quinta-feira, 6 de outubro de 2016

PARA OS DISCENTES DO QUINTO SEMESTRE, JACOBINA, CAMPUS IV, AULA 08:

A coleção História Geral da África: contextos e aspectos que justificaram uma pesquisa de grande envergadura.

19 comentários:

  1. Durante muito tempo, mitos e preconceitos de toda espécie esconderam do mundo a real história da África. As sociedades africanas passavam por sociedades que não podiam ter história, isso devido a um grande número de especialistas não africanos, ligados a certos postulados, sustentarem que essas sociedades não podiam ser objeto de um estudo científico, notadamente por falta de fontes e documentos escritos. Se por um lado, Iliada e a Odisseia podiam ser devidamente consideradas como fontes essenciais da história da Grécia antiga, em contrapartida, negava-se todo valor à tradição oral africana, essa memória dos povos que fornece, em suas vidas, a trama de tantos acontecimentos marcantes. Ao escrever a história de grande parte da África, recorria-se somente a fontes externas à África, oferecendo uma visão não do que poderia ser o percurso dos povos africanos, mas daquilo que se pensava que ele deveria ser.
    Com efeito, havia uma recusa a considerar o povo africano como o criador de culturas originais que floresceram e se perpetuaram, através dos séculos, por vias que lhes são próprias.
    Da mesma forma, o continente africano quase nunca era considerado como uma entidade histórica. Em contrário, enfatizava-se tudo o que pudesse reforçar a ideia de uma cisão que teria existido, desde sempre, entre uma “África branca” e uma “África negra” que se ignoravam reciprocamente. Traçavam-se fronteiras intransponíveis entre as civilizações do antigo Egito e da Núbia e aquelas dos povos subsaarianos.
    Um outro fenômeno que grandes danos causou ao estudo objetivo do passado africano foi o aparecimento, com o tráfico negreiro e a colonização, de estereótipos raciais criadores de desprezo e incompreensão, tão profundamente consolidados que corromperam inclusive os próprios conceitos da historiografia.
    É nesse contexto que emerge a importância da Historia Geral da África, em oito volumes, cada qual compreendendo aproximadamente oitocentas páginas de texto com ilustrações (fotos, mapas e desenhos tracejados), cuja publicação a Unesco começou. Consiste, antes de tudo, em uma história das ideias e das civilizações, das sociedades e das instituições. Ela fundamenta‑se
    sobre uma grande diversidade de fontes, aqui compreendidas a tradição oral e a expressão artística.
    Os especialistas de numerosos países que se empenharam nessa obra, (dentre os quais dois terços africanos e um terço de não africanos) preocuparam-se, primeiramente, em estabelecer-lhe os fundamentos teóricos e metodológicos. Eles tiveram o cuidado em questionar as simplificações abusivas criadas por uma concepção linear e limitativa da história universal,
    bem como em restabelecer a verdade dos fatos sempre que necessário e possível. A África é aqui considerada como um todo. Trata‑se de uma iniciativa científica. As sombras e obscuridades que cercam o passado desse continente constituem um desafio apaixonante para a curiosidade
    humana.

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  2. A coleção História Geral da África é uma coleção composta por 8 volumes construídos por um longo projeto iniciado pela Unesco desde 1964 a pedido dos países da comunidade africana como também de comunidades descendentes de africanos em outros continentes, para desmistificar e corrigir a ignorância generalizada sobre a história do continente africano, como também para se libertar dos preconceitos discriminatórios que foram surgindo ao longo da sua história.
    Isso porque alguns anos atrás muitos historiadores, intelectuais não atribuíam grande importância ao continente africano afirmando que o mesmo dispusesse de história pela ausência de fontes e de documentos escritos, afirmando que sem eles não há história.
    A referida coleção foi elaborada logo após o período das independências de muitos países africanos, com o objetivo de reinterpretar as fontes existentes com maior rigor, objetividade e imparcialidade, utilizando com as devidas precauções fontes africanas originais, para que a partir daí possa apresentar a história do ponto de vista africano, e não de fora para dentro.
    A interdisciplinaridade foi um viés muito importante para a reinterpretação das fontes o que colocou em evidencia a fundamental importância o auxílio de várias ciências, como geografia, sociologia, antropologia, linguística, arqueologia, história oral, entre outras. Os auxílios dessas ciências se refletem nos trabalhos dos historiadores da primeira geração, no caso, Ki-Zerbo, Obenga, dentre outros, que por sua vez usou desse viés para corrigir a ignorância sobre a história do continente africano.
    O fato de trazer uma história da África escrita em sua maior parte por autores africanos, numa obra de alcance internacional, contribui para que se construa um olhar mais respeitoso sobre a produção de conhecimento no continente.
    Portanto a coleção história geral da África torna-se uma confirmação concreta da frase inicial de Ki-Zerbo, no primeiro volume da coleção "A África tem uma História", e essa história dever ser respeitada e conhecida por todos.

    Att,
    Ideilton Alves

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  3. O continente africano era descrito por diversos historiadores, contudo muitas das vezes essas descrições não abarcavam reais fatos. A criação de uma coleção de história que escrevesse sobre o continente africano fazia-se necessário, com isso historiadores negros juntamente com a UNESCO, organizaram e publicaram 08 volumes com os mais diversos conteúdos sobre o continente africano.
    A produção desta coleção estabelece a relação entre a emancipação da independência dos países africanos nos anos 60 e as descobertas arqueológicas que trouxeram visibilidade para o continente. Estes livros fazem um confronto direto com o que se falava e sabia de África, pois desde a escrita dos artigos à coordenações de cada volume é feito por africanos, desmistificando as ideias de que o continente era composto somente por selvagens.
    Faz-se necessário também a confrontação das teses hegelianas, que estabeleciam que o continente africano não fazia parte da história mundial, já que não havia movimento, progresso e movimentos próprios dela, com a escrita do HGA (História Geral da África), traz o ponto de vista dos intelectuais que estudam e/ou vivenciam o continente, fundamentada com uma metodologia que justificasse e explicasse essa história.

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  4. A África sempre foi vista como una, homogênea, selvagem lugar onde não existia historia por não dispor de documentos escritos. A imagem desse continente sempre foi carregada de estereótipos e preconceitos. Com a criação da coleção História Geral da África esse cenário foi se modificando e o continente africano começou a ser visto como realmente ele é diverso.
    A criação da coleção História Geral da África teve inicio no ano de 1964 pela UNESCO e foi concluída em 1999, é composta por oito volumes. Essa coleção também estabelece a relação entre os anos de 1960, quando os países africanos estão conquistando suas emancipações, o contexto que envolve a Guerra Fria, as recentes descobertas arqueológicas e o grande interesse despertado na historia do continente.
    Com a emancipação desses países, membros africanos expressaram um forte desejo de recuperar sua identidade cultural, para corrigir aquela imagem que sempre foi nos passada sobre a África, de selvageria, fome, miséria e povos primitivos que vivem em tribos, libertando assim esse continente desses estereótipos e preconceitos.
    A coleção passa a ser criada a partir da perspectiva dos próprios africanos apresentando uma historia do continente “de dentro”, ou seja, com os olhares dos intelectuais da África, e com isso constatar que a região era constituída por sociedades organizadas, e não por tribos, como se costuma pensar. Esta coleção traz a verdadeira histórica da África e suas relações com outros continentes.
    Além de apresentar uma visão de dentro do continente à coleção História Geral da África mostra diferentes pontos de vista sobre as culturas africanas nos oferecendo uma nova leitura da história, tendo a função de nos mostrar que a história do continente africano não se resume ao tráfico de escravos, ao caos e a pobreza.

    Att: Joanaline Freire

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  6. A História do continente africano sempre fora cercada de mitos e preconceitos que tornavam inviáveis a construção de uma história a partir de aspectos propriamente africanos. Isso na maioria das vezes em decorrência da negação da tradição oral como fonte para construção da História.
    As sociedades que tinham como principais meios de transmissão a tradição oral tanto na África como na Europa sofreram com essa dificuldade de mostrar a sua cultura seus modos ou formas de vida, e portanto muitas vezes a história é construída a partir de fontes exteriores à História do continente. Com base nisso podemos observar que a história da África vista de fora tornava o continente submerso nos estereótipos que elevavam a condição de um lugar único e indivisível, de modo que a história contada a partir de outros tende a apresentar dificuldades em especificar elementos estruturais e conjunturais que fazem parte de uma determinada cultura e que a pesquisa exterior a o determinado local não permite conhecer questões minuciosas na forma de escrever a história.
    É perceptível que havia dificuldades para compreender o povo africano como indivíduos ativos na construção e transmissão de sua cultura, para mudar esse quadro é necessário que os pesquisadores na área possam abdicar de seus preconceitos e está sempre transformando e criando novos métodos de compreender, fazer e transmitir a história de um determinado povo.

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  7. A Coleção História Geral da África tem por objetivo desmistificar a ideia de uma escrita eurocêntrica dotada de racialismo cientifico no qual descreve a África como um continente homogêneo, selvagem, negro, etc. Até alguns anos atrás um significativo número de intelectuais não atribuía grande importância ao continente africano, uma vez que o mesmo supostamente não possuía história. Era preciso estabelecer a relação entre os anos 1960, momento em que os países africanos estão conquistando suas emancipações, o contexto da, as recentes descobertas arqueológicas e o grande interesse despertado na História do continente, trazendo na mesma os pontos de vista “de dentro”, ou seja, os olhares dos intelectuais da África. Este confronto só poderia ser feito tomando como base a conformação de uma metodologia que não só apresentasse como também justificasse a História da África propriamente dita. Esta coleção deveria ser produzida a partir de fontes e narrativas que mostrassem uma História baseada em métodos “científicos”.
    A coleção está dividida em oito volumes e expressam a divisão proposta pelos historiadores africanos e africanistas para a periodização da História da África.
    O volume I, intitulado “Metodologia e Pré-História da África”, teve como editor Joseph Ki-Zerbo, historiador do Burkina Faso. Este volume discute o processo de constituição da disciplina e do campo tanto no continente africano, como fora dele. Os autores procuraram enfatizar a riqueza e a inovação metodológica que a história da África traz para a História enquanto conhecimento científico. O volume II, intitulado “África Antiga”, organizado por Gamal Mokhtar, discorre a respeito de antigas civilizações que existiram no continente africano, a exemplo dos reinos de Meroé, Gana, Axum, dentre outros. O volume III, intitulado “África do século VII ao XI”, editado por Mohammed El Fasi e I Hrbek, discorre a respeito de questões voltadas a presença do islã no continente. O volume IV, intitulado “África do século XII ao XVI”, editado por Djibril Tamsir Niane, discorre a respeito de questões da história do período anterior ao recrudescimento do fenômeno da escravidão, consubstanciado na eclosão do tráfico atlântico. O volume V, intitulado “África do século XVI ao XVIII”, editado por B. A. Ogot, discorre sobre o período contemporâneo ao tráfico atlântico, desde os movimentos populacionais ocorridos no norte da África, bem como a formação de estruturas centralizadas na África central, oriental e setentrional. O volume VI, intitulado “África do século XIX à década de 1880”, editado por J. F. A. Ajayi, discorre sobre o período em que o tráfico atlântico se encontra nos seus estertores, e vai até os primórdios da década de 1880, O volume VII, intitulado “África sob dominação colonial, 1880 a 1935”, editado por Albert Adu Boahen, nos ajuda a entender tanto as invasões e a perda da soberania das sociedades africanas, bem como as resistências destas a ocupação do seu chão por parte dos europeus. O volume VIII, intitulado “África desde 1935”, editado por Ali. A. Mazrui, com a colaboração de C. Wondji, enfatiza o tempo contemporâneo do continente africano.


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  8. Durante muito tempo o continente africano foi marcado por estereótipos, que desvalorizavam totalmente a história do continente, criando ideias errôneas e deturbadas, sobre sua cultura e sociedade, criando assim, uma África sem valor e isenta de contribuições para o resto da humanidade.
    Procurando desmistificas essas ideias errôneas sobre o continente africano mais de 350 especialistas, contribuíram para elaboração da Coleção da História Geral da África, composta por oito volumes que tratam desde a pré-história do continente africano até dias atuais, disponibilizando um grande panorama das civilizações africanas.
    Objetivando uma releitura, para melhor conhecimento das sociedades e culturas africanas, mostrando a importância e as contribuições da África para a história da humanidade. Contribuindo ainda, para espalhar uma visão equilibrada e objetiva do importante papel que a África exerceu sobre a humanidade, assim como para o conhecimento das relações existentes entre o Brasil e a África.
    Dessa forma, a UNESCO unido ao Ministério de Educação, através dessa coleção procuram estimular o avanço dos estudos e pesquisas sobre o continente africano, desenvolvendo materiais pedagógicos que estimulem a formação de professores e alunos. Contribuído para uma reeducação étnica e racial no país.

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  10. O continente africano sempre fora mostrado através dos conteúdos narrados pelos historiadores por meio de uma metodologia irreal. Tamanha situação acabou pôr influênciar diversos grupos de intelectuais nascidos no mesmo continente, proporcionando posteriormente a organização de obras que explorassem as mais diversas didáticas sobre o continente,isto graças a estes historiadores negros como também a organizações como a UNESCO. A emancipação de diversos países africanos gerou a vontade destes povos em recuperar sua biografia e identidade própria, e esta coleção criada pelos olhares de intelectuais oriundos destas populações foi a priori um dos aspectos mais relevantes.Tais fatos unidos as descobertas arqueológicas forma os principais fatores que impulsionaram estas pesquisas. Estas coleções tiveram pôr objetivo derribar as ideias3 preconceituosas da qual a África sempre foi vítima, mostrando agora a África do olhar interno para o externo, resgatando assim a história até então escondida.

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  11. O continente que conhecemos como África foi sempre difundido por historiadores através de suas obras em uma situação vista como interrogatórios. Isto veio a se modificar quando grupos intelectuais que vieram do mesmo continente, passaram a criar e organizar obras que em suas essências diversificava, dando prioridade do que realmente era a África. Esta arrancada que propiciou estes avanços foi influenciada pela emancipação de diversos países africanos que originou uma preocupação destes povos em recuperar sua identidade própria. Estes fatos já elencados como também as diversas descobertas arqueológicas, foram os principais aspectos que alavancaram estas pesquisas.
    Tais coleções tiveram como objetivo quebrar com os ideais eurocêntricos, preconceituosos da qual a África sempre foi vitima, mostrando agora com um olhar mais ligado aos estudos de seus povos, reconstruindo a sua história até então esquecida.

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  12. Com a precariedade das produções escritas por diversos historiadores sobre o continente africano, marcadas por estereótipos e idéias deturpadas, aumentou a necessidade da criação de uma coleção de histórias que representasse e descrevesse todos os aspectos dos países do continente africano. A África que até então era vista de forma homogênea, com as novas representações na historiografia pela coleção História Geral da África, fez com que esse cenário fosse de modificando.
    A coleção é composta por oito volumes, os quais foram elaborados entre 1964 e 1999 pela UNESCO e alguns historiadores, possibilitando uma releitura cultural, social, econômica e política de todos os países africanos partindo de suas particularidades trazendo a importância de todo o continente e as relações dos mesmos com os demais países do mundo, esta coleção “visa” assim, desmistificar as histórias de origem eurocêntrica relacionadas ao continente.

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  13. Em 1964, a UNESCO dava início a uma tarefa sem precedentes: contar a história da África a partir da perspectiva dos próprios africanos. Mostrar ao mundo, por exemplo, que diversas técnicas e tecnologias hoje utilizadas são originárias do continente, bem como provar que a região era constituída por sociedades organizadas, e não por tribos, como se costuma pensar.
    Quase 30 anos depois, 350 cientistas coordenados por um comitê formado por 39 especialistas, dois terços deles africanos, completaram o desafio de reconstruir a historiografia africana livre de estereótipos e do olhar estrangeiro. Estavam completas as quase dez mil páginas dos oito volumes da Coleção História Geral da África, editada em inglês, francês e árabe entres as décadas de 1980 e 1990.
    Além de apresentar uma visão de dentro do continente, a obra cumpre a função de mostrar à sociedade que a história africana não se resume ao tráfico de escravos e à pobreza. Para disseminar entre a população brasileira esse novo olhar sobre o continente, a UNESCO no Brasil, em parceria com a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do Ministério da Educação (Secad/MEC) e a Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), viabilizaram a edição completa em português da Coleção, considerada até hoje a principal obra de referência sobre o assunto.
    O objetivo da iniciativa é preencher uma lacuna na formação brasileira a respeito do legado do continente para a própria identidade nacional.

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  14. Criada pela UNESCO a coleção conta desde a pre historia ate 1980 a historia da Africa distribuída em oito volumes . Ela foi traduzido em Árabe, inglês, e muitas outras lingas. o MEC atualmente oferece a tradução para o português, ele foi produzido por mais de 350 especialistas em vários campos do conhecimento e de cunho cientifico. Através dessa coleção podemos compreender o funcionamento e historia dos povos africanos e as relações com outras civilizações a partir dos estudos dos que estão de fora, e dos que estão dentro do continente. A África é destacada nessas obras como o berço da humanidade, e contribuidora do conhecimento cientifico e cultural. A coleção contribui para a identidade interna e externa africana e a desconstrução do que se imagina sobre o continente uma africa reduzida, escravizada, cheia de doenças e mostra a importância, e a relação com outros vias da historia.

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  15. Criada pela UNESCO a coleção conta desde a pre historia ate 1980 a historia da Africa distribuída em oito volumes . Ela foi traduzido em Árabe, inglês, e muitas outras lingas. o MEC atualmente oferece a tradução para o português, ele foi produzido por mais de 350 especialistas em vários campos do conhecimento e de cunho cientifico. Através dessa coleção podemos compreender o funcionamento e historia dos povos africanos e as relações com outras civilizações a partir dos estudos dos que estão de fora, e dos que estão dentro do continente. A África é destacada nessas obras como o berço da humanidade, e contribuidora do conhecimento cientifico e cultural. A coleção contribui para a identidade interna e externa africana e a desconstrução do que se imagina sobre o continente uma africa reduzida, escravizada, cheia de doenças e mostra a importância, e a relação com outros vias da historia.

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  16. A África ao longo dos tempos sempre foi vitima de achismos e preconceitos para com a história dos vários povos que ali habitam, pesquisadores que apresentavam a África ao mundo como sendo única , de um único povo e uma única religião.
    Visando mudar essa historia e apresentar ao mundo o que realmente é a África, surgiu-se a ideia de montar uma coleção de estudos e pesquisas que realmente apresentasse a África como ela realmente é ou que chegasse o mais perto disso, com isso surgiu a Coleção História Geral da África que deveria ser produzida a partir de fontes e narrativas que mostrassem a história baseada em métodos “científicos” propondo assim, que a obra fosse escrita por africanos e africanistas, ou seja, por pessoas que realmente conhece o continente africano.

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  17. A ideologia europeia sempre foi o que dispersou quando se tratava da história da África. Tal visão sempre mostrava um continente africano pobre, burro, seco, primata; tudo o que se praticamente enxergava era o tráfico de escravos. Porém, 350 estudiosos, dentre eles cientistas, pesquisadores e especialistas juntaram-se para concluir a tarefa de contar a história da África pela visão dos povos moradores do país, e tudo o que os povos antigos deixaram e virou fonte histórica. A coleção “História Geral da África” de oito volumes, com quase dez mil páginas no total, era agora “uma arma”, um acesso a ser fartamente distribuído e traduzido para que a quebra dos estereótipos sofridos pela África ocorresse de fato; livre do olhar europeu, preenchida com verdades ignoradas. Esse importante passo feito com o auxilio da UNESCO. O mesmo suplementa a experiência didática do leitor com o continente africano, e sana grande parte da falta de conhecimento. A história da África é complexa, profunda e importante, e o devido respeito a ela deve ser constituído.

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  18. Estereótipos foi o que marcou e marca ate hoje o continente africano por pessoas desinformadas que não sabem ao certo a história da África,tendo a África como um lugar pobre de pessoas primitivas que moram em uma grande selva tudo isso graças a ideologia europeia,ja que o que importava era o tráfico negreiro e a história do continente não significava nada impedindo assim que as pessoas soubessem a verdadeira história contada por pessoas que la vivem por este motivo historiadores procuraram a saber mais sobre o continente para expor sobre para outras pessoas.Então assim o fizeram 350 estudiosos cientistas e pesquisadores juntaram com o objetivo de concluir a tarefa de contar a história da áfrica tendo como fonte a visão dos moradores e tudo deixado pelos povos antigos todo esse esforço virou a coleção "História Geral da África".

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  19. África: um continente pobre, de população negra e responsável por abastecer com mão de obra escrava colônias como Brasil no período colonial! Para muitos essa afirmação é um absurdo, porém, para muitos outros, isso é tudo que sabem sobre o continente. A História da África ate um tempo atrás, sempre veio vinculada a escravidão ou imagens fantasiosas e até mesmo bisaras, o que desencadeou em uma onda de inferioridade e preconceitos sob o continente.
    Até hoje ainda é comum ouvimos na rua ou até mesmo nas escolas, associações como: savana, pobreza, negros, atraso econômico, e até mesmo: “descendentes de Caim” (no sentido mais pejorativo possível). A Coleção História Geral da África, composta por 8 volumes, (até o momento) tem como objetivo desmistificar esse tipo de interpretação europeizada que se construiu sobre o continente africano.
    A coletânea é composta por um grupo de estudiosos e pesquisadores de diferentes áreas, sendo boa parte deles africanos, o que possibilitou uma versão até então ignorada: a visão de dentro do continente. Esse trabalho, assim como outros ao decorrer do tempo, descreve uma África repleta de particularidades, que por sua vez eram encaradas como uniformes. Contos, artefatos, manifestações culturais e artísticas que eram desconsiderados como fontes para o estudo da história africana, agora contribuem para resgatar a história desse povo e relembrar o quanto contribuíram para a formação cultural, religiosa e até mesmo econômica de outros continentes em uma escala global.
    Que a África desde o inicio foi vitima de um sistema eurocêntrico e prepotente é fato, contudo, a coletânea, como já foi dito, foca na re-intrepetação e escrita da história africana sem alimentar o papel de “coitada e fragilizada África”. Cada imagem e personagem revelam um caminho de possibilidades que ainda estão por vim. O continente até pouco tempo tido como “sem história”, é a chave para varias lacunas da historiografia.

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