sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Aula 05 - 02/08/2011 - A instalação das colônias e o desenho do novo mapa africano.

Para os discentes do VII semestre do Campus II - Alagoinhas:

Pede-se que comentem a respeito da instalação das colônias, durante o período pós conferência de Berlim, no continente africano. Como ocorreu este processo? E o mapa africano? As fronteiras atuais possuem alguma relação com este processo? E elas levaram em conta os territórios culturais existentes no continente africano?

2 comentários:

  1. A instalação da colonia e os mecanismo de colonização foi bem discutido no texto de Albert, já a questão do mapa e as fronteiras foram discutidos no texto de Oliver. A mudança do continente africano começou com a ocupação europeia, até 1880 apenas a África meridional era dominada totalmente pelos europeus, em 1914 a áfrica é dividida em colonias governadas pelos Europeus, assaltado a soberania e os valores culturais africanos. para os europeus a colonização era apenas uma empreitada militar e econômica o qual era defendido pelo um regime administrativo autoritário. Perante o colonialismo os africanos foram profundamente hostis as mudanças e decidiram manter seus status de soberanos e independentes, mas isso não ocorreu em toda África. os africanos enfrentava os europeus mas não percebem que em 1880 a Europa passava por uma Revolução Industrial, a qual fortalecia os colonizadores, dando novos armamentos e equipamentos. O mapa africano tornou-se um recorte, pois foi dividido conforme o interesse dos países Europes, as fronteiras atuais correspondem a determinada na Conferencia de Berlim a qual não respeita os povos, as culturas existentes e nem a religião de cada localidade. percebe-se que durante a partilha os europeus tentaram separam certo grupos pois juntos eles organizavam-se para lutar contra a invasão, além de ser locais que interessavam economicamente de cada maneira aos países europeus.

    Azivonete Francisca Cardoso dos Santos
    VII semestre

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  2. Até 1880 cerca de 80% do território africano estava nas mãos de seus próprios governos. A fase posterior a Conferencia de Berlim, segundo Bohen, foi marcada por um desenvolvimento espantoso. Mas, o que de fato ainda não foi devidamente estudado é como os africanos reagiram a tal irrupção. Bohen, em seu artigo “A África diante do desafio colonial”, de forma clara e direta, explica que na esmagadora maioria, autoridades e dirigentes africanos foram profundamente hostis a essas mudanças e declararam-se decididos a manter o status quo, como também assegurar sua soberania e independência (p.p. 3-4). A consolidação e exploração do colonialismo deram-se a partir de 1910. Bohem afirma que em 1914, com exceção da Libéria e da Etiópia, a África de modo geral estava inteiramente submetida à dominação de potencias européias. Dividida em colônias com proporções diversas, onde suas extensões quase sempre não relacionavam-se com as formações políticas preexistentes. Segundo Bohen, nessa época a África não só fia assaltada na sua soberania e na sua independência, como também em seus valores culturais.
    De acordo com Oliver (1994), o desenhar do mapa africano se deu de fato com a Conferencia de Berlim , onde podemos considerar o primeiro sinal público de que a África tropical estava a leilão ou simplesmente disponível para quem chegasse primeiro (p.p.200). Antes disso, a África configurava-se em grandes enclaves, onde os assentamentos portugueses, britânicos e franceses estavam separados por sociedades africanas independentes e frequentemente hostis (p.p. 198-199). E o que de fato levou a corrida pela “partilha”? Oliver revela que seguramente foi o surgimento repentino pela concorrência por aprte dos estados europeus, que antes não havia demonstrado nenhum interesse, e por tanto, desnecessária a intervenção direta pro parte daqueles que primeiro se aventuraram no admirável “mundo novo”. Isso se deu basicamente quando Leopoldo II, após ter encontrado a possibilidade de implantar seu império ultramarino, na bacia do Congo, cartografada por Stanley, feito esse que durou 20 anos, demonstrou sua vontade e desejo por uma fatia generosa desse imenso bolo. Com isso, foram fundados grupos de pressão colonial, tanto na França quanto na Alemanha, com o intuito de promover expedições para obter tratados com os governantes africanos nas áreas consideradas apropriadas para instalação das futuras colônias.
    Oliver destaca que não eram esperados grandes lucros da colonização africana, mas, a soberania colonial ofereceria o meio através do qual se assegurariam contra o protecionismo comercial que seria praticado pelos seus rivais da Europa á medida que a concorrência por mercados se tornassem mais acirradas (p.p.200).
    As fronteiras atuais africanas são frutos, segundo Oliver, do malabarismo dos “homens de Estado e diplomatas europeus durantes as décadas de 1880 e 1890, cuja principal preocupação era, na verdade, pegar tanto quanto pudessem para seus próprios países, sem colocar em risco a paz na Europa” (p.p. 208). Sendo assim, não foram levadas em conta a multiplicidade de território culturais em África, que ainda hoje nos colocam desafiar a compreendê-los.

    Referências

    BOAHEN, Albert Adu. A África diante do desafio colonial. In: BOAHEN, Albert Adu (org.). História Gerald a África, vol VII – África sob dominação colonial, 1880-1935. Brasília: Uneco/Mec, 2010, p.p. 01-20;
    OLIVER, Roland. A experiência africana. Da pré-história aos dias atuais. Rio de Janeiro: Joerg zahar, 1994, p.p. 181-209.

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