Trata-se de mais um instrumento de divulgação dos debates feitos pelos discentes do curso de História da Universidade do Estado da Bahia - através da ação do Núcleo de Estudos Africanos.
A relação do Egito com o resto da África ainda não está completamente traçada, essa relação ainda está permeada de dúvidas e falta muitas provas concretas, assim não se pode colocar como certeza ou prova decisiva. Os dois eixos que contém os maiores avanços são ao Oeste com os povos do Deserto do Saara Líbio e ao Sul com a civilização Núbia , atual Sudão. Mas sabemos que o Egito necessitava de materiais que podiam ser encontrados dentro do próprio continente africano dentre os quais estavam a madeira, incenso, marfim e o estanho, contudo a utilização desses materiais provindos do interior da África, só pode ser comprovada com um exame da totalidade das testemunhas, é preciso cautela para a análise dos resultados, mas sabe-se que através de um estudo em conjunto das ciências, muitos destas questões já estão esclarecidas. Ao se falar na relação entre o Egito e o resto da África, percebe-se a aceitação da existência de tal relação que anteriormente nem se quer existia, mas é preciso perceber que muitas vezes essa relação é vista como um fluxo unilateral, com uma difusão somente da cultura egípcia para o exterior, assim o resto do continente não possuía nada que os influenciasse, tal pensamento ignora a ideia de o Egito ter dependido materialmente da venda de determinados produtos africanos, assim é preciso descobrir até que ponto as influência foram recíprocas. Essa relação entre o Egito faraônico e África constitui hoje um dos maiores desafios para os historiadores africanos que se preocupe em estabelecer tais relações. As ciências como arqueologia, linguística entre outras tem nos ensinado a ter paciência, e com os resultados apresentados nos motiva a pesquisar mais e chegarmos em resultados ainda insuspeitáveis.
A relação do Egito antigo com as demais civilizações da África ainda são controversas. Mesmo considerando as recentes descobertas de objetos egípcios em regiões muito além de suas fronteiras,não se pode concluir, pelo menos por enquanto, serem eles testemunhas de relações entre o Egito e as regiões onde tais objetos foram encontrados, devido as circunstâncias em que foram descobertos. O mito da criação, a exemplo do abutre e a serpente, é outro fator que está relacionado a um possível contato do Egito com o restante da África, porém, como afirma Zayed, não é indício concludente da existência desse contato. Por outro lado,dada necessidade do Egito importar produtos que não eram encontrados em seu interior, mas que eram abundantes no restante da África houve o estímulo à procura de relações estáveis. Essas relações, inclusive, são frequentemente vistas como um fluxo unilateral, como uma difusão da cultura egípcia para o exterior. Se faz importante também considerar que, pela posição geográfica do Egito, que através do corredor do Nilo é aberto para o sul e o norte, o leste e o oeste, rotas de comunicacão fossem então por aí estabelecidas. Fato é que, isso tudo leva a concluir que, em termos gerais,os liames entre o Egito faraônico e o resto da África, se constitui num dos temas mais desafiantes aos historiadores africanos.É preciso haver muita prudência para analisar as fontes que continuam a ser descobertas.
Estudada singularmente com uma sociedade "oriental" pela academia européia, a partir de seus próprios anseios e filtros culturais, representando-o mais como um antepassado europeu, do que como uma civilização diferente e intrinsecamente envolvida com a África, o Antigo Egito, uma das mais conhecidas civilizações do mundo antigo, tão presente no imaginário das pessoas e tão desconhecido ao mesmo tempo, não era exclusivamente branco, mas por muito tempo os próprios egiptólogos consideraram a história do Egito mediterrânica e branca; assim, torna¬ se necessária, agora, uma mudança das técnicas e dos materiais de pesquisa e principalmente da mentalidade dos pesquisadores para que se possa restituir a terra dos faraós ao seu contexto africano, o Egito era, também, negro e não existiam somente ligações com Norte (Mediterrâneo) e Leste (Oriente Médio), mas também estava intimamente ligado ao seu entorno africano, especialmente o Sul. A Baixa Núbia interessava aos egípcios pelo ouro que produzia, e as regiões nilóticas localizadas mais ao sul, pelas rotas que conduziam ao interior africano através do Nilo Branco, dos vales saarianos ou do Darfur. O acesso ao sul foi uma preocupação constante por toda a história do Egito, o que provavelmente também explica a importância atribuída ao controle dos oásis ocidentais, outra rota de acesso paralela ao Nilo. Tais necessidades constituem um poderoso estímulo à exploração e à procura de relações estáveis. O Egito precisava dos produtos africanos, como marfim, incenso, ébano e, de modo mais geral, madeira. Quanto à última, uma fonte alternativa era, evidentemente, o Oriente Próximo. Todavia, a utilização da madeira originária do interior da África só pode ser comprovada através de um exame da totalidade dos testemunhos egípcios. As relações do Egito com o restante da África são vistas frequentemente como um fluxo unilateral, como uma difusão da cultura egípcia para o exterior. O leitor não deve, portanto, ficar com a impressão de que o que segue é aceito sem restrições ou está provado, embora seja perfeitamente justificável registrar algumas hipóteses e enfatizar a conveniência de se realizarem mais pesquisas.
A relação do Egito com as demais civilizações da África são, no entanto, informações escassas com indícios insuficientes acompanhada também por inúmeras dúvidas. Pois alguns podem confirmar a influência, em determinados aspectos da civilização egípcia em outras civilizações africanas. Porém ainda que viesse a ser comprovada, essa influência não constituiria uma prova de contatos antigos. E que, embora seja uma associação interessante não é também um indicio concludente de existência de contatos entre o Egito antigo, de um lado, e o Akam antigo ou a região do Golfo de Benin, de outro. E que do mesmo modo, por muito tempo atribuiu-se uma provável origem egípcia ao culto da serpente onde Zayed vem afirmar que isso é um outro fator que esta relacionado em um possível contato do Egito com o restante da África onde foi estudado em todas as civilizações africanas por vários especialistas notáveis. Do ponto de vista tecnológico fizesse parte da África, a cultura egípcia desligou-se do seu meio meridional e ocidental. E que, no entanto o Egito passou a desconfiar ainda mais dos seus vizinhos do norte quando estes se tornaram uma ameaça que o Egito faraônico sentia-se culturalmente defasado em relação a seus vizinhos. As relações do Egito com o restante da África são vistas freqüentemente como um fluxo unilateral, como uma difusão da cultura egípcia para o exterior. E que ignora o fato de o Egito ter dependido materialmente da venda de determinados produtos africanos, e que conseqüentemente, as influentes devem ter recíprocas.
Apesar de não ter sido encontrado vestígios de objetos egípcios em outras terras africanas, não podemos afirmar que não tenha existido vínculos entre elas. De acordo com o texto, "Relações do Egito com o resto da África", os autores Abd El Hamed Zayed e Jean Devisse, ressaltam que, tanto no período pré-dinástico, quanto no período dinástico, existiram sim laços entre o Egito e as regiões da África, mesmo que haja ausência de fontes que comprovem estas relações. Contanto, os autores acabam traçando ligações significativas dos povos egípcios com seus vizinhos do ocidente e do sul. Sabe-se, que os líbios contribuíram como soldados para o Egito, desenvolvendo significativo papel econômico. Levando em conta a importância da civilização Delta, nos liames entre os africanos e o Egito, é de conhecimento que várias populações vizinhas se firmaram nessas terras, influenciando de certa forma a vida dos egípcios, obrigando o Egito a reforçar o controle no território, com o intuído de manter as relações com o resto da África. Assim, pode-se dizer que o Egito e os demais territórios africanos, precisam ser analisados por dois ângulos, onde pode-se perceber tanto influencias da sociedade egípcia ao continente africano, quanto da África sobre os egípcios.
A relação entre o Egito e as demais civilizações africanas não é algo que pode ser construído com certezas; muitas relevantes variáveis a serem estudadas pedem para termos cautela quando este assunto surge. A localização privilegiada do Egito, através do corredor do Nilo, facilitava criação de rotas para todas as direções mais importantes, e isso, pode ter colaborado com a fusão de um “contato mais proveitoso” com as outras terras na África; o que não sabemos de certeza é até onde esse caminho deixou de ser unilateral, até que ponto (se é que houve tal feito), os egípcios absorveram outros costumes, ou disseminaram os deles. Os egípcios precisavam de materiais que em outros lugares do continente se tinha com abundância, e por ai pode se construir uma “relação” entre o Egito e outras civilizações, mas ainda não há evidencias suficientes para atestar fortemente tais teorias. Prudência, paciência e muito estudo são necessários para tratar desse vínculo; é um desafio este que “aquecerá” os estudos de muito por aí.
E sabido que o Egito tem uma localização privilegiada,através do corredor do rio Nilo facilitando suas transações por outros lugares da região,pois o Egito necessitava dos demais matérias que podeiam ser encontrados no continente africano mas a relação entre o Egito com as civilizações da África ainda é um grande desafio para os historiadores africanos que tentam estabelecer esta relação. Pois mesmo o Egito tendo um corredor aberto para o sul e norte,leste e oeste,ainda se torna uma tarefa difícil pros historiadores estabelecer esta relação por causa de informações escassas insuficientes,gerando dúvidas a respeito do assunto para ter uma confirmação exata,essa falta de evidências é o que torna dificil comprovar tal teoria.
São diversos os estudos existentes sobre a relação do antigo Egito com as outras civilizações da África. Porém pode-se observar nos últimos anos com a obtenção de fontes derivados de escritos, arte, fatos e etc. Que viriam acabar dando alicerces as teses sobre estes contatos existentes entre as distintas tribos. uma das descobertas seria a de que algumas necessidades que a civilização egípcia tinha era com madeira, marfim, insenso entre outras coisas e que era importado de outras civilizações africanas. Pondero que o Egito segundo estes mesmos estudos não se deixou influenciar por estas civilizações. Pelo contrário seu papel sempre foi o de influenciar. Valendo citar que muito ainda se tem a descobrir sobre estas relações, sendo necessário usar sempre a razão e cautela para não criar falsas concepções de um dos assuntos mais complexos e intrigantes da atualidade.
É bastante complexa e são muitos os estudos realizados e apresentados sobre a relação do antigo Egito com as outras demais civilizações da África. Entretanto ao longo das últimas décadas e com destaque para a descoberta e utilização das chamadas fontes, como escritos,artefatos, etc., acabaram por dar suporte as estas teses sobre estes contatos entre os povos. Uma das suposições seria a de que algumas necessidades que a civilização egípcia tinham como madeira, marfim, incenso, entre outros utensílios vinham importado destas outras civilizações. No entanto, é válido salientar que os Egípcios, segundo estes mesmos estudos, não se deixaram influenciar por estes mesmos povos ou tribos. Indo de encontro a isto, seu papel sempre foi o de influenciar. Lembrando que muito ainda se tem a descobrir sobre estes contatos. É necessário sempre usar da razão e cautela para não criar falsas informações ou afirmações de um dos temas mais distintos e intrigantes de todos os tempos.
“Compreender o continente africano é sumamente um exercício crítico” e no que tange à antiguidade, ainda mais. Por muito tempo, tudo que sabíamos do continente africano era fundamentado em uma história estereotipada contada pelos estrangeiros, há exemplo do Egito, que alguns ainda desconhecem sua localização. Na década de 70, o pesquisador Zayed, mesmo sem indícios arqueológicos decisivos que comprovasse o contato entre o Egito e o resto da África, não descartou a presença de teorias contrarias e enfatizou a importância de estudos, mesmo inicialmente embasados em hipóteses. A versão europeizada de um Egito faraônico de pessoas de pele “clara”, autossustentável, sem nenhum laço com o resto do continente africano, que, por sua vez era rotulado como selvagem, foge a lógica de muitos indícios. Desde a formação geográfica, o Egito esteve cercado de norte a sul, por outras civilizações que de forma direta ou indireta contribuíram para a “edificação” do império egípcio. Os núbios, civilização localizada ao sul do Egito, compunham boa parte do exercito egípcio, sendo decisivos em varias batalhas. Zayed relatou que a relação do reino de Kusch com o egípcio foi repleta de nuances. A administração do império egípcio oscilou (egípcios, cuchitas e hicso) em diferentes momentos da história, deixando cada reino o seu legado para a “construção” linguista, cultural, religiosa e estrutural desse importante império. Lembrando que essa “construção” de identidade foi recíproca para algumas civilizações. Kush, por exemplo, herdou muito da cultura egípcia. Outro fato importante são os relatos das grandes excursões (por terra ou mar) em buscas de distantes reinos, como Punt, conhecido por dispor de varias iguarias como incenso, marfim, pele de animais, ébano, entre outros. O entreposto comercial e a expansão territorial fazia dos egípcios uma civilização sedenta de “bons relacionamentos”. Como sabemos, não existe uma única verdade ou mentira. A história está sempre em construção, muda-se o tempo, mudam-se as perguntas e esmiúçam-se (ou aumentam-se) as fontes. Da década de 70 aos dias atuais, novos estudos surgiram, confirmando e acrescendo o estudo de Zayed sobre o continente africano na Antiguidade. Contudo, perspicácia, empenho, cautela e um aguçado questionamento crítico, ainda é a mais indicada receita para desvendarmos os liames existentes entre o Egito faraônico e o restante do continente africano.
Seguramente as relações existentes entre Egito e África ainda se encontram bastante indefinidas, apesar de muitos estudos e pesquisas é quase impossível fazer essa ligação. Uma vertente na qual podemos fazer uma possível ligação, é na questão comercial, o Egito apesar de bem localizado não conseguia ser auto suficiente, e cercado por outras civilizações africanas, tinha o privilégio de conquistar recursos para conseguir seu alicerce. Outro ponto que não pode ser esquecido é de como os povos egípcios disseminaram algumas características para culturas distintas da sua, tinham muita influência, e visavam o crescimento do seu território, mas precisavam de uma boa convivência com os "vizinhos" para conseguir esse feito. Os Núbios foram de grande importância para essa edificação, pois faziam parte do exercito egípcio, o que era de extrema importância para batalhas que precisavam enfrentar. Enfim, com todos os percalços, pode-se tentar fazer esta ligação através de estudos como Abd El Hamed Zayed e Jean Devisse em "Relações do Egito com o resto da África", onde podemos perceber as ligação entre o Egito e os demais povos africanos.
Seguramente as relações existentes entre Egito e África ainda se encontram bastante indefinidas, apesar de muitos estudos e pesquisas é quase impossível fazer essa ligação. Uma vertente na qual podemos fazer uma possível ligação, é na questão comercial, o Egito apesar de bem localizado não conseguia ser auto suficiente, e cercado por outras civilizações africanas, tinha o privilégio de conquistar recursos para conseguir seu alicerce. Outro ponto que não pode ser esquecido é de como os povos egípcios disseminaram algumas características para culturas distintas da sua, tinham muita influência, e visavam o crescimento do seu território, mas precisavam de uma boa convivência com os "vizinhos" para conseguir esse feito. Os Núbios foram de grande importância para essa edificação, pois faziam parte do exercito egípcio, o que era de extrema importância para batalhas que precisavam enfrentar. Enfim, com todos os percalços, pode-se tentar fazer esta ligação através de estudos como Abd El Hamed Zayed e Jean Devisse em "Relações do Egito com o resto da África", onde podemos perceber as ligação entre o Egito e os demais povos africanos.
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ResponderExcluirA relação do Egito com o resto da África ainda não está completamente traçada, essa relação ainda está permeada de dúvidas e falta muitas provas concretas, assim não se pode colocar como certeza ou prova decisiva. Os dois eixos que contém os maiores avanços são ao Oeste com os povos do Deserto do Saara Líbio e ao Sul com a civilização Núbia , atual Sudão.
ResponderExcluirMas sabemos que o Egito necessitava de materiais que podiam ser encontrados dentro do próprio continente africano dentre os quais estavam a madeira, incenso, marfim e o estanho, contudo a utilização desses materiais provindos do interior da África, só pode ser comprovada com um exame da totalidade das testemunhas, é preciso cautela para a análise dos resultados, mas sabe-se que através de um estudo em conjunto das ciências, muitos destas questões já estão esclarecidas.
Ao se falar na relação entre o Egito e o resto da África, percebe-se a aceitação da existência de tal relação que anteriormente nem se quer existia, mas é preciso perceber que muitas vezes essa relação é vista como um fluxo unilateral, com uma difusão somente da cultura egípcia para o exterior, assim o resto do continente não possuía nada que os influenciasse, tal pensamento ignora a ideia de o Egito ter dependido materialmente da venda de determinados produtos africanos, assim é preciso descobrir até que ponto as influência foram recíprocas.
Essa relação entre o Egito faraônico e África constitui hoje um dos maiores desafios para os historiadores africanos que se preocupe em estabelecer tais relações. As ciências como arqueologia, linguística entre outras tem nos ensinado a ter paciência, e com os resultados apresentados nos motiva a pesquisar mais e chegarmos em resultados ainda insuspeitáveis.
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ResponderExcluirA relação do Egito antigo com as demais civilizações da África ainda são controversas. Mesmo considerando as recentes descobertas de objetos egípcios em regiões muito além de suas fronteiras,não se pode concluir, pelo menos por enquanto, serem eles testemunhas de relações entre o Egito e as regiões onde tais objetos foram encontrados, devido as circunstâncias em que foram descobertos.
ResponderExcluirO mito da criação, a exemplo do abutre e a serpente, é outro fator que está relacionado a um possível contato do Egito com o restante da África, porém, como afirma Zayed, não é indício concludente da existência desse contato.
Por outro lado,dada necessidade do Egito importar produtos que não eram encontrados em seu interior, mas que eram abundantes no restante da África houve o estímulo à procura de relações estáveis. Essas relações, inclusive, são frequentemente vistas como um fluxo unilateral, como uma difusão da cultura egípcia para o exterior.
Se faz importante também considerar que, pela posição geográfica do Egito, que através do corredor do Nilo é aberto para o sul e o norte, o leste e o oeste, rotas de comunicacão fossem então por aí estabelecidas.
Fato é que, isso tudo leva a concluir que, em termos gerais,os liames entre o Egito faraônico e o resto da África, se constitui num dos temas mais desafiantes aos historiadores africanos.É preciso haver muita prudência para analisar as fontes que continuam a ser descobertas.
ResponderExcluirEstudada singularmente com uma sociedade "oriental" pela academia européia, a partir de seus próprios anseios e filtros culturais, representando-o mais como um antepassado europeu, do que como uma civilização diferente e intrinsecamente envolvida com a África, o Antigo Egito, uma das mais conhecidas civilizações do mundo antigo, tão presente no imaginário das pessoas e tão desconhecido ao mesmo tempo, não era exclusivamente branco, mas por muito tempo os próprios egiptólogos consideraram a história do Egito mediterrânica e branca; assim, torna¬ se necessária, agora, uma mudança das técnicas e dos materiais de pesquisa e principalmente da mentalidade dos pesquisadores para que se possa restituir a terra dos faraós ao seu contexto africano, o Egito era, também, negro e não existiam somente ligações com Norte (Mediterrâneo) e Leste (Oriente Médio), mas também estava intimamente ligado ao seu entorno africano, especialmente o Sul.
A Baixa Núbia interessava aos egípcios pelo ouro que produzia, e as regiões nilóticas localizadas mais ao sul, pelas rotas que conduziam ao interior africano através do Nilo Branco, dos vales saarianos ou do Darfur. O acesso ao sul foi uma preocupação constante por toda a história do Egito, o que provavelmente também explica a importância atribuída ao controle dos oásis ocidentais, outra rota de acesso paralela ao Nilo. Tais necessidades constituem um poderoso estímulo à exploração e à procura de relações estáveis. O Egito precisava dos produtos africanos, como marfim, incenso, ébano e, de modo mais geral, madeira. Quanto à última, uma fonte alternativa era, evidentemente, o Oriente Próximo. Todavia, a utilização da madeira originária do interior da África só pode ser comprovada através de um exame da totalidade dos testemunhos egípcios. As relações do Egito com o restante da África são vistas frequentemente como um fluxo unilateral, como uma difusão da cultura egípcia para o exterior.
O leitor não deve, portanto, ficar com a impressão de que o que segue é aceito sem restrições ou está provado, embora seja perfeitamente justificável registrar algumas hipóteses e enfatizar a conveniência de se realizarem mais pesquisas.
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ResponderExcluirA relação do Egito com as demais civilizações da África são, no entanto, informações escassas com indícios insuficientes acompanhada também por inúmeras dúvidas. Pois alguns podem confirmar a influência, em determinados aspectos da civilização egípcia em outras civilizações africanas. Porém ainda que viesse a ser comprovada, essa influência não constituiria uma prova de contatos antigos. E que, embora seja uma associação interessante não é também um indicio concludente de existência de contatos entre o Egito antigo, de um lado, e o Akam antigo ou a região do Golfo de Benin, de outro. E que do mesmo modo, por muito tempo atribuiu-se uma provável origem egípcia ao culto da serpente onde Zayed vem afirmar que isso é um outro fator que esta relacionado em um possível contato do Egito com o restante da África onde foi estudado em todas as civilizações africanas por vários especialistas notáveis.
ResponderExcluirDo ponto de vista tecnológico fizesse parte da África, a cultura egípcia desligou-se do seu meio meridional e ocidental. E que, no entanto o Egito passou a desconfiar ainda mais dos seus vizinhos do norte quando estes se tornaram uma ameaça que o Egito faraônico sentia-se culturalmente defasado em relação a seus vizinhos.
As relações do Egito com o restante da África são vistas freqüentemente como um fluxo unilateral, como uma difusão da cultura egípcia para o exterior. E que ignora o fato de o Egito ter dependido materialmente da venda de determinados produtos africanos, e que conseqüentemente, as influentes devem ter recíprocas.
Apesar de não ter sido encontrado vestígios de objetos egípcios em outras terras africanas, não podemos afirmar que não tenha existido vínculos entre elas.
ResponderExcluirDe acordo com o texto, "Relações do Egito com o resto da África", os autores Abd El Hamed Zayed e Jean Devisse, ressaltam que, tanto no período pré-dinástico, quanto no período dinástico, existiram sim laços entre o Egito e as regiões da África, mesmo que haja ausência de fontes que comprovem estas relações. Contanto, os autores acabam traçando ligações significativas dos povos egípcios com seus vizinhos do ocidente e do sul.
Sabe-se, que os líbios contribuíram como soldados para o Egito, desenvolvendo significativo papel econômico. Levando em conta a importância da civilização Delta, nos liames entre os africanos e o Egito, é de conhecimento que várias populações vizinhas se firmaram nessas terras, influenciando de certa forma a vida dos egípcios, obrigando o Egito a reforçar o controle no território, com o intuído de manter as relações com o resto da África.
Assim, pode-se dizer que o Egito e os demais territórios africanos, precisam ser analisados por dois ângulos, onde pode-se perceber tanto influencias da sociedade egípcia ao continente africano, quanto da África sobre os egípcios.
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ResponderExcluirA relação entre o Egito e as demais civilizações africanas não é algo que pode ser construído com certezas; muitas relevantes variáveis a serem estudadas pedem para termos cautela quando este assunto surge. A localização privilegiada do Egito, através do corredor do Nilo, facilitava criação de rotas para todas as direções mais importantes, e isso, pode ter colaborado com a fusão de um “contato mais proveitoso” com as outras terras na África; o que não sabemos de certeza é até onde esse caminho deixou de ser unilateral, até que ponto (se é que houve tal feito), os egípcios absorveram outros costumes, ou disseminaram os deles. Os egípcios precisavam de materiais que em outros lugares do continente se tinha com abundância, e por ai pode se construir uma “relação” entre o Egito e outras civilizações, mas ainda não há evidencias suficientes para atestar fortemente tais teorias. Prudência, paciência e muito estudo são necessários para tratar desse vínculo; é um desafio este que “aquecerá” os estudos de muito por aí.
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ResponderExcluirE sabido que o Egito tem uma localização privilegiada,através do corredor do rio Nilo facilitando suas transações por outros lugares da região,pois o Egito necessitava dos demais matérias que podeiam ser encontrados no continente africano mas a relação entre o Egito com as civilizações da África ainda é um grande desafio para os historiadores africanos que tentam estabelecer esta relação.
ResponderExcluirPois mesmo o Egito tendo um corredor aberto para o sul e norte,leste e oeste,ainda se torna uma tarefa difícil pros historiadores estabelecer esta relação por causa de informações escassas insuficientes,gerando dúvidas a respeito do assunto para ter uma confirmação exata,essa falta de evidências é o que torna dificil comprovar tal teoria.
São diversos os estudos existentes sobre a relação do antigo Egito com as outras civilizações da África. Porém pode-se observar nos últimos anos com a obtenção de fontes derivados de escritos, arte, fatos e etc. Que viriam acabar dando alicerces as teses sobre estes contatos existentes entre as distintas tribos. uma das descobertas seria a de que algumas necessidades que a civilização egípcia tinha era com madeira, marfim, insenso entre outras coisas e que era importado de outras civilizações africanas. Pondero que o Egito segundo estes mesmos estudos não se deixou influenciar por estas civilizações. Pelo contrário seu papel sempre foi o de influenciar. Valendo citar que muito ainda se tem a descobrir sobre estas relações, sendo necessário usar sempre a razão e cautela para não criar falsas concepções de um dos assuntos mais complexos e intrigantes da atualidade.
ExcluirÉ bastante complexa e são muitos os estudos realizados e apresentados sobre a relação do antigo Egito com as outras demais civilizações da África.
ResponderExcluirEntretanto ao longo das últimas décadas e com destaque para a descoberta e utilização das chamadas fontes, como escritos,artefatos, etc., acabaram por dar suporte as estas teses sobre estes contatos entre os povos. Uma das suposições seria a de que algumas necessidades que a civilização egípcia tinham como madeira, marfim, incenso, entre outros utensílios vinham importado destas outras civilizações. No entanto, é válido salientar que os Egípcios, segundo estes mesmos estudos, não se deixaram influenciar por estes mesmos povos ou tribos.
Indo de encontro a isto, seu papel sempre foi o de influenciar. Lembrando que muito ainda se tem a descobrir sobre estes contatos. É necessário sempre usar da razão e cautela para não criar falsas informações ou afirmações de um dos temas mais distintos e intrigantes de todos os tempos.
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ResponderExcluir“Compreender o continente africano é sumamente um exercício crítico” e no que tange à antiguidade, ainda mais. Por muito tempo, tudo que sabíamos do continente africano era fundamentado em uma história estereotipada contada pelos estrangeiros, há exemplo do Egito, que alguns ainda desconhecem sua localização. Na década de 70, o pesquisador Zayed, mesmo sem indícios arqueológicos decisivos que comprovasse o contato entre o Egito e o resto da África, não descartou a presença de teorias contrarias e enfatizou a importância de estudos, mesmo inicialmente embasados em hipóteses.
ResponderExcluirA versão europeizada de um Egito faraônico de pessoas de pele “clara”, autossustentável, sem nenhum laço com o resto do continente africano, que, por sua vez era rotulado como selvagem, foge a lógica de muitos indícios. Desde a formação geográfica, o Egito esteve cercado de norte a sul, por outras civilizações que de forma direta ou indireta contribuíram para a “edificação” do império egípcio. Os núbios, civilização localizada ao sul do Egito, compunham boa parte do exercito egípcio, sendo decisivos em varias batalhas. Zayed relatou que a relação do reino de Kusch com o egípcio foi repleta de nuances. A administração do império egípcio oscilou (egípcios, cuchitas e hicso) em diferentes momentos da história, deixando cada reino o seu legado para a “construção” linguista, cultural, religiosa e estrutural desse importante império. Lembrando que essa “construção” de identidade foi recíproca para algumas civilizações. Kush, por exemplo, herdou muito da cultura egípcia.
Outro fato importante são os relatos das grandes excursões (por terra ou mar) em buscas de distantes reinos, como Punt, conhecido por dispor de varias iguarias como incenso, marfim, pele de animais, ébano, entre outros. O entreposto comercial e a expansão territorial fazia dos egípcios uma civilização sedenta de “bons relacionamentos”.
Como sabemos, não existe uma única verdade ou mentira. A história está sempre em construção, muda-se o tempo, mudam-se as perguntas e esmiúçam-se (ou aumentam-se) as fontes. Da década de 70 aos dias atuais, novos estudos surgiram, confirmando e acrescendo o estudo de Zayed sobre o continente africano na Antiguidade. Contudo, perspicácia, empenho, cautela e um aguçado questionamento crítico, ainda é a mais indicada receita para desvendarmos os liames existentes entre o Egito faraônico e o restante do continente africano.
Seguramente as relações existentes entre Egito e África ainda se encontram bastante indefinidas, apesar de muitos estudos e pesquisas é quase impossível fazer essa ligação. Uma vertente na qual podemos fazer uma possível ligação, é na questão comercial, o Egito apesar de bem localizado não conseguia ser auto suficiente, e cercado por outras civilizações africanas, tinha o privilégio de conquistar recursos para conseguir seu alicerce. Outro ponto que não pode ser esquecido é de como os povos egípcios disseminaram algumas características para culturas distintas da sua, tinham muita influência, e visavam o crescimento do seu território, mas precisavam de uma boa convivência com os "vizinhos" para conseguir esse feito. Os Núbios foram de grande importância para essa edificação, pois faziam parte do exercito egípcio, o que era de extrema importância para batalhas que precisavam enfrentar.
ResponderExcluirEnfim, com todos os percalços, pode-se tentar fazer esta ligação através de estudos como Abd El Hamed Zayed e Jean Devisse em "Relações do Egito com o resto da África", onde podemos perceber as ligação entre o Egito e os demais povos africanos.
Seguramente as relações existentes entre Egito e África ainda se encontram bastante indefinidas, apesar de muitos estudos e pesquisas é quase impossível fazer essa ligação. Uma vertente na qual podemos fazer uma possível ligação, é na questão comercial, o Egito apesar de bem localizado não conseguia ser auto suficiente, e cercado por outras civilizações africanas, tinha o privilégio de conquistar recursos para conseguir seu alicerce. Outro ponto que não pode ser esquecido é de como os povos egípcios disseminaram algumas características para culturas distintas da sua, tinham muita influência, e visavam o crescimento do seu território, mas precisavam de uma boa convivência com os "vizinhos" para conseguir esse feito. Os Núbios foram de grande importância para essa edificação, pois faziam parte do exercito egípcio, o que era de extrema importância para batalhas que precisavam enfrentar.
ResponderExcluirEnfim, com todos os percalços, pode-se tentar fazer esta ligação através de estudos como Abd El Hamed Zayed e Jean Devisse em "Relações do Egito com o resto da África", onde podemos perceber as ligação entre o Egito e os demais povos africanos.
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