Para os discentes do V semestre do Campus II - Alagoinhas, e do Campus V - Santo Antônio de Jesus:
Pode-se considerar a Coleção História Geral da África como um programa internacional de valorização para a História da África? Qual a justificativa para a UNESCO ter apoiado esta iniciativa?
Ao analisar de fato a verdadeira história da África se percebe que os mitos de certa forma dificultam o entendimento da História desse continente. Acreditava-se que não existiam fontes escritas que comprovassem as trajetórias desse continente, mas os pesquisadores encontraram diversidades de fontes que juntas constroem um emaranhado de informações.
ResponderExcluirO autor OBENGA, T. ressalta que atualmente a existência de fontes utilizadas na compreensão da historia da África perpassa por meio da geologia e paleontologia, pré-história e arqueologia, paleobotânica, palinologia, medidas de radiatividade de isótopos capazes de fornecer dados cronológicos absolutos, geografia física, observação e analise etno-sociológicas, tradição oral, lingüística histórica ou comparada, documentos escritos europeus, árabes, hindus e chineses, documentos econômicos ou demográficos que podem ser processados eletronicamente.
Sendo destacadas as possibilidades acima percebe-se a verdadeira importância no cruzamento das fontes para a construção da verdadeira história africana, a variedades de fontes apresentadas pelo autor Obenga, denota que o jogo interdisciplinar das informações podem facilitar na leituras das fontes. As ciências exatas têm trazidos para o historiador possibilidades significativas nessas investigações.
Os fosseis humanos que são encontrados no continente africano são estudados pelas ciências que iluminam a história desses povos dentro de uma amplitude histórica. Em suma tanto as ciências exatas quanto as ciências humanas desconstroem os mitos que a África pode ser compreendida somente dentro das fontes orais. Nesse aspecto os incentivos advêm das inúmeras quantidades de fontes existentes sobre a História da África, cabe o pesquisador saber utilizá-las.
ATT; Edite Lopes
V semestre- Campus II, Alagoinhas.
Sim. Na apresentação do projeto Bethwel Allan Ogot esclarece a importância da obra para o mundo e para a África, formar um conhecimento adequado sobre o passado da África e uma tomada de consciência por parte dos africanos. Joseph ki-Zerbo na Introdução geral da obra esclarece que a história da África tem que ser reescrita, visto que ela é uma história estereotipada, estando até o momento camuflada pelo interesse, e esse seria um dos objetivos desse primeiro volume da obra patrocinada pela UNESCO.
ResponderExcluirDaiane Santos de Souza
V semestre
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ResponderExcluirAcredito que sim, visto que a coleção História Geral da África, foi produzida por especialistas, desde africanistas, historiadores africanos, dialogando com as mais variadas áreas do conhecimento, como arqueologia, antropologia,linguística etc..., sob a direção de um Cômite Científico Internacional. A coleção foi publicada em oito volumes, inicialmente lançada nas línguas árabe, inglês e francês, hoje disponibilizada também em português.
ResponderExcluirÉ um projeto de relevância para a Unesco. A coleção História Geral da África é um marco no processo de reconhecimento do patrimônio cultural da África, permitindo assim compreender o desenvolvimento histórico dos povos africanos, suas relações com outras civilizações, seus valores, costumes, etc...,partindo de uma visão panorâmica, diacrônica e objetiva, obtido do continente africano.
Claudia Lima
Campus II Alagoinhas - V semestre
Sem dúvida este trabalho além de ter esse viés de valorização para a História da África é um marco historiográfico para os estudos de história, à medida que vem tratar das principais discussões e construção da verdadeira História da África, reportando-se a esclarecimentos mais profundos, uma vez que essa História sempre foi repassada de forma discriminada de a áfrica não tinha história.
ResponderExcluirAté então nada se tinha que apresentasse de forma clara e detalhada as circunstâncias e características da descriminação do continente africano, levando-nos a compreender as idéias básicas, bem como a descobrir uma nova maneira de ver o que já havia sido visto, e estudado de outra forma, só agora com a publicação dessa Coleção História Geral da África é que começa a se perceber as distorções que foram feitas com a história do continente africano.
E isso se reforça quando Joseph ki-Zerbo vem justificar o porquê desse trabalho afirmando na Introdução da Coleção supracitada, que a história mais do que qualquer disciplina ela é uma ciência humana. Segundo ele é por essa razão que, pela honra da ciência e ai creio que ele está se reportando a as ciências geológicas, paleontológica, arqueológica, paleobotânica, palinologia, medidas de radiatividade de isótopos capazes de fornecer dados cronológicos absolutos sobe o continente africano. Por isso, Ki-Zerbo afirma tornou-se necessário uma tomada de posição acima de qualquer suspeita, sendo levada a cabo por equipes de pesquisadores africanos e não-africanos sob hospício da UNESCO, juntamente com o Conselho Internacional e de Coordenadores Africanos, que se produziu este trabalho.
Outra justificativa podemos assim dizer encontra-se na apresentação do projeto por Bethwel Allan Ogot, da mesa Coleção, onde ele esclarece a importância da obra para o mundo e para a África em formar um conhecimento adequado sobre o passado da África e uma tomada de consciência por parte dos africanos.
Obviamente sim. A Coleção História Geral da África foi criada com o intuito de explanar uma história mais lacônica a respeito da África. Os trabalhos efetuados anteriormente sobre a História da África eram em grande maioria desenvolvidos por africanistas, ou seja, feitos por escritores exógenos ao Continente africano, que produziam uma visão mais exteriorizada.
ResponderExcluirA princípio argumentava-se que a falta de documentos escritos sobre tal Continente não permitiam uma produção historiográfica tão elaborada, posteriormente essas concepções formam tornando-se desfavorecidas, pela prática da interdisciplinaridade das fontes para o estudo sobre África.
O Continente africano era visto de maneira deturpada e fragmentada, como um ambiente que não detinha uma composição Histórica. Para tornar possível a criação dessa coletânea, a UNESCO desenvolveu uma pesquisa com desenvolvimento em três etapas.
A primeira etapa consistiu na captação das fontes existentes sobre a História da África, a segunda referiu-se a realização de reuniões com o intuito de examinar os problemas a respeito da redação e da publicação da coletânea, e finalmente a terceira e última etapa versou na redação e publicação final do trabalho.
Para tanto, a Coletânea Geral da África foi originada para desconstruir o preconceito e a maneira estereotipada com que a África era visualizada, e tornar possível a ressalva sobre suas peculiaridades e preponderâncias. Ressaltando a iniciativa de produzir nos africanos a afirmação de sua identidade, do mesmo modo demonstrando as contribuições produzidas pela África para as outras culturas.
Larissa Costa
Acredito que sim, pois, em 1964, a UNESCO dava início a uma tarefa sem precedentes: contar a história da África a partir da perspectiva dos próprios africanos. Mostrar ao mundo, por exemplo, que diversas técnicas e tecnologias hoje utilizadas são originárias do continente, bem como provar que a região era constituída por sociedades organizadas, e não por tribos, como se costuma pensar.
ResponderExcluirQuase 30 anos depois, 350 cientistas coordenados por um comitê formado por 39 especialistas, dois terços deles africanos, completaram o desafio de reconstruir a historiografia africana livre de estereótipos e do olhar estrangeiro. Estavam completas as quase dez mil páginas dos oito volumes da Coleção História Geral da África, editada em inglês, francês e árabe entres as décadas de 1980 e 1990.
Além de apresentar uma visão de dentro do continente, a obra cumpre a função de mostrar à sociedade que a história africana não se resume ao tráfico de escravos e à pobreza.A África e aqui representada como um todo , o objetivo é mostrar as relações como um todo, e as relações da África com outros continentes, e representa também, o reconhecimento da contribuição da África para o desenvolvimento da humanidade.
Alan Luiz
Campus II-Alagoinhas, V semestre
Celso Borges Santos
ResponderExcluirV semestre
Sim são validos, por que, abriu uma discussão ampla onde se estudou diversas questões dando uma maior valorização a esse continente, já que, por muito tempo mitos e preconceitos esconderam do mundo a real história desse continente africano, e essa sociedade africana seriam sociedades sem uma história dentre outros aspectos. Para a UNESCO é necessário tentar reconstruir o cenário verdadeiro, e essa publicação convida a renovação e aprofundamento de uma dupla problemática, da historiografia e da identidade cultural , unidas por laços de reciprocidade tendo o interesse também de aprofundar questões que dessem uma visão mais clara sobre o passado da África, e também colocar em foco a relação da África com outros continentes . Sendo assim tentar mostrar que a herança africana marcou, segundo as regiões, amaneira de sentir, pensar etc., do hemisfério ocidental.
Podemos sim afirmar que a UNESCO, procurou criar um guia em 8 volumes intitulado História Geral da África, através de uma longa pesquisa que envolveu documentação, planificação, coleta de tradição oral com suas respectivas traduções, coleta de manuscritos inéditos em árabe e ajami, e a compilação de inventários. Além de contar com o apoio de pesquisadores europeus e africanos; e de publicar esse guia em diversos idiomas como o inglês, francês e árabe e traduções para línguas africanas como o kiswahili, o hawsa, o peul, o yoruba ou o lingala, e com previsões para traduções em alemão, russo, português, espanhol e chinês.
ResponderExcluirA UNESCO apoiou essa iniciativa, pois até as primeiras décadas do século XX, a África não possuía a sua história, escrita com fontes africanas, por não ter fontes e documentos escritos. A história conhecida da África era escrita através de fontes externas à África, e contava uma história do que se pensava ter sido o percurso dos povos africanos e não do quê ela realmente foi.
Essa escrita externa criou uma idéia de que o povo africano não possuía culturas originais, que havia uma divisão entre uma África negra e uma África branca, a impenetrabilidade no Saara, o que impossibilitou misturas étnicas e trocas culturais, além do trafico negreiro e da colonização que criaram estereótipos de desprezo e incompreensão aos africanos devido a fatores raciais.
Postado por: Renata Aguiar da Silva
Jucilene disse:
ResponderExcluirDe acordo com Ki-Zerbo, a UNESCO apoiou a coleção da História da África porque a mesma apresenta uma riqueza ao se relacionar ao continente africano e a sua história, trazendo uma nova visão e uma nova compreensão das sociedades e culturas africanas que até então só eram conhecidas pelos escritos estrangeiros. Sendo assim, essa coleção é de grande importância, para desmitificarmos idéias, que foram ao longo do tempo enraizadas nas nossas consciências de que os africanos não possuem histórias.
Os estudos sobre o passado africano foram sendo prejudicados a partir do aparecimento do tráfico negreiro e da própria colonização, onde os africanos foram desprezados e situados em um domínio construído a partir de metáforas e estereótipos raciais atribuídos pelas sociedades européias. O pouco que sabemos em ralação a história desses povos, foram documentados pelos europeus, o resto é considerado como “escuridão”.
Como sabemos, essa atribuição de inferioridade marcada pela pigmentação da pele vem de muitos anos atrás, onde os africanos foram forçados a servidão tanto econômica (quando eram tratados como mercadorias), como psicológica, fazendo com que sua história fosse menosprezada. Todo esse processo fez com que a UNESCO levasse a fazer uma revisão de todo esse apanhado histórico, apoiando a coleção da História da África. Essa coleção acaba valorizando a história da África, pois de certa maneira contribui para que essa história alcance um maior número de leitores e divulgando o real papel da África para com a humanidade. Infelizmente esse papel tem sido pouco difundido nas escolas, apenas sendo restritamente realizados nas academias, onde as fontes de acesso ao público ainda são poucas para que se avalie o longo processo pelo qual passou o continente africano e que foi ocultado pelos interesses dos dominadores.
Jucilene de Oliveira Barbosa
V semestre de História (UNEB campus II)
Com certeza! A Coleção História Geral da África, idealizada tanto por africanos como também por africanistas foi organizada na perspectiva de desconstruir os mitos e preconceitos, que perduraram por muito tempo. Acreditava-se que no continente africano não havia história. Essa coleção visa uma "reconstrução", que valorize a história da África, possibilitando á mesma, o reconhecimento de sua verdadeira história, contada a partir de fatos e aspectos indispensáveis, que a história antiga, por algum motivo, fez questão de esconder.
ResponderExcluirGraças ao projeto UNESCO, podemos ter uma visão diferenciada a respeito da verdadeira da história da África, levando em consideração as particularidades.
Sim, desde o presente momento em que a Obra propõe objetivar um maior conhecimento científico, sendo disponibilizado em vários países e idiomas considerando-se e ótica de que os autores são africanos e refletindo assim como eles vêem sua própria história, possibilitando assim não só aos africanos, mais a vários povos se permitirem repensar que a valorização da história de um povo não pode ser entendida com base na história do outro.
ResponderExcluirEm relação ao apoio dado pela UNESCO é justificável do ponto de vista do reconhecimento de uma consciência histórica renovada no que cerne às contribuições dos povos africanos aos outros povos, sendo assim assegurada a renovação historiográfica e de uma identidade cultural a partir dessas novas vias de pesquisas apontadas pelos autores da Obra.
Sim,pois no período do processo de independência do continente africano, que os africanos começaram a participar ativamente na vida da comunidade internacional. Dentro dessas circunstâncias a UNESCO elaborou a obra História Geral da África, com o objetivo estabelecer a historicidade da sociedades africana, mostrando as relações entre as diferentes localidades desse continente. Izabel da Cruz-campus V
ResponderExcluirConsiderando-se que a historiografia tradicional legou a África ao esquecimento, ou então a retratou de forma estereotipada, a coleção História Geral da África surge como um divisor de águas para a História. As escolas brasileiras (e as do mundo) carecem de conhecimentos sobre o continente, sendo assim, a coleção representa vem suprir esta falta. Como nota Ki-Zerbo, na apresentação da História Geral o objetivo do volume é “colaborar para uma nova leitura e melhor compreensão das sociedades e culturas africanas, e demonstrar a importância das contribuições da África para a história do mundo”. Hoje já sabemos – ainda que de forma superficial – da importância que as civilizações africanas tiveram e suas contribuições em quase todas as áreas das ciências modernas, no entanto, esse legado não é devidamente valorizado. A maioria das pessoas nem sabem, por exemplo, que há muitos anos os egípcios já utilizavam técnicas que os europeus nem imaginam.
ResponderExcluirNo Brasil e no mundo urge o combate à discriminação e o racismo, nessa perspectiva, a iniciativa da UNESCO, visa contribuir para a desconstrução de mitos e estereótipos engendrados sobre as populações africanas e, no caso do Brasil, a população afro-descendente. A reeducação das relações étnico-raciais no pais é condição fundamental para pôr fim às desigualdade racial que vítima uma parcela considerável da população. Nesse sentido, as escolas devem atuar como agentes de mudanças.
A coleção História Geral da África permitirá a melhor compreensão das sociedades e das culturas africanas, demonstrando a importância que o continente teve para o mundo e particularmente para o Brasil, cuja identidade foi fortemente marcada pela influência dos africanos.
Luciene Barreto dos Santos- Uneb, campus V.
Sendo um dos projetos editoriais mais importantes da UNESCO nos últimos trinta anos, a coleção História Geral da África é um grande marco no processo de reconhecimento do patrimônio cultural da África. Para tanto, ela permite compreender o desenvolvimento histórico dos povos africanos e sua relação com outras civilizações a partir de uma visão panorâmica, diacrônica e objetiva, obtida de dentro do continente. Além de constituir u programa internacional de valorização da história da África, a edição da coleção vem atender a Lei 10.639/2003, que prevê o ensino da história e cultura africanas e afro-brasileiras nas escolas. Neste sentido, a edição em português da Coleção História Geral da África abrem caminho para o diálogo intercultural e a afirmação que existem materiais importantes para se consolidar o ensino da história da África no Brasil. Considerando que a história nos ajuda a explicar como as expressões e os valores das culturas africanas contribuíram para formar o patrimônio cultural brasileiro, a sua produção artística e os padrões de comportamento, a UNESCO buscou contribuir com a efetiva aproximação das histórias da África e do Brasil, na medida em que reconheceu a necessidade da existência de estudos como estes em Português.
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