidade fortemente marcada pela cultura egípcia – dada a relativa aproximação dos reinos -, contudo, estudos arqueológicos apontam esse reino tinha suas especificidades em detrimento ao Egito. Com isso, não queremos descaracterizar as trocas e envolvimentos comerciais entre essas duas realidades, mas seria leviano continuar a disseminar a idéia de que Kush seria uma espécie de “continuação egípcia”. M’Bokolo faz uma descrição pormenorizada sobre essas relações, onde é pertinente assinalar a presença de Kush nos escritos egípcios, bem como a tomada do trono faraônico por um breve período de tempo. Em seguida, relata a mudança da capital Napata para Meroé medida de segurança e por essa região ser provida tanto de chuvas sazonais quanto por víveres. Essa mudança fez de Meroé uma encruzilhada comercial interna e internacional. Pontos de destaque sobre esse reino são as eleições reais, as candaces, o regicídio sagrado, atividades comerciais, forja de metal, além do caráter parstoril dos povos meroíticos. É válido ressaltar ainda a existência da complexa escrita meroítica que ainda hoje não foi completamente decodificada.
    Foi Axum o primeiro estado africano a ser conhecido, decorrente da excessiva diversidade de fontes internas e externas que remetem a ele. Característica marcante dos axumitas é seu caráter guerreiro. As guerras possuíam papel importante para aqueles, pois possibilitavam a expansão do reino e fortaleciam a economia. Detinham uma política de alianças que serviam para expandir seus domínios. Em relação à economia o que caracterizava os axumitas eram suas transações comerciais, inclusive internacionais, utilizando por vezes a técnica do comércio mudo em algumas situações. Esse intercâmbio comercial influenciou diretamente nos aspectos culturais de forma bilateral. A grande influência de fora se deu no campo religioso auxumita, afirma M’Bokolo.
    Diante do exposto fica claro a endoginia africana referente a agricultura, metalurgia e pastoreio.

    por Tarsiano Ribeiro.

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  5. Celso Borges Santos
    V Semestre


    Foi no curso do séculos obscuros, que foram lançadas as base da civilização da África. Nota-se que eclosão das civilizações foi assentada na produção em vez da simples apropriação como a caça e a colheita. Já o aparecimento da agricultura e as transformações dos metais, foi um, processo endógeno. Com os berços agrícolas primários foi possível ter uma dinâmica de desenvolvimento que levou os agricultores a transformar uma parte da floresta em savana para adaptar o meio natural a suas necessidades.
    A metalurgia do ferro deriva do fato de se ter passado na África, da idade da pedra à idade do ferro. A metalurgia em Daima e Ukwn por exemplo, confirmam as mudanças econômicas e sociais associadas ao trabalho do ferro. Em Djenné os primeiros habitantes em pescadores, caçadores, aos quais se juntaram com agricultores conhecidos por cultivar arroz e organizar um habitat de terra pisada. A metalurgia e outras inovações foram de populações locais, desde as inovações tecnológicas, econômicas e politico-espiritiuais.
    um exemplo de reino antigo foi Meroé, que era realizado uma eleição para escolha do rei, feita por chefes condutores e políticos, ja as mulheres reais tinham também papel de destaque desde a educação dos príncipes até mesmo nos negócios do Estado, já sobre a religião, notava-se uma abertura a anexação de outras crenças religiosas fundindo-as a já existente no reino.

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  6. Na contracorrente de teses difusionistas/dependentistas que intentaram disseminar um pretenso papel coadjuvante das civilizações africanas, no que se refere a sua constituição altamente organizada – enquanto “cidades-Estado” -, estudos de autores como M.Bokolo, Joseph Ki-Zerbo, Ivan Hrbek, entre outros, atestam a autossuficiência das civilizações do continente africano, para além da condição de meros receptores dos progressos materiais exteriores.
    Sendo assim, este novo prisma “revitalizador” acerca da emergência das civilizações africanas, reestabelece o caráter endógeno dos avanços técnicos, no que toca o surgimento da agricultura e a instrumentalização dos metais, constatou-se a opulência e a “solidez” de verdadeiros impérios, e até mesmo, detentores de uma singular organização política, bem como, Ali Hakem sinaliza, a civilização de Méroe e Napata eram governadas por uma espécie de dinastia real, instalada através de um processo eletivo, no qual os “Irmãos Reis” eram incumbidos com a missão de escolher a suprema realeza, que regia seu povo a base do direito Consuetudinário.
    Indícios arqueológicos comprovam a presença do ferro e o alto desenvolvimento do artesanato, e a suposta “profissionalização” de pedreiros e demais profissionais ligados à construção, vide os sítios arqueológicos dissecados na região meroítica. Combatendo a “barreira mítica” que versa sobre a inexistência de mobilidade espacial no continente africano, M’Bokolo ao mesmo tempo que ratifica a endogenia da “domesticação” do sorgo e rizicultura, não exclui a legitimidade das trocas culturais e comerciais, temos como exemplo a domesticação de animais introduzida na África a partir da Ásia, certifica-se então, a circulação de “caravanas” que cortavam os desertos, savanas e florestas africanas, e a via de mão destas trocas além dos limites das extensões da África.
    Notadamente, não deve-se omitir aqui a posição de relevo do império axumita, que aproximadamente nos 240 d.C, conforme os kephalaia do persa Mani, fora o terceiro grande reino mundial, em uma escala de quatro grandes reinos, sendo superado pelos reinos da Babilônia e persa; e o império romano, respectivamente, uma das primeiras civilizações a aderir ao cristianismo, conversão esta datada de muito antes da cristianização europeia. M’Bokolo ao avaliar algumas fontes gregas que conferem a Axum o status de “império”, conseguiu identificar o caráter centralizado e organizado desta “cidade-Estado”, no que se refere a existência de um corpo efetivo de “conselheiros reais” e chefes militares.
    Feitas estas considerações, torna-se patente o elevado grau de organização das sociedades africanas, providas com tenazes chefes reias -realezas reias-, povos que comungavam práticas, ou o seu parentesco pode até mesmo refletir um “fundo cultural” comum. Assim sendo, as tramas históricas devem restituir a autonomia e opulência da civilizações africanas, de modo que as mesmas passem a figurar junto as demais civilizações gregas, romanas, egípcia, entre outras.

    Camille Noronha

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  7. Jucilene disse...
    Hoje, não nos restam mais dúvidas que o continente africano apresenta um bom número de singularidades. A mais marcante delas, é o fato de seus povos terem sido os progenitores da humanidade.
    Segundo M’Bokolo, Foi durante o curso dos “séculos obscuros” que foram lançadas as bases das primeiras civilizações africanas. Para fundamentar essa idéia, o autor vai dizer que no continente africano sempre houve os cruzamentos, ou seja, os agrupamentos humanos resultantes de uma distante origem comum que nunca deixaram de se misturar uns com os outros, provando que esses povos nunca estiveram imóveis, como até em tão se pensava, mas em constante movimento. Outro acontecimento que podemos discorrer é o fato desse continente ter sido o precursor mundial das sociedades agro-sedentárias e dos primeiros estados burocráticos, particularmente ao longo do rio Nilo.
    Mesmo revelando que tanto a natureza, quanto as sociedades em relação a África ainda mantém-se no domínio das hipótese, pois as informações que temos são deficientes quanto aos métodos mais adequados para tirar parido das poucas fontes disponíveis, M’ Bokolo afirma que só podemos discorrer com segurança em relação à África em dois domínios: a história das civilizações materiais e das técnicas e o da história política. M’Bokolo ainda ressalta que esse processo foi demorado e que os povos africanos viveram num regime de coleta, domesticação de animais e troca de sementes por muitos anos até chegarem à agricultura. Esse processo corresponde às inúmeras mudanças ocorridas no continente africano ao longo de muitos anos, como: as oscilações climáticas, acompanhadas por alterações incessantes nas paisagens e nos meios, dando ao continente uma configuração diferenciada, que dava conta do desenvolvimento das práticas agrícolas.
    Outra mudança que o autor trás é o recuo da floresta equatorial dado pela própria prática da agricultura. À medida que a agricultura avançou floresta adentro, o processo de savanização foi sendo acelerado, e essa transformação serviu para que o homem se adaptasse ao “meio natural”, ao seu modo de vida e as suas necessidades. Foram nessas savanas, segundo M’ Bokolo e graças a essas variedades que os cereais como: arroz africano, sorgos diversos, diferentes tipos de milho, plantas tubérculos e oleaginosas ocuparam um lugar de primeiro plano. Diante de todo esse processo, M’Bokolo revela que tanto a agricultura, quanto à transformação dos metais foram uns processos endógenos do continente africano e os estudos arqueológicos e a paleobotânicas indicam essa afirmação. Citando os trabalhos de N. I. Vavilov e os de Roland Porteres, M’ Bokolo descreve que foram esses trabalhos que abriram caminho para que numerosas pesquisas reconstruíssem a origem e a evolução das plantas cultivadas na África.

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  9. Jucilene continua...

    M’ Bokolo argumenta que tudo que se escreveu sobre o surgimento da metalurgia do ferro, foram escritos que tiveram pouco proveito. Quando discorre sobre a metalurgia, deixa evidente que algumas populações já tinham o domínio do ferro, muito antes da constituição dos Estados. Para ele, as trocas que existiram com a África não foi uma mão única, pois havia muitas trocas de mercadorias como, por exemplo, os escravos, sendo que nas sociedades banto não repassavam a sabedoria do ferro, “era de geração a geração”, desmistificando a principal tese difusionista de que foram os hititas por volta de 1500 que levaram o ferro para o Egito. De acordo com M’ Bokolo, essa tese não se sustenta mediante aos achados arqueológicos.
    De acordo com M’ Bokolo, são os desenvolvimentos da história das técnicas, que permitem fundamentar sobre bases mais sólidas as especulações eruditas relativas à história do povoamento. Para isso o autor discorre sobre a história das diferentes famílias lingüísticas africanas, afirmando que são produtos de mudanças constantes.
    Ao citar os trabalhos de Joseph H. Greenberg e de Malcon Guthrie, autores que passaram grande parte da suas vidas estudando a língua da África o autor afirma que todas essas línguas possuem uma origem e uma história endógena, incluindo aquelas que pertencem a família designada afro-asiática. No dizer de M’ Bokolo, é a partir das línguas que podemos precisar o processo de povoamento.

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  10. E jucilene continua...
    Quando se refere as primeiras formações estatais M’ Bokolo, mostra os impérios de Kush e Axum como os primeiros Estados estabelecidos no continente africano. Em relação a Axum, M’ Bokolo afirma que este foi o primeiro Estado a respeito do qual possuímos diversas fontes, mas que não deixam de instigar interrogações e discussões a respeito das mesmas. Aparentemente, este reino começou a estabelecer-se nesta região no século V a.C. No entanto, não há muita informação sobre esses tempos antigos, até Axum atingir o seu apogeu. No século II, Axum adquiriu estados na Península Arábica, conquistou o norte da Etiópia e, finalmente, o estado de Kush, cerca do ano 350. Os axumitas controlavam uma das mais importantes rotas comerciais do mundo e ocupavam uma das mais férteis regiões no Mundo.
    Durante centenas de anos o reino de Kuch, no vale do rio Nilo, foi governada pelos egípcios, até que, por volta de 1.000 a.C., os núbios, ou koshitas se revoltaram e formaram seu próprio reino, que se chamou Kush, cujos governantes adotaram a cultura egípcia. De acordo com o autor após algumas lutas e para garantir a segurança da sua capital os kushíticos fizeram a transferência da capital de Kush (Napata) para Meroé, isso no início do século VI a.C. Durante nove séculos, essas civilizações permaneceram isoladas até que, no século IV da era cristã, após a destruição de Meroé, os nabateus se estabeleceram na região e, por volta do ano 540, se converteram ao cristianismo. Enfim, M’ Bokolo impressiona pelo tratamento que dá as fontes no que diz respeito a formação estatal.
    Jucilene de Oliveira Barbosa
    V semestre de História UNEB - Campus II

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  12. Durante muito tempo, mitos e preconceitos de toda espécie esconderam do mundo a real história da África. A sociedade africana passavam por sociedades que não podiam ter história Essa imagem do continente africano afetou diretamente no desenvolvimento cultural, social e político dessa população. Segundo Joseph Ki-Zerbo a África de fato tem uma história, como a de toda humanidade, é a história de uma tomada de consciência, mas que deve ser reescrita. Em sua obra, KI-Zerbo , faz uma análise da história africana no qual ele afirma, que a áfrica tinha seu modo de sobrevivência suas próprias atividades econômicas como uma das formas de sobrevivências.
    África como um território com grande potencial de fornecimento de recursos minerais ou seja um país carregados de problemas étnicos ,sociais e econômico que despertou o interesse das organizações internacional. Contudo, a situação da África evoluiu, desde o fim da segunda guerra mundial. Em particular, desde que os países da África, tinha alcançado sua independência, começaram a participar ativamente da vida da comunidade internacional e dos intercambio a ela inerente. Portanto os próprios africanos sentiram profundamente a necessidade de restabelecer, em bases sólida, a historicidade de suas sociedades.
    Nessa analise entra o resultado do projeto do capitalismo, que expandiu a idéia de que o continente africano é excessivamente quente e cheio de tribos perdidas na História e na civilização. É de extrema relevância ter sempre em vista que o continente africano é imenso, com números elevados de grupos étnicos ou sociedades, e não devem ser classificados como tribos. Essas sociedades possuem organizações próprias com obrigações e direitos, com tecnologias ligadas a sua própria economia.

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  15. Pode-se afirmar que o princípio das civilizações africanas se deu com instalação do Egito no continente africano a cerca de 5000 anos, tornando-se esse o primeiro estado a constituir-se na África, posteriormente muitos outros reinos ou cidades-estados foram surgindo neste continente, ao longo dos séculos, alguns povos se deslocavam de seus respectivos continentes no intuito de explorar as terras africanas e por conta disso muito desses povos ocuparam as terras negras. Os berberes por exemplo foi um dos povos a abitar o continente africano eram povos nômades do deserto do Saara. Este povo enfrentava as tempestades de areia e a falta de água, para atravessar com suas caravanas este território, fazendo comércio. Costumavam comercializar diversos produtos, tais como: objetos de ouro e cobre, sal, artesanato, temperos, vidro, plumas, pedras preciosas etc. Costumavam parar nos oásis para obter água, sombra e descansar. Utilizavam o camelo como principal meio de transporte, graças a resistência deste animal e de sua adaptação ao meio deserto. Durante as viagens, os berberes levavam e traziam informações e aspectos culturais. Logo, eles foram de extrema importância para a troca cultural que ocorreu no norte do continente. Podemos também citar os bantos, os soninkés e o império de Gana . Os Banto habitavam o noroeste do continente, onde atualmente são os países Nigéria, Mali, Mauritânia e Camarões. Ao contrário dos berberes, os bantos eram agricultores. Viviam também da caça e da pesca. Conheciam a metalurgia, fato que deu grande vantagem a este povo na conquista de povos vizinhos. Chegaram a formar um grande reino ( reino do Congo ) que dominava grande parte do noroeste do continente. Viviam em aldeias que era comandada por um chefe. O rei banto, também conhecido como manicongo, cobrava impostos em forma de mercadorias e alimentos de todas as tribos que formavam seu reino. Os soninkés Viviam da criação de animais, da agricultura e da pesca. Habitavam uma região com grandes reservas de ouro. Extraíam o ouro para trocar por outros produtos com os povos do deserto (bérberes). A região de Gana, tornou-se com o tempo, uma área de intenso comércio. Então pelo exemplo desses povos ( Bantos e soninkés) podemos afirmar que a metalurgia, agricultura e pastoreio são endogenos do continente africano, pois tais trouxeram méritos ao continente.

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  18. Segundo Bokolo o objetivo de analisar o que herdou os africanos é designar todos os períodos do passado, o conhecimento da humanidade e das suas obras na África, produzindo dados e fatos. Isto só foi possível graças as obras dos pré historiadores, dos panteologistas, dos biólogos, dos geneticistas, dos lingüistas e dos antropológicos físicos, nos povoamentos antigos e nos períodos menos antigos através da exumação, de coleta de acumulação de dados. Houve na África processos onde o clima mudou tornando-se mais seco que provocou mudança no habitat, uma evolução diferente da floresta de uma parte a outra do Vale do Rift, esta floresta tropical passou a ser savana. Com isso os antepassados dos homens (Australopithecus) deixam de poder contar com as arvores para fugir dos predadores, foram obrigados a endireitar-se para poder ver o que se passava em seu redor.
    Os antepassados do homem apresentam características físicas e mentais diferentes das do homem atual. Evolução ocorreu através de um longo processo (hominização) que chegou até ao Homo Sapiens Sapiens; O processo de evolução física e intelectual do homem, desde os primeiros hominídeos (primatas semelhantes ao homem) até ao homem atual (Homo Sapiens Sapiens).
    Nos mais variados lugares encontraram restos paleontológicos: Na África, nas Américas, Europa e Ásia; sendo que no continente Africano encontramos sítios de inumeráveis fósseis sendo as coleções mais completas até hoje encontradas.
    Adriele Santos de Souza V semestre de História UNEB Campo V Santo Antônio de Jesus

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