quinta-feira, 6 de outubro de 2016

PARA OS DISCENTES DO QUINTO SEMESTRE, ALAGOINHAS, CAMPUS II, AULA 12:

Havia liames entre o Egito e as demais civilizações existentes no que é hoje o continente africano?

5 comentários:

  1. Mesmo que os indícios encontrados , de objeto egípcios em áreas africanas, não permitam concluir que existiram relações ente o Egito e algumas regiões da África, isso não nos permite afirmar que na Antiguidade não houveram vínculos entre o resto continente africano e o Egito.
    Em seu texto, "Relações do Egito com o resto da África", Abd Hamid Zayed, com colaboração de J. Devisse, explana de forma cuidadosa, que, tanto no período pré-dinástico, quanto no período dinástico, existiram sim liames entre o Egito e a África, embora os autores estejam sempre alertando par a falta de fontes, indícios, majoritariamente decisivos para estas relações. No entanto os autores estabelecem algumas relações dos egípcios com os vizinhos do ocidente, saarianos e líbios e também com os vizinhos do sul, principalmente com o Sudão e a Núbia.
    Assim sabemos que, pelo menos a partir da XIX dinastia, os líbios passaram a construir uma reserva de mão e obra de soldados para o Egito, desempenhando um forte papel econômico, quase parecido ao dos núbios, ao sul. Considerando a importância do Delta, nas relações entre o Egito e os povos africanos, é sabido que muitos povos vizinhos se estabeleceram neste território, afetando, mais ou menos, a vida do Egito, onde o Egito viu-se obrigado a manter um controle rígido sobre essa área para assegurar as relações com a própria África, com a Ásia e com o Mediterrâneo.
    Em relação aos povos do sul, aos egípcios interessavam a região da Baixa Núbia, uma vez que essa região era a maior fornecedora de ouro para o Egito. É sabido também, que tanto o Sudão, quanto a Núbia, foram um grandes fornecedores de mão de obra, animais e minerais. Os soldados núbios desenvolveram um grande papel nas batalhas do Médio Egito, sendo alguns deles representados em madeira pintada, justificando as relações entre estes e o Egito.
    Pelas estelas que foram encontradas em Buhen, sabe-se que várias famílias com nomes egípcios viveram na região da Núbia, durante o Médio Império.
    Pensando nas relações do Egito, com o Antigo Reino de Punt, foram encontrados vestígios, na costa do Mar Vermelho, que permitem considerar reais as relações entre Punt, localizada na parte da Costa da África, que se estende do rio Poitialeh ao norte da Somália, até o Cabo Guardafui.
    Segundo Zayed, uma estela do período saíta, o regime do Nilo era afetado quando chovias nas montanhas de Punt. As relações com Punt se deram principalmente por via marítima, com o envio de expedições exploratórias para a região por parte de vários Faraós. Zayed, divide essa relação do Egito com Punt em três etapas: a primeira que antecedeu o reinado da rainha Hatshepsut; a segunda sob o poderia da rainha Hatshepsut, que enviou uma frota de 5 navios para Punt, com ordens para trazer árvores que produziam o incenso usado pelos egípcios e uma a terceira, pouco antes do final do reinado de Ramsés IV, onde as relações com o Reino de Punt cessaram-se.
    Por fim, as relações do Egito com o resto da África, devem ser analisadas sobre um prisma bilateral, onde tanto o Egito influenciou diversas do continente africano, quanto o continente africano influenciou aspectos da sociedade egípcia. Uma vez que, por necessidade, a procura o estabelecimento de tais relações, era imprescindível para a sobrevivência.
    No entanto, que estas relações tenham se dado por necessidade, ou curiosidade, os indícios dispostos, principalmente através da arqueologia, são por demais instáveis e precisam ser analisados sob um rigor científico , sendo difícil estabelecer conclusões. O que não impedem as preposições, ponderações acerca do tema e ainda mais, tais indícios permitem abrir caminhos para uma melhor investigação de tais relações entre o Egito e o resto da África.

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  2. A história do Egito e a África é cheias de incertezas e inverdades, muitas falácias, sobre esses dois países; mesmo assim e importante se pronunciar sobre essa relações, entre as duas civilizações.
    Nessa perspectiva é necessário afirmar que diante de alguns pontos, no que se referem a relação entre os dois pois é necessario busca uma resposta positiva que traga claleza a sua vivencias dos dois países.
    As fontes histoirica em relação ao continente africano com os demais é considerada inverdades. Considerada mais próxima que os pesquisadores e historiadores pensavam.
    Diante dos recentes estudos feitos por alguns historiadores, que analisa e estuda essas problemática sobre continente africado, apontaram grande relevâncias sobre essa relação.
    A questão da relação dos povos do continente africanos e os povos egípcios; assim foram encontrado objetos que denunciavam que de alguna forma existiu essa aproximidade entre eles.
    Nesse caso um ponto muito interessante que demostra essa reação entre as duas civilizações entre os africanos e os egípcios.
    Segundo ZAYED garante que não e uma fonte de prova real. E importante salientar que os povos egípcios tinham a necessidade de outros produtos naturais, sendo que a sua geografia não oferecia condição para serem cultivadas. Neste caso foi necessário ir em busca em outros territórios que possibilite essas condições.
    Diante da necessidade ocorreu uma procura de uma relação solida, entre a África e o Egito. Portanto, neste caso tudo se realizar, que necessariamente houver uma semelhança linear entre esses povos.
    E importante salientar que ao mesmo tempo se torna tudo limitado para os pesquisadores, que se dispõem a pesquisar essa temática com relação a essa problematica entre os povos africanos e os povos egípcios.
    É necessário que o historiador estejam atentos ao ter contato com esse tipo de fonte, principalmente quando se trata de um tema tão delicado como esse, em que as fontes são mínima possíveis.

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  3. De acordo com as reflexões realizadas em sala de aula e com o auxílio do texto “Relações do Egito com o resto da África”, de Abd El Hamid Zayed, que contou com a colaboração de J. Devisse. Percebe-se que a arqueologia não revelou indícios suficientes para comprovar possíveis contatos entre o Egito e a África do Sul de Méroe, porém, existem teorias baseadas em hipóteses.
    O autor ressalta a descoberta recente de objetos egípcios em regiões longínquas no interior do que hoje conhecemos como continente africano, uma delas é a estatueta de Osíris, do século VII antes da Era Cristã, encontrada no Zaire, às margens do Rio Laulaba, ao Sul de Zambeze. Levando em consideração as circunstâncias em esses objetos foram encontrados, não podemos afirmar que existiram relações com o restante do continente africano.
    Abd Zayed ressalta que tanto no período pré-dinástico quanto no período dinástico o Egito exerceu influência sobre os vizinhos do Ocidente; Saarianos e Líbios. Embora esteja sempre enfatizando a escassez de fontes para tal comprovação. Ainda nesse contexto, pesquisas recentes revelam que os Saarianos eram principalmente os Líbios, diante disso, a partir da dinastia XIX os Líbios constituíram uma importante reserva de mão de obra e de soldados para o Egito, principalmente pela fama de serem bons soldados. Os Líbios eram conhecidos também pela criação de gado e assim forneciam animais para o consumo dos egípcios, estes desempenhavam um papel econômico de grande importância.
    Ao analisar as relações entre o Egito com outras nações, africanas ou não, é imprescindível destacar a importância do Delta, ainda que os achados arqueológicos nesta região do antigo Egito sejam insuficientes, e segundo o autor não passam de suposições. O Delta foi palco de intensas migrações de povos vizinhos do oeste, do norte e do nordeste. Essas migrações sempre causaram impactos na vida dos egípcios, e o Delta se caracterizou por ser uma área marcada por conflitos nos tempos do Egito faraônico.
    O autor evidencia a importância e dificuldade de localizar o Antigo Reino de Punt, com que acredita que os egípcios mantiveram relações durante o Novo Império, vale destacar as inúmeras tentativas que foram feitas com o propósito de localizá-lo, embora persistam ainda hoje muitas dúvidas com relação a sua localização, existe uma teoria de que Punt se localizaria na parte da Costa da África que vai do rio Poitialeh, ao norte da Somália, até o Cabo Guardafui. Os navios da rainha Hatshepsut enviados para Punt sugerem que os egípcios utilizavam uma rota marítima para chegar ao Antigo Reino de Punt.
    Ao que tudo indica, os navios egípcios rumavam para Punt em busca do precioso incenso e outros produtos.
    Entretanto, o autor vai distinguir as relações entre o Egito e Punt a partir de três etapas, em que a primeira antecedeu o reinado da rainha Hatshepsut, pois, nessa época os egípcios tinham poucas informações sobre o Reino de Punt. Na segunda etapa, o reinado da rainha Hatshepsut estava em vigor, sob ordens da rainha um frota de navios foi enviada com objetivo de trazer árvores que produziam incenso, três grandes árvores foram plantadas no jardim do deus Ámon. Na terceira e última etapa seria pouco antes do reinado de Ramsés IV, em que as relações do Egito com o reino de Punt foi suspensa.
    Em suma, os esforços de um povo para manter relações com outras regiões podem ocorrer por diversos fatores, a necessidade de sobrevivência sem dúvida é uma delas, diante dessas circunstâncias, o Egito precisava de produtos africanos, como por exemplo, o marfim, incenso, ébano, madeira, etc.
    É de extrema importância salientar que as relações do Egito faraônico com o restante da África devem ser vistos sob a ótica de influências recíprocas, ou seja, tanto o Egito exerceu influência sobre as civilizações africanas, como também recebeu influências do continente africano, porém, vale ressaltar que essa temática é uma das mais desafiadoras para os historiadores.


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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. De acordo com o texto “Relações do Egito com o resto da África” dos autores Abd El Hamid Zayed e J. Devisse,são inconclusivos os indícios da relação existente entre o Egito e o restante da África. Diversos estudos, auxiliados pela arqueologia, tentam desvendar se houveram ou não vínculos entre os antigos egípcios e o resto da África. Uma estátua de Osíris encontrada no Zaire, a semelhança entre o deus egípcio Ptah e Odomankoma, um deus akan, são indicativos, porém, não concludentes da existência de uma relação entre o Egito antigo e esta outra civilização. As informações encontradas, por serem insuficientes, devem ser analisadas com um rigor científico maior que o habitual. Ainda que pudesse ser provada, a influência da cultura egípcia não constitui prova de contato com outras civilizações. Os vestígios existentes acerca da relação do Egito com as demais civilizações devem ser observados com cautela, pois, existe uma considerável discrepância cronológica e tecnológica entre a civilização egípcia e outras civilizações. Ao se desligar dos vizinhos do sul e do ocidente, o Egito os ultrapassou, muito embora, ainda não se saiba a causa desse avanço. Um dos possíveis motivos desse afastamento foi profundas diferenças quanto ao modo de vida. A escrita foi um fator importante nessa transformação, no entanto, é preciso saber em que medida ela foi adotada como instrumento de coesão social e cultural no Vale do Nilo. Os povos do sul e do oeste, como os Líbios e Núbios, eram considerados úteis ao vale enquanto fornecedores de alimentos e homens para a defesa. Essa cobrança de impostos constituía um critério de submissão dos povos vizinhos à civilização faraônica e o não pagamento acarretava em punição, no entanto, as relações do Egito com o restante da África variava de um século para outro. Ao ser observada essa relação, é imprescindível que seja reconhecido o papel desempenhado pelo Delta que fora palco de inúmeros conflitos entre os egípcios e diversos povos como os hicsos, líbios, hebreus, e os do reino de Kush, o que provocou um rígido controle do Egito sobre a costa do Delta. No entanto, faltam fontes que comprovem essas hipóteses baseadas em textos, etnologia ou até mesmo no senso comum. Escavações recentes revelam semelhanças entre o Alto e o Baixo Vale do Nilo. O Império de Kerma (Reino de Kush) sofreu influência cultural e religiosa da civilização egípcia e também adotaram da mumificação; famílias que moravam na região da Núbia, os quais possuíam nomes egípcios; navios egípcios iram ao reino de Punt em busca de incenso e outros produtos, são sinais da existência dessas relações. As relações do Egito com o restante da África são, constantemente, vista como um fluxo unilateral, sempre como uma difusão egípcia para o exterior e dificilmente demonstra que o Egito também dependia de outras civilizações. Quaisquer que tenham sido os motivos, os indícios coletados ainda são insuficientes para demonstrar a existência de relações entre egípcios com o restante da África. O que resta evidenciado são as possibilidades de pesquisa e o que é sabido não deve ser entendido como absoluto. Somente através de pesquisas minuciosas, será possível acrescentar dados para entender as complexas relações existentes entre a civilização egípcia e o resto da África.

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