domingo, 14 de agosto de 2016

PARA OS DISCENTES DO QUINTO SEMESTRE, JACOBINA, CAMPUS IV – AULA 04:

A África pode ser definida como uma invenção. Tanto nos aspectos das suas práticas, como nos costumes. Há várias Áfricas, sendo as mais evidentes aquelas que ressoam no senso comum de nossa sociedade, no caso, a África una, homogênea e indistinta. Discorra sobre a invenção da África.

27 comentários:

  1. Em “A invenção da África” o centro da discussão aqui é a visão dos pais do pan-africanismo de que os povos da África devem ser pensados como sendo um único povo a ser concebido como uma unidade política natural. O cerne desse pensamento se encontra na existência da raça do negro. Appiah procura mostrar como o pensamento racialista do século XIX e a experiência da escravidão africana no novo mundo influenciaram Alexander Crummell, um dos pais do pan-africanismo. O racialismo, termo utilizado por Appiah, é uma das três doutrinas consideradas cruciais para se discutir o termo racismo. As outras duas doutrinas são os racismos extrínseco e intrínseco. Segundo o autor, o racialismo é a:
    visão de que existem características hereditárias, possuídas por membros de nossa espécie, que nos permitem dividi-los num pequeno conjunto de raças,de tal modo que todos os membros dessas raças compartilham entre certos traços e tendências que eles não têm em comum com membros de nenhuma outra raça (Appiah, 1997, p.33).

    O racialismo é base das outras duas doutrinas. A principal diferença entre os racismos extrínseco e intrínseco é que o primeiro fundamenta a aversão racial sobre características objetáveis, enquanto o segundo se baseia na afirmação de que certo grupo é objetável.A noção de raça para os pais do pan-africanismo é muito mais sentida do que pensada. O fato é que Crummell não percebeu que a vida dos negros na África colonial não podia ser considerada igual à experiência dos negros afro-americanos. E muito menos percebeu que o sentimento da africanidade teve princípios diferentes a partir da diferença entre a colonização britânica e francesa.
    um povo estão ligadas ao ambiente em que vivem. De outro lado, há a visão teológica dos antigos hebreus. Daí fica também evidente a influência do modelo teológico dos hebreus para Crummell. A língua do colonizador era uma providência divina que ajudaria a unir os povos cuja diversidade linguística era um empecilho para a unidade africana. Muito mais que isso, a língua também era o meio de cristianização e de civilização da África. E a concepção de civilização e de modernidade adotada por Crummell é a mesma dos ingleses e norte-americanos do século XIX.Mas a visão de Crummell sobre os africanos não foi compartilhada pelos africanos coloniais em pelo menos um ponto: eles poderiam ser unidos pela raça, mas determinadas tradições não poderiam ser desprezadas. A psicologia racial crummelliana levou ao pensamento da existência não só deuma forma de pensamento africano, mas também de um conteúdo caracteristicamente africano. E isso levou ao pensamento de que a África era também culturalmente homogênea.

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  2. No texto a invenção da África Appiah mostra como os teóricos da cultura e da sociedade pensaram, e ainda pensam, a África a partir de conceitos, como os de raça, pan-africanismo, nacionalismo e identidade africana.
    Appiah questiona a ideia da existência de “raças humanas” e de como a diversidade cultural africana ficou reduzida e limitada com a experiência da construção de uma identidade africana, identidade esta que em sua visão dependia do olhar do outro, da imposição social, da política pré-estabelecida e dos valores culturais impostos pelos colonizadores. A exemplo disso é quando APPIAH, em sua análise salienta que “existem hoje em dia elites no continente africano que domina muito bem o francês mais do que a língua oficial”. Dentro dessa perspectiva entende-se que a política colonial francesa, em linhas gerais queria transformar os africanos (considerado selvagens) em negros evoluídos, evidenciando assim a submissão da África aos valores culturas e políticos e sociais pré-estabelecido pelos seus colonizadores.
    Crummel citado por Appiah, considerado como um dos pais do nacionalismo africano, parte de uma visão pan-africanista, ou seja, a ideia de uma África homogênea e unitária, baseado na reflexão de união dos africanos em lutas pelos seus direitos civis, e da independência como também no combate a descriminação, para define a África como pátria dos negros e que existiria um destino comum para os povos desse continente, justamente por pertencerem à mesma “raça”.
    De certo o pan-africanismo com seu caráter político e social baseado numa organização homogênea pregou a uniformização do continente africano em uma esfera única e acredito que nisto errou, pois não compreendeu as diversidades ali existente. Talvez pelo fato de ter sido gestado por uma elite intelectual fortemente influenciadas pelos europeus e estadunidenses. Entretanto não podemos esquecer da sua importância para o desenvolvimento da independência e da consciência africana.
    Por fim, a África é um continente com uma população nada homogênea, e sim um continente com uma diversidade e pluralidades de culturas, línguas e origens que possui também suas riquezas naturais e econômicas, ou seja, é um continente com suas complexidades e não só de tristeza e miséria como coloca muitas vezes a imprensa midiática, e também a forma como foi representada por um longo processo do período histórico por ideias eurocêntricas, muitas vezes querendo nos mostrar uma África de forma negativa.


    Att, Ideilton Alves

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  3. Em “ A Invenção da África”, Kwame Anthony Appiah procura discutir o pan-africanismo, movimento que nasceu em resposta as teorias raciais e ao racismo da segunda metade do século XIX, com a idealização de um pensamento de movimento único para os negros, estando fundamentado nos conceitos de raças.
    Appiah, vai citar um grande idealizador que é considerado o pai do pan-africanismo, Alexander Crummell, segundo este, qualquer raça se encontrava unida dentro de um mesmo destino, e a raça negra estaria se unindo dessa maneira ao redor de um lar racial. O discurso de Crummell tornou-se comum para maior parte da humanidade, mesmo que deixasse estarrecida a população “nativa” da Libéria.
    Baseados no ideal teórico de uma África instinta e homogênea, os pensadores pan-americanos influenciados pelos pensamentos ocidentais, vão defender principalmente a ideia de uma África unida por um mesmo idioma (o Inglês), visto que este seria favorável a cristianização dos povos.
    Dessa maneira, a pan-africanismo vai inventar uma África própria para os africanos, contribuindo para a ideia pejorativa de que este continente seria composto por um único povo, os negros. Nos deparamos aqui com uma África dominada pelo preconceito e descriminação sendo fortemente marcada pelo Pan-africanismo e sua visão da existência de uma África incivilizada, bárbara, sem cultura e povos selvagens.
    Nesse contexto, Appiah diz que existe diferenças entre racialismo, racismo extrínseco e racismo intrínseco; O racialismo estaria fundado em “características hereditárias, possuídas por membros de nossa espécie, que nos permitem dividi-los num pequeno conjunto de raças, de tal modo que todos os membros dessas raças compartilham entre si certos traços e tendências que eles não têm em comum com membros de nenhuma outra raça”. Enquanto, apesar das duas formas de racismo serem ideológicas, havia diferenças significativas entre ambos. O “intrínseco declara que certo grupo é objetável, sejam quais forem seus traços”. Enquanto o “extrínseco fundamenta suas aversões em alegações sobre características objetáveis”.
    Por fim, podemos perceber que a teorias do pan-africanismo se encontra fundamentadas em bases racistas, o que contribui para formação de um pensamento errôneo da existência de uma África homogênea, e composta por povos negros, selvagens, incivilizados, sem cultura, e com um passado comum.

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  4. Kwame Anthony Appiah, analisa uma África fundada nos conceitos de raça e na invenção do pan-africanismo, este último criado pelos afro-americanos as quais buscavam criar uma África homogenia e unitária, somente de negros e para os negros.
    Um dos ideais civilizatórios do pan-africanistas era implantar o uso de um único idioma, nesse caso a Língua inglesa, que seria usada como ferramenta para disseminar o cristianismo entre os povos. Nesse discurso, percebe-se que a África se transformaria na “pátria” dos negros, em que estes possuíssem o mesmo destino da mesma forma que pertenciam a mesma raça.
    Dessa forma, o autor mostra as diferenças que existe entre racismo e racialismo - racismo extrínseco e racismo intrínseco, fatores que se encontram presentes tanto nessa invenção de África quanto na sociedade brasileira, que é o preconceito racial. Percebe-se, portanto, que a ideia de civilização do pan-africanismo possuiu em suas bases o preconceito, na qual o continente africano estaria sujeito.

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  5. A construção de uma ideia a respeito da África que tem como objetivo restringir toda a dimensão do continente à uma sociedade una e indivisível, é um dos fatores que contribui para que a África possa ser determinada a partir de uma invenção. Nesse contexto, Kwame Anthony Appiah, em ‘’ A invenção da África’’ traz uma discussão que procura compreender a invenção da África a partir do Pan-africanismo como meio de homogeneização do continente africano apoiado nos conceitos raciais.
    O Pan-Africanismo foi um movimento idealizado por negros norte-americanos como uma forma de reação aos conflitos raciais presentes nos Estados Unidos na segunda metade do século XIX. Tendo como principal mentor Crummell, o projeto do Pan-Africanismo consistia em erradicar o paganismo e acabar com as divisões sociais, políticas e fronteiriças, visava também, adotar um idioma em comum nesse caso: o inglês, e o cristianismo como religião oficial, no sentido de construir uma sociedade única, caracterizada sobretudo, pelo fator racial.
    Este projeto influenciado principalmente devido aos conflitos raciais, propõe uma forma de união entre os negros, no sentido de uma defesa contra o preconceito e a segregação, fatores recorrentes nos Estados Unidos até os dias atuais. Para eles a África é uma espécie de refúgio para onde todos os negros de outras partes do mundo deveriam retornar, o qual oferece segurança e proteção contra o racismo.

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  6. Considero correto afirmar que, quanto à historiografia sobre o continente africano, as estruturas coloniais ainda permanecem vivas pois, como indica Kuame Anthony Appiah, elas estão orientadas por um pensamento racional comum.
    Ao direcionar sua crítica ao pensamento pan-africanista, tomando como exemplo Alexander Crummel que, segundo ele, recebe influência do pensamento racialista do século XIX, Apiiah compreende que essa corrente de pensamento forja a África culturalmente homogênea.
    Nessa direção, mesmo considerando as contribuições das correntes do pan-africanismo educacional de Du Bois; o econômico de Booker T. Washinton; e o religioso de Alexander Crummel como formas de repensar a identidade da África, no sentido de tecer movimentos que denunciasse os preconceitos resultantes da colonização e do tráfico negreiro, Apiiah sugere que tal movimento está alicerssado de forma errônea pois ignora as diferenças do passado pré-colonial e, de certa forma, não permite compreender a evolução histórica dos povos africanos em sua relação com os outros povos. Não "permite evidenciar as contribuições africanas junto a outras civilizações em seu jogo de troca mútuas". ( M.Amadou - Mahtar M'Bow, Diretor Geral da UNESCO (1974-1987). História Geral da África - Vol. VII)
    É fundamental que se discuta os problemas da África sem se apegar aos conceitos estereotipados que acabam vitimizando o continente, dando a entender que existem problemas exclusivamente africanos. Esse é um fenômeno que ao longo dos anos tem causado grandes danos ao estudo objetivo do passado africano.
    Para romper com as estruturas colonias e as construções pan-africanista, que pensa uma África de negros onde todos estariam relacionados a um destino comum, Apiiah propõe soluções que considerem, ou que dê conta, da heterogeneidade do continente africano, que possam - ao contrário de acirrar - superar as diferenças.

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  7. Para os que estão de fora do continente, sim. Pelo fato do Brasil ser um país com heranças genéticas, e cultural do continente africano por ter vindo pessoas de lugares diferentes do continente deveria ter uma ideia enraizada do que era o continente africano, mas o que houve foi a mistura de culturas e costumes em fim a historia contadas pelos vencedores.E como vimos na quarta aula no texto de Appiah Kwame, que no fim do iluminismo surge o conceito de "raça" que categoriza as pessoas pela cor da pele. No seculo XIX surgiu o pan-africanismo que é uma ideologia que propõe unir todos os povos da Africa.o primeiro a usar esse discurso nacionalista é Alexander Crummell ele também uso o conceito de "raça" e assim criou-se um elo entre raça e pan-africanismo acredito que com essa construção ideológica de transformar o povo africano em uma só "raça" acabou categorizando o continente como um lugar homogenio de uma só cor, de fome, doenças e selva isso que é transmitido na mídia, mas não podemos afirmar que somente o pan-africanismo é o causador dos males que ao afirmar o conceito de raça e a tentativa de unificação da Africa nos trouxe, mas homogenizar um continente e categorizar as pessoas é bastante complcado.

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  8. A África conhecida e propagada, nada mais é do que uma construção do imaginário como integrante de uma história da cultura, conforme bem discorreu José de Assunção Barros, em sua obra intitulada “O Campo da História (2004)”, que apresenta a história do imaginário como um “sistema ou universo complexo e interativo que abrange a produção e circulação de imagens visuais, mentais e verbais, incorporando sistemas simbólicos diversificados e atuando da construção de representações diversas.”
    Tal imaginário foi originado através da construção da ideia de uma África para os africanos idealizada pelos pan-africanistas. Uma África para o povo negro, cristão e que tivesse um único idioma, o inglês, numa perspectiva homogeneizante.
    O pan-africanismo foi trazido para a África através dos negros que estudaram nos Estados Unidos que, ao retornaram para a África, lutaram pela independência de seus países e pela construção de uma nação povoada por todos os negros, entendendo ser a África terra ancestral dos negros, para onde todos deveriam regressar.

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  10. A “invenção da África” passou por diferentes mudanças para se tornar o que representa hoje, mas sabemos que muitas barreiras e preconceitos ainda precisam ser revistos, muitas ideias modificadas e muitos conceitos consagrados precisam ser analisados de forma neutralizadoras para que o Continente possa realmente ir além das primeiras invenções e se solidificar como o continente rico e diverso que é.
    A princípio a África era vista como um lugar selvagem, sem cultura, gente e sem atrativo algum, com religião pagã, um lugar bem selvagem, aquela África sempre valorizada nos desenhos, revistas e filmes de produção americana, principalmente a partir dos desenhos animados como Tarzan o rei da selva e fantasma. A reinvenção da África mais tarde resultado das ideias pan-africanistas traz uma nova visão, uma África não mais selvagem, agora una, homogênea e indistinta, uma África para os africanos, onde a questão da raça era o principio norteador, esta como a pátria dos negros, onde todos deveriam se unir em torno da raça professar a mesma fé e falar a mesma Língua.
    Apesar de essas ideias de África terem sofrido modificações até hoje estão presente no imaginário de muitos, representações sem sentido, mas que ainda perpassam a mente de quem as acompanhou. O pan-africanismo sofreu inúmeras modificações em seu corpo, mas muito ainda influência a história da África atual, a questão da raça ainda se encontra presente em seu significado. Não podemos deixar de ver e entender que apesar da solidariedade racial pregada pelo pan-africanismo a África é muito mais que isso, não se pode singularizar em torno da questão da raça toda a cultura existente no continente.

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  14. É a partir do pensamento pan-africanista que se constrói uma África imaginária, baseada no conceito racial pelos afro-americanos. A invenção do pan-africanismo como um dos principais idealizadores para a invenção do continente africano demonstra os perigos e as limitações impostas à diversidade no continente na sociedade. Esse pensamento afro-americano, baseado em uma ideia eurocêntrica, afirmava que a África era um local dominado pela barbárie e por essa razão deveria ser domado para depois ser unificado em torno da raça negra, que sempre foi o principio organizador e geral do pan-africanismo. Um outro plano seria a união de um idioma ocidental, assim, a língua do colonizador seria a centralizadora das diferentes etnias. Segundo Appiah, após a Segunda Guerra Mundial o movimento tomou novos rumos, passou a ser baseado no aproveitamento das tradições africanas. Então, podemos concluir que o Pan africanismo compreende a África como “algo” homogêneo, ignorando as diferenças e experiências coloniais sofridas. Acredito que o movimento tenha sido criado como repostas ao racismo sofrido pelos afro-americano, mas acabaram por reforçar o conceito racial e não identitário ou cultural.

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  16. As representações do continente africano que esta construída na cabeça das pessoas é muitas vezes aquela construção equivocada, que é reforçada pela mídia, uma África primitiva, selvagem, homogênea, negra, com religião pagã, onde não existe civilização.
    No texto de Kwame Anthony Appiah, “A invenção da África” vem mostrar a criação do pan-africanismo que surgiu na segunda metade do século XIX por idealizadores negros norte-americanos para enfrentar o racismo, tendo um pensamento baseado no conceito de raça.
    Alexander Crummel foi considerado para Appiah o pai do pan-africanismo. Crummell e os pensadores afro-americanos tinham um pensamento eurocêntrico, por isso afirmavam que a África precisaria ser domada do paganismo e do barbarismo para depois ser unida em torno da raça negra, e para tal feito visavam também adotar um idioma em comum, que era o inglês para facilitar a implantação do cristianismo, fazendo com que fosse a religião oficial.
    O pan-africanismo surgiu para buscar uma África culturalmente homogênea e indistinta, uma África de negros para os negros, onde todos deveriam se unir, falar a mesma língua e pertencer a uma única religião.
    Com isso é possível perceber que o pan-africanismo possui uma base equivocada, preconceituosa de que os africanos possuem um passado comum se baseando no racismo, mas o continente africano é muito mais que isso é um povo heterogêneo, com uma grande riqueza cultural, por esse motivo não podemos homogeneizar toda uma cultura existente em um continente por causa de uma questão racial.

    Att: Joanaline Freire dos Santos Alves

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  17. As representações do continente africano que esta construída na cabeça das pessoas é muitas vezes aquela construção equivocada, que é reforçada pela mídia, uma África primitiva, selvagem, homogênea, negra, com religião pagã, onde não existe civilização.
    No texto de Kwame Anthony Appiah, “A invenção da África” vem mostrar a criação do pan-africanismo que surgiu na segunda metade do século XIX por idealizadores negros norte-americanos para enfrentar o racismo, tendo um pensamento baseado no conceito de raça.
    Alexander Crummel foi considerado para Appiah o pai do pan-africanismo. Crummell e os pensadores afro-americanos tinham um pensamento eurocêntrico, por isso afirmavam que a África precisaria ser domada do paganismo e do barbarismo para depois ser unida em torno da raça negra, e para tal feito visavam também adotar um idioma em comum, que era o inglês para facilitar a implantação do cristianismo, fazendo com que fosse a religião oficial.
    O pan-africanismo surgiu para buscar uma África culturalmente homogênea e indistinta, uma África de negros para os negros, onde todos deveriam se unir, falar a mesma língua e pertencer a uma única religião.
    Com isso é possível perceber que o pan-africanismo possui uma base equivocada, preconceituosa de que os africanos possuem um passado comum se baseando no racismo, mas o continente africano é muito mais que isso é um povo heterogêneo, com uma grande riqueza cultural, por esse motivo não podemos homogeneizar toda uma cultura existente em um continente por causa de uma questão racial.

    Att: Joanaline Freire dos Santos Alves

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  18. Que significado tem hoje África e o que significa ser africano? O que pode ser considerado filosofia africana e o que não pode. A filosofia é parte do "Africanismo"? Estas são algumas das questões fundamentais tratadas neste livro. V. Y. Mudimbe,argumenta que vários discursos estabelecem por si próprios os universos do conhecimento no seio dos quais as pessoas concebem a sua identidade. Os antropólogos e os missionários ocidentais introduziram distorções cuja influência se fez sentir não apenas nos estrangeiros, mas também nos africanos, à medida que procuraram compreender-se a si próprios.Para compreendermos a cultura material das sociedades africanas, a primeira questão que se impõe é a imagem que até hoje perdura da África, como se até sua "descoberta", fosse esse continente perdido na obscuridade dos primórdios da civilização, em plena barbárie, numa luta entre Homem e Natureza.

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  19. Que significado tem hoje África e o que significa ser africano? O que pode ser considerado filosofia africana e o que não pode. A filosofia é parte do "Africanismo"? Estas são algumas das questões fundamentais tratadas neste livro. V. Y. Mudimbe,argumenta que vários discursos estabelecem por si próprios os universos do conhecimento no seio dos quais as pessoas concebem a sua identidade. Os antropólogos e os missionários ocidentais introduziram distorções cuja influência se fez sentir não apenas nos estrangeiros, mas também nos africanos, à medida que procuraram compreender-se a si próprios.Para compreendermos a cultura material das sociedades africanas, a primeira questão que se impõe é a imagem que até hoje perdura da África, como se até sua "descoberta", fosse esse continente perdido na obscuridade dos primórdios da civilização, em plena barbárie, numa luta entre Homem e Natureza.

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  20. Que significado tem hoje África e o que significa ser africano? O que pode ser considerado filosofia africana e o que não pode. A filosofia é parte do "Africanismo"? Estas são algumas das questões fundamentais tratadas neste livro. V. Y. Mudimbe,argumenta que vários discursos estabelecem por si próprios os universos do conhecimento no seio dos quais as pessoas concebem a sua identidade. Os antropólogos e os missionários ocidentais introduziram distorções cuja influência se fez sentir não apenas nos estrangeiros, mas também nos africanos, à medida que procuraram compreender-se a si próprios.Para compreendermos a cultura material das sociedades africanas, a primeira questão que se impõe é a imagem que até hoje perdura da África, como se até sua "descoberta", fosse esse continente perdido na obscuridade dos primórdios da civilização, em plena barbárie, numa luta entre Homem e Natureza.

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  21. A visão tida pela maioria das pessoas referente ao continente africano é errônea, temos a imagem de que o continente é selvagem, sem história, primitivo, negro e pobre. No texto de Kwame A. Appiah, “A invenção da África”, vêm trazer a ideia do pan-africanismo, ideia esta que surge da necessidade de buscar uma África homogênea, sem fronteiras que as separasse e com nenhuma diferença de linguagem e religião.
    Alexandre Crummel, acreditava que o inglês era uma língua superior e deveria ser usada por todos os africanos, o pan-africanismo visava construir um país para o “povo negro”, que falasse inglês e professasse o cristianismo, para isso era necessário acabar com as fronteiras existentes no continente, abrindo também mão do legado cultural (língua, religião, hábitos, práticas, costumes e mitos) e ver-se como africano.
    Neste sentido, o pan-africanismo, nada mais é que um detentor de conhecimento falava em nome do continente simplesmente por ser negro, entretanto, é de conhecimento que o continente não possuí somente pessoas da pele escura, o que vale questionar o restante da população se sentia representada? Como um discurso que se torna comum para a maior parte da humanidade parte da raça de quem fala? A explicação para tal é, se ele é negro, ele pode falar em nome da África.
    Em suma, podemos perceber que a ideia pan-africanista possui base imprecisa, pois soma as “Ns” ideais já possuídos da África por outros canais, midiáticos ou didáticos, é necessário desmitificar o mito do continente uno e partir para o que de fato é África, plural e heterogêneo.

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  22. A idéia que se constitui das representações do continente africano na maioria das vezes é uma idéia, ou seja, um imaginário errado e que, no entanto vem se formando na cabeça das pessoas a partir das inúmeras informações equivocadas que vem sendo transmitidas principalmente pela mídia e também pela falta de conhecimento, ou seja, de informações dos mesmos. Pois a maioria de nos consideramos o continente africano apenas como um continente pobre, violento, composto somente por negros e, no entanto passamos então a enxergar no mesmo tragédias e misérias.
    E que a partir do século XIX, veio surgir o pan-africanismo que vem ser uma ideologia que vem unir todos os povos da África, mas quem veio primeiro a utilizar esse discurso nacionalista foi Alexander Crummel. E que através da reinvenção da África e mais tarde resultado das idéias pan-africanistas onde vem trazer uma nova visão ou seja uma África não mais com olhares e idéias equivocadas voltada principalmente para o selvagerismo, e que a partir do pan-africanismo novas visões foram criadas, onde também o mesmo vai inventar uma África própria para os africanos, onde este continente seria composto por um único povo, sendo eles o negro. E que no entanto, a África é um continente nada homogênea e sim um continente de diversas culturas, belezas e riquezas naturais e muito mais.

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  23. Kwane Anthony Appiah, em "A invenção da África" faz uma apresentação na intenção de se compreender a invenção da África utilizando o pan-africanismo como aspecto preponderante na homogeneização do continente. O pan-africanismo acabou pôr criar uma África exclusiva para e dos próprios africanos,favorecendo o ideal de que a África era constituída pôr um unico povo,os negros. Esta ideia difundida pelo pan-africanismo mostra o quanto este continente sempre esteve marcado pelo preconceito, discriminação,enfim a visão de uma África desprovida de Cultura e civilização,composta por bárbaros selvagens. Esta teoria com bases racistas propagadas pelo pan-africanismo,foi sem dúvidas um dos principais responsáveis por alicessar o pensamento de uma África ímpar, de um passado morto,não pluralizada, mas refém de sua própria história.

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  24. Kwane Anthony Appiah, em "A invenção da África" faz uma apresentação na intenção de se compreender a invenção da África utilizando o pan-africanismo como aspecto preponderante na homogeneização do continente. O pan-africanismo acabou pôr criar uma África exclusiva para e dos próprios africanos,favorecendo o ideal de que a África era constituída pôr um unico povo,os negros. Esta ideia difundida pelo pan-africanismo mostra o quanto este continente sempre esteve marcado pelo preconceito, discriminação,enfim a visão de uma África desprovida de Cultura e civilização,composta por bárbaros selvagens. Esta teoria com bases racistas propagadas pelo pan-africanismo,foi sem dúvidas um dos principais responsáveis por alicessar o pensamento de uma África ímpar, de um passado morto,não pluralizada, mas refém de sua própria história.

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  25. Em a invenção da África, Kuane Anthony Appiah acaba por apresentar seu estudo na busca de expor a compreensão sobre o que seria a invenção deste continente chamado África e para isto o mesmo usa do pan-africanismo como fator principal na homogeneização do mesmo.
    O pan-africanismo foi responsável pôr criar a ideia de que a África era singular, constituída pôr um único povo e que todos eram negros. Tal ideia quando propagada mostra qual tamanha é a visão preconceituosa e racista para com a África, a ideia de pessoas pobres selvagens, bárbaros, incivilizados continua a ser disseminada até os dias atuais e esses pensamentos e ideologias que são alimentadas pelo pan-africanismo foi com certeza um dos pontos preponderantes para o crescimento dessa visão distorcida e equivocada que em sua essência são irreais, pois o continente africano é um local extenso, diversificado, com pontos positivos e negativos, com uma heterogeneidade incontestável e que merece mais atenção ao ser estudado.

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  26. O pan-africanismo é considerado por Kuane Anthony Appiah um dos movimentos responsavel para a ideia de uma África una, homogênea e indistinta, isso porque, o pan-africanismo tendo como idealizador Alexander Crummell, foi responsável pela inserção de ideias vindas do continente europeu em que propagava a África como um único "país", tendo como base o preconceito racial e etc. Nesse contexto pretendia-se inserir a língua inglesa no continente africano afim de torna-la um "lugar dos negros e para os negros", facilitando também a propagação do cristianismo e que fortaleceria o pensamento de uma África incivilizada, bárbara, sem cultura e cheia de povos selvagens.

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  27. A ideia de África singular, una, constituída exclusivamente para os próprios africanos, foi o pensamento principal do pan-africanismo, pensamento baseado no conceito de raças, que mais uma vez evidencia mais uma vez a grande carga de pré-conceitos que a África carrega. A busca por um país homogêneo, onde todos os indivíduos tenham uma mesma linguagem, mesma religião, e cultura; o movimento pan-africanismo limita. E mesmo que o movimento tenha sido criado com “boas” intenções, a saber, por exemplo: não mostrar mais a África como um local selvagem, como tanto foi/é definido pelas industrias de cinema e quadrinhos(“Tarzan” é um bom exemplo), as amarras vindas com o movimento prejudicam mais que ajudam.

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