Trata-se de mais um instrumento de divulgação dos debates feitos pelos discentes do curso de História da Universidade do Estado da Bahia - através da ação do Núcleo de Estudos Africanos.
É possível afirmar que existem influências do pan-africanismo nos movimentos sociais negros? Se partirmos do ponto de vista daquilo que defendem os teóricos do pan-africanismo: que é uma África una, homogênea e indistinta, que hoje ainda continua presente nos escritos de vários autores africanistas, que estudam o continente esquecendo-se de suas diversidades e realidades distintas, logo compreendemos que esta é uma questão que caminha lado a lado com parte dos movimentos negros da atualidade. E essa é discursão que se faz necessária principalmente porque os movimentos sociais, culturais e religiosos que se dizem de representação negra, embora usem esses conceitos como formas de autoafirmação de sua identidade fazem isso sem um olhar critico a respeito dessa linearidade histórica que nos é proposta. Nem se quer desenvolvem uma visão critica; algo tão indispensável para que tal autoafirmação possa ser reconstruída a partir de toda sua complexidade existente. Ou seja, em outras palavras, os pan-africanistas inventam uma África para os africanos e propiciam a ideia de que este continente é sinônimo de negro, formado só por um povo, “o povo negro”. E como podemos ver, essa influencia continua mais do que viva. É só atentarmos para a discussão, nesse sentido, e logo vemos o fato de que ainda hoje o continente africano aparece com recorrência, nos textos e discursos de militantes negros brasileiros. Que disseminam à ideia de uma África una, homogênea e desprovida de fronteiras, diversidade de línguas e povos. O pan-africanismo propiciou a existência dessa África indistinta. E hoje podemos ver que, consciente ou inconscientemente os movimentos sociais que se intitulam de “origem negra” estão constantemente defendendo, na visão deles, uma ideologia africana. Isso aparece claro quando conferimos a relação linear que fazem entre África e Brasil, como se tudo o que fosse construído pelos negros constituísse africanidades, ou permanência deste continente no país.
De acordo com os textos e discussões feitas em sala, podemos perceber historicamente, que o pan-africanismo consiste na proclamação da organização, unidade e solidariedade entre negros do mundo todo, tantos os que vivem na África como os de sua Diáspora, na luta contra o racismo e supremacia racial dos brancos, sendo que esses conceitos têm influenciados de forma gritante os movimentos sociais negros da diáspora e claro também os movimentos brasileiros. Diante da grande influencia do pan-africanismo no Brasil, movimento social negro tentou se organizar a partir de clubes, associações e até mesmo jornais, com a intenção de direcionar a população negra quanto a reivindicações para que o negro fosse integrado, de fato a sociedade, compartilhando dos mesmos direitos enquanto cidadãos. Isso fez com que a postura assumida pelos movimentos negros na atualidade trabalha em prol da luta por um país sem racismo, que busca a superação das desigualdades raciais que consolidada Não podemos deixar de falar que o crescimento do movimento negro esteja assentado, fundamentalmente, sobre lutas raciais específicas – ou seja, em equívocos anteriores e bastante caros a ele, graças ao isolamento social provocado – estruturalmente raça e classe no Brasil estão intimamente ligadas. Por isso, um dos objetivos dos movimentos negros atuais é recuperar a história de seu povo, sua identidade, sua cultura, seus heróis, procurando resgatar inclusive sua autoestima, perdida com anos de discriminação.
É possível afirmar que existem influências do pan-africanismo nos movimentos sociais negros? De acordo com os textos debatidos em sala de aula, há uma influência muito grande para dizer que sim, pois "o pan-africanismo inventa uma África, que ainda hoje persiste nas cabeças e mentes de muitos militantes dos movimentos negros brasileiros. Esta questão relaciona-se com a ideia da rejeição tácita ou implícita da nacionalidade brasileira, ou com a ideia de que as origens da cultura negra estão no continente africano. E que influencia diretamente um grande número de intelectuais brasileiros, que ao escreverem sobre a cultura negra, ou mesmo sobre a África, estabelecessem uma relação linear entre cultura, prática, invenção e natureza". A África é o que permite estabelecer os liames entre a cultura feita por negros na Bahia e em Pernambuco. Tornando-se bem definida a ideia de que existem relações entre África e Brasil, sobretudo no que tange a afinidade entre práticas e costumes culturais. Não importa de qual lugar vieram os negros. O pan-africanismo constituiu um importante movimento político em que negros e negras da diáspora trocassem informações e experiências diversas com diferentes homens e mulheres do continente africano. Essa discussão vai perdurar por muito tempo, pois, o pan-africanismo é um complexo movimento de ideias, teorias, arranjos e visões do mundo surgido na primeira metade do século XIX, a partir dos contatos entre negros da Grã-Bretanha, Antilhas, EUA e lideranças do continente africano. Portanto o pan-africanismo pode ser apresentado como questão para entender parte dos movimentos negros da atualidade, além de ser fundamental para perceber sua persistência em diversas obras recentemente publicadas, que ainda apresentam o continente africano como uma realidade una, homogênea e dotada de um único ponto de vista, religião, costume e práticas.
Sim, concluo que é possível existir a influencia das idéias pan-africanistas nos movimentos sócias negros. No artigo, “Todos os negros são Africanos? O pan-africanismo e suas ressonâncias no Brasil Contemporâneo”, o professor Ivaldo Marciano, traz algumas entrevistas que deixa em evidencia, a relação existente a relação das idéias do pan-africanismo com os movimentos sociais negros, por eles acreditarem que suas origens estão na África, assim,os negros brasileiros recriam a cultura dos seus ascendentes ,os africanos. Um exemplo que o artigo aborda que justifica esta a relação entre ambos, é quando Inadete diz que se sentiu em casa ao pisar em solo africano, um outro, é quando um rapaz de nome “Junior Afro” afirma não ter fronteira entre a musica feita pelos baianos e a musica dos negros pernambucanos.Sendo percebível a idéia de “único povo negro” ,única cultura. Por tanto sendo notório que concepções do pan-africanismo estão presente nas práticas e nos discursos de participantes de movimentos sociais negros, contribuindo para a construção de uma história homogênea e linear entre os negros e negras da áfrica com os negros e negras do Brasil. Larissa Mota,Laboratório VI.
Segundo os textos discutidos em sala de aula, percebe-se nitidamente a influência do pan-africanismo que ainda persistem nos discursos de militantes negros brasileiros. Esta questão tem um agravante, pois existe um imaginário de que todos os negros brasileiros são descendentes dos africanos, e os mesmos consolidam essa ideia como verdadeira, que consequentemente acontece uma rejeição implícita da nacionalidade brasileira. E que posteriormente leva muitos estudiosos a reproduzirem essas ideias gerando dificuldades no entendimento do ensino da história da África existentes no Brasil. Para exemplificar de modo claro que existem influências do pan-africanismo nos movimentos sociais negros, Lima realizou uma entrevista com Júnior Afro (um militante negro pernambucano), no qual o entrevistado afirma que não existem fronteiras entre os estados brasileiros, mostrando a música negra sendo realizada entre Bahia e Pernambuco, dizendo que nenhum estado é dono das músicas negras e sim o verdadeiro dono é o continente africano, visto que a África é dos negros. Por essas razões, Lima constata a influencia pan-africanista destacando a África homogênea, onde conclui que através do pertencimento a raça negra é valida fazer uma manifestação cultural negra em qualquer lugar do Brasil, já que todos os negros brasileiros têm heranças dos negros africanos. Ocorre aqui, nesse sentido, uma autoafirmação erronia no que concerne a identidade dos negros brasileiros e negras brasileiras, e cabe contextualizar e historicizar essas ressonâncias na atualidade.
Tainá Morais, IV semestre de História de Conceição do Coité.
De acordo com as discussões realizadas em sala de aula, podemos afirmar sim, que existem influências do Pan-africanismo nos movimentos negros, uma vez que Pan-africanismo, tinha como ideologia defender a união dos povos de todo o continente africano na luta contra o preconceito racial e os problemas sociais, sendo os mesmos objetivos dos movimentos negros existentes. Contudo, apesar de todas essas discussões para que se garantisse igualdade de direitos aos negros do Brasil e da África, percebemos que a discriminação racial e o preconceito ainda prevalecem mascarados no nosso cotidiano. Sendo os movimentos negros peças fundamentais na elaboração de políticas públicas igualitárias para o povo negro, tendo como objetivo resgatar a identidade, cultura e religião de um povo que sofreu diversas agressões e que deveriam ser respeitados por suas lutas diárias. Por fim, os movimentos negros trouxeram vários aspectos positivos, gerando várias discussões sobre a cultura negra, religiões de divindades e entidades, possibilitando descobrir mais sobre a história do Brasil e da África, aumentando o interesse das editoras sobre as questões raciais e gerando grandes questionamentos sobre a similaridade em torno dos negros brasileiros e africanos, apesar da homogeneização expressa pela maioria dos militantes negros que não diferenciam nem mesmo as músicas negras existentes no Brasil com as da África. Entretanto, é importante reconhecer as diferenças, mas não significa querer apartar ou separar, pois os negros são povos que ainda sofrem com discriminações diversas, mesmos com movimentos negros atuantes, que buscam ações afirmativas que garantam melhor qualidade de vida aos mesmos.
Luckma Itala Menezes dos Santos, IV semestre de História, Conceição do Coité
Sim, é possível afirmar que existem influências do pan-africanismo nos movimentos sociais negros, que veem a África como a pátria mãe da sua cor e da sua cultura, ignorando os processos ocorridos aqui e seus desdobramentos. Criando-se a ideia una e linear de " povo negro", na qual quem se enquadrar nesse critério pode ser considerado descendente direto dos africanos, numa pesquisa e discussão feitas de forma equivocada e com pobreza de conceito. De modo que Ivaldo Marciano traz entrevistas de líderes de movimentos negros que afirmam que a África é o denominador comum da cultura "afro-brasileira", que é estudada de forma simplista e com notáveis lacunas conceituais. Portanto, o movimento pan-africanista influenciou sobremaneira estes grupos sociais que carregam um discurso defendido pelos pan-africanistas , conscientes ou inconscientes.
José Dantas Júnior, discente de História do campus XIV.
Pelo que podemos discutir em sala de aula, sim, o pan-africanismo tem influência nos movimentos sociais negros, como podemos ver no artigo: “Todos os negros são africanos? O pan-africanismo e suas ressonâncias no Brasil contemporâneo.”, nos afirma: [..] “o pan-africanismo pode ser apresentado como questão para entender parte dos movimentos negros da atualidade, além de ser fundamental para perceber sua persistência em diversas obras recentemente.”, visto que muitos teóricos ainda acreditam e apresentam o continente africano como uma realidade una, homogênea e dotada de um único ponto de vista, religião, costume e prática. Para tanto, o pan-africanismo recria a cultura negra brasileira aos seus ascendentes, os africanos, aproximando a música baiana com a música dos negros pernambucanos, tendo notoriedade em que as concepções do pan-africanismo estão presentes nas práticas e nos discursos de participantes de movimentos sociais negros, contribuindo para a construção de uma história homogênea e linear entre os negros e negras da áfrica com os negros e negras do Brasil.
Segundo o artigo de nosso professor, o pan-africanismo é um complexo movimento de ideias, teorias, arranjos e visões de mundo surgido na primeira metade do século XIX, a partir dos contatos de negros da Grã-Bretanha, Antilhas, EUA e lideranças do continente africano. Bem, a ideia que se tinha para a África baseada nas concepções pan-africanistas não teve sucesso por diversas questões, aliado aos teóricos pan-africanistas que durante muito tempo escreveram de forma equivocada sobre o referido continente. Trabalhavam em seus textos com uma África una, homogênea, indistinta sempre presente de maneira singular nos escritos, diante dessas posições que a África é colocada, surgiu a necessidade de se olhar para África como coitadinha digna de pena, de compaixão, do resto da sociedade. Os negros e negras que aqui estão, segundo inúmeros autores, são descendentes dos africanos, visto da ótica desses autores, estes negros e negras de nosso país carecem de pena, de compaixão, etc. Diante dessa visão, podemos afirmar que os movimentos negros sofreram e sofrem influências do pan-africanismo em busca de amparar estes homens e mulheres de pele negra, que vêm na África suas histórias antepassadas. O que se percebe é um modo claro de relação criado ao longo dessas histórias, entre os movimentos negros e o continente africano, buscando propagar formas culturais, religiosas, traços físicos o movimento negro tenta consolidar essa ligação, porém, de forma equivocada. O que está claro é a presença constante de influências pan-africanistas nas questões direcionadas ao continente africano e os negros do Brasil de forma geral, visto que recentes trabalhos vêm aprofundando cada vez mais a verdadeira história social e cultural dos negros que aqui nasceram.
Sim. É visível. A partir das discussões em sala de aula podemos ver claramente que os discursos dos grupos de movimento sociais negros são influenciados pelo pan-africanismo(analise feita através de entrevistas exposta em sala de aula) em acreditarem que sua origem é africana. recriando assim culturas e costumes de seus "ancestrais" africanos. sendo notório que as praticas e discursos desses movimentos sofrem grande influencias pan-africanistas são refletidas nas praticas dos discursos lineares e homogêneos.
Pelo o que discutimos e debatemos em sala de aula SIM! O pan-africanismo inventou uma África, que ainda hoje persiste nas cabeças e mentes de muitos militantes dos movimentos negros brasileiros. Nesse sentido, o fato de que ainda hoje o continente africano aparece, com recorrência, nos textos e discursos de militantes negros brasileiros, aludindo á ideia de uma África una, homogênea e desprovida de fronteiras, diversidade de línguas e povos. O pan-africanismo propiciou a existência dessa África indistinta.
É possível afirmar que existem influências do pan-africanismo nos movimentos sociais negros?
ResponderExcluirSe partirmos do ponto de vista daquilo que defendem os teóricos do pan-africanismo: que é uma África una, homogênea e indistinta, que hoje ainda continua presente nos escritos de vários autores africanistas, que estudam o continente esquecendo-se de suas diversidades e realidades distintas, logo compreendemos que esta é uma questão que caminha lado a lado com parte dos movimentos negros da atualidade. E essa é discursão que se faz necessária principalmente porque os movimentos sociais, culturais e religiosos que se dizem de representação negra, embora usem esses conceitos como formas de autoafirmação de sua identidade fazem isso sem um olhar critico a respeito dessa linearidade histórica que nos é proposta. Nem se quer desenvolvem uma visão critica; algo tão indispensável para que tal autoafirmação possa ser reconstruída a partir de toda sua complexidade existente.
Ou seja, em outras palavras, os pan-africanistas inventam uma África para os africanos e propiciam a ideia de que este continente é sinônimo de negro, formado só por um povo, “o povo negro”. E como podemos ver, essa influencia continua mais do que viva. É só atentarmos para a discussão, nesse sentido, e logo vemos o fato de que ainda hoje o continente africano aparece com recorrência, nos textos e discursos de militantes negros brasileiros. Que disseminam à ideia de uma África una, homogênea e desprovida de fronteiras, diversidade de línguas e povos. O pan-africanismo propiciou a existência dessa África indistinta. E hoje podemos ver que, consciente ou inconscientemente os movimentos sociais que se intitulam de “origem negra” estão constantemente defendendo, na visão deles, uma ideologia africana.
Isso aparece claro quando conferimos a relação linear que fazem entre África e Brasil, como se tudo o que fosse construído pelos negros constituísse africanidades, ou permanência deste continente no país.
ALUNO: Justino Nunes (Justo).
De acordo com os textos e discussões feitas em sala, podemos perceber historicamente, que o pan-africanismo consiste na proclamação da organização, unidade e solidariedade entre negros do mundo todo, tantos os que vivem na África como os de sua Diáspora, na luta contra o racismo e supremacia racial dos brancos, sendo que esses conceitos têm influenciados de forma gritante os movimentos sociais negros da diáspora e claro também os movimentos brasileiros.
ResponderExcluirDiante da grande influencia do pan-africanismo no Brasil, movimento social negro tentou se organizar a partir de clubes, associações e até mesmo jornais, com a intenção de direcionar a população negra quanto a reivindicações para que o negro fosse integrado, de fato a sociedade, compartilhando dos mesmos direitos enquanto cidadãos. Isso fez com que a postura assumida pelos movimentos negros na atualidade trabalha em prol da luta por um país sem racismo, que busca a superação das desigualdades raciais que consolidada
Não podemos deixar de falar que o crescimento do movimento negro esteja assentado, fundamentalmente, sobre lutas raciais específicas – ou seja, em equívocos anteriores e bastante caros a ele, graças ao isolamento social provocado – estruturalmente raça e classe no Brasil estão intimamente ligadas. Por isso, um dos objetivos dos movimentos negros atuais é recuperar a história de seu povo, sua identidade, sua cultura, seus heróis, procurando resgatar inclusive sua autoestima, perdida com anos de discriminação.
É possível afirmar que existem influências do pan-africanismo nos movimentos sociais negros?
ResponderExcluirDe acordo com os textos debatidos em sala de aula, há uma influência muito grande para dizer que sim, pois "o pan-africanismo inventa uma África, que ainda hoje persiste nas cabeças e mentes de muitos militantes dos movimentos negros brasileiros. Esta questão relaciona-se com a ideia da rejeição tácita ou implícita da nacionalidade brasileira, ou com a ideia de que as origens da cultura negra estão no continente africano. E que influencia diretamente um grande número de intelectuais brasileiros, que ao escreverem sobre a cultura negra, ou mesmo sobre a África, estabelecessem uma relação linear entre cultura, prática, invenção e natureza". A África é o que permite estabelecer os liames entre a cultura feita por negros na Bahia e em Pernambuco. Tornando-se bem definida a ideia de que existem relações entre África e Brasil, sobretudo no que tange a afinidade entre práticas e costumes culturais. Não importa de qual lugar vieram os negros.
O pan-africanismo constituiu um importante movimento político em que negros e negras da diáspora trocassem informações e experiências diversas com diferentes homens e mulheres do continente africano.
Essa discussão vai perdurar por muito tempo, pois, o pan-africanismo é um complexo movimento de ideias, teorias, arranjos e visões do mundo surgido na primeira metade do século XIX, a partir dos contatos entre negros da Grã-Bretanha, Antilhas, EUA e lideranças do continente africano. Portanto o pan-africanismo pode ser apresentado como questão para entender parte dos movimentos negros da atualidade, além de ser fundamental para perceber sua persistência em diversas obras recentemente publicadas, que ainda apresentam o continente africano como uma realidade una, homogênea e dotada de um único ponto de vista, religião, costume e práticas.
Waldeney de Oliveira Brito
Sim, concluo que é possível existir a influencia das idéias pan-africanistas nos movimentos sócias negros. No artigo, “Todos os negros são Africanos? O pan-africanismo e suas ressonâncias no Brasil Contemporâneo”, o professor Ivaldo Marciano, traz algumas entrevistas que deixa em evidencia, a relação existente a relação das idéias do pan-africanismo com os movimentos sociais negros, por eles acreditarem que suas origens estão na África, assim,os negros brasileiros recriam a cultura dos seus ascendentes ,os africanos.
ResponderExcluirUm exemplo que o artigo aborda que justifica esta a relação entre ambos, é quando Inadete diz que se sentiu em casa ao pisar em solo africano, um outro, é quando um rapaz de nome “Junior Afro” afirma não ter fronteira entre a musica feita pelos baianos e a musica dos negros pernambucanos.Sendo percebível a idéia de “único povo negro” ,única cultura.
Por tanto sendo notório que concepções do pan-africanismo estão presente nas práticas e nos discursos de participantes de movimentos sociais negros, contribuindo para a construção de uma história homogênea e linear entre os negros e negras da áfrica com os negros e negras do Brasil.
Larissa Mota,Laboratório VI.
Segundo os textos discutidos em sala de aula, percebe-se nitidamente a influência do pan-africanismo que ainda persistem nos discursos de militantes negros brasileiros.
ResponderExcluirEsta questão tem um agravante, pois existe um imaginário de que todos os negros brasileiros são descendentes dos africanos, e os mesmos consolidam essa ideia como verdadeira, que consequentemente acontece uma rejeição implícita da nacionalidade brasileira. E que posteriormente leva muitos estudiosos a reproduzirem essas ideias gerando dificuldades no entendimento do ensino da história da África existentes no Brasil.
Para exemplificar de modo claro que existem influências do pan-africanismo nos movimentos sociais negros, Lima realizou uma entrevista com Júnior Afro (um militante negro pernambucano), no qual o entrevistado afirma que não existem fronteiras entre os estados brasileiros, mostrando a música negra sendo realizada entre Bahia e Pernambuco, dizendo que nenhum estado é dono das músicas negras e sim o verdadeiro dono é o continente africano, visto que a África é dos negros.
Por essas razões, Lima constata a influencia pan-africanista destacando a África homogênea, onde conclui que através do pertencimento a raça negra é valida fazer uma manifestação cultural negra em qualquer lugar do Brasil, já que todos os negros brasileiros têm heranças dos negros africanos. Ocorre aqui, nesse sentido, uma autoafirmação erronia no que concerne a identidade dos negros brasileiros e negras brasileiras, e cabe contextualizar e historicizar essas ressonâncias na atualidade.
Tainá Morais, IV semestre de História de Conceição do Coité.
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ResponderExcluirDe acordo com as discussões realizadas em sala de aula, podemos afirmar sim, que existem influências do Pan-africanismo nos movimentos negros, uma vez que Pan-africanismo, tinha como ideologia defender a união dos povos de todo o continente africano na luta contra o preconceito racial e os problemas sociais, sendo os mesmos objetivos dos movimentos negros existentes.
ResponderExcluirContudo, apesar de todas essas discussões para que se garantisse igualdade de direitos aos negros do Brasil e da África, percebemos que a discriminação racial e o preconceito ainda prevalecem mascarados no nosso cotidiano. Sendo os movimentos negros peças fundamentais na elaboração de políticas públicas igualitárias para o povo negro, tendo como objetivo resgatar a identidade, cultura e religião de um povo que sofreu diversas agressões e que deveriam ser respeitados por suas lutas diárias.
Por fim, os movimentos negros trouxeram vários aspectos positivos, gerando várias discussões sobre a cultura negra, religiões de divindades e entidades, possibilitando descobrir mais sobre a história do Brasil e da África, aumentando o interesse das editoras sobre as questões raciais e gerando grandes questionamentos sobre a similaridade em torno dos negros brasileiros e africanos, apesar da homogeneização expressa pela maioria dos militantes negros que não diferenciam nem mesmo as músicas negras existentes no Brasil com as da África. Entretanto, é importante reconhecer as diferenças, mas não significa querer apartar ou separar, pois os negros são povos que ainda sofrem com discriminações diversas, mesmos com movimentos negros atuantes, que buscam ações afirmativas que garantam melhor qualidade de vida aos mesmos.
Luckma Itala Menezes dos Santos, IV semestre de História, Conceição do Coité
Sim, é possível afirmar que existem influências do pan-africanismo nos movimentos sociais negros, que veem a África como a pátria mãe da sua cor e da sua cultura, ignorando os processos ocorridos aqui e seus desdobramentos.
ResponderExcluirCriando-se a ideia una e linear de " povo negro", na qual quem se enquadrar nesse critério pode ser considerado descendente direto dos africanos, numa pesquisa e discussão feitas de forma equivocada e com pobreza de conceito.
De modo que Ivaldo Marciano traz entrevistas de líderes de movimentos negros que afirmam que a África é o denominador comum da cultura "afro-brasileira", que é estudada de forma simplista e com notáveis lacunas conceituais.
Portanto, o movimento pan-africanista influenciou sobremaneira estes grupos sociais que carregam um discurso defendido pelos pan-africanistas , conscientes ou inconscientes.
José Dantas Júnior, discente de História do campus XIV.
Pelo que podemos discutir em sala de aula, sim, o pan-africanismo tem influência nos movimentos sociais negros, como podemos ver no artigo: “Todos os negros são africanos? O pan-africanismo e suas ressonâncias no Brasil contemporâneo.”, nos afirma: [..] “o pan-africanismo pode ser apresentado como questão para entender parte dos movimentos negros da atualidade, além de ser fundamental para perceber sua persistência em diversas obras recentemente.”, visto que muitos teóricos ainda acreditam e apresentam o continente africano como uma realidade una, homogênea e dotada de um único ponto de vista, religião, costume e prática.
ResponderExcluirPara tanto, o pan-africanismo recria a cultura negra brasileira aos seus ascendentes, os africanos, aproximando a música baiana com a música dos negros pernambucanos, tendo notoriedade em que as concepções do pan-africanismo estão presentes nas práticas e nos discursos de participantes de movimentos sociais negros, contribuindo para a construção de uma história homogênea e linear entre os negros e negras da áfrica com os negros e negras do Brasil.
Segundo o artigo de nosso professor, o pan-africanismo é um complexo movimento de ideias, teorias, arranjos e visões de mundo surgido na primeira metade do século XIX, a partir dos contatos de negros da Grã-Bretanha, Antilhas, EUA e lideranças do continente africano. Bem, a ideia que se tinha para a África baseada nas concepções pan-africanistas não teve sucesso por diversas questões, aliado aos teóricos pan-africanistas que durante muito tempo escreveram de forma equivocada sobre o referido continente. Trabalhavam em seus textos com uma África una, homogênea, indistinta sempre presente de maneira singular nos escritos, diante dessas posições que a África é colocada, surgiu a necessidade de se olhar para África como coitadinha digna de pena, de compaixão, do resto da sociedade.
ResponderExcluirOs negros e negras que aqui estão, segundo inúmeros autores, são descendentes dos africanos, visto da ótica desses autores, estes negros e negras de nosso país carecem de pena, de compaixão, etc. Diante dessa visão, podemos afirmar que os movimentos negros sofreram e sofrem influências do pan-africanismo em busca de amparar estes homens e mulheres de pele negra, que vêm na África suas histórias antepassadas. O que se percebe é um modo claro de relação criado ao longo dessas histórias, entre os movimentos negros e o continente africano, buscando propagar formas culturais, religiosas, traços físicos o movimento negro tenta consolidar essa ligação, porém, de forma equivocada. O que está claro é a presença constante de influências pan-africanistas nas questões direcionadas ao continente africano e os negros do Brasil de forma geral, visto que recentes trabalhos vêm aprofundando cada vez mais a verdadeira história social e cultural dos negros que aqui nasceram.
Matheus Silva, IV semestre, campus XIV.
Sim. É visível. A partir das discussões em sala de aula podemos ver claramente que os discursos dos grupos de movimento sociais negros são influenciados pelo pan-africanismo(analise feita através de entrevistas exposta em sala de aula) em acreditarem que sua origem é africana. recriando assim culturas e costumes de seus "ancestrais" africanos.
ResponderExcluirsendo notório que as praticas e discursos desses movimentos sofrem grande influencias pan-africanistas são refletidas nas praticas dos discursos lineares e homogêneos.
Pelo o que discutimos e debatemos em sala de aula SIM!
ResponderExcluirO pan-africanismo inventou uma África, que ainda hoje persiste nas cabeças e mentes de muitos militantes dos movimentos negros brasileiros. Nesse sentido, o fato de que ainda hoje o continente africano aparece, com recorrência, nos textos e discursos de militantes negros brasileiros, aludindo á ideia de uma África una, homogênea e desprovida de fronteiras, diversidade de línguas e povos. O pan-africanismo propiciou a existência dessa África indistinta.
Leonardo dos Santos Sousa