domingo, 31 de julho de 2016

PARA OS DISCENTES DO QUINTO SEMESTRE, JACOBINA, CAMPUS IV - AULA 03:

Os Estudos Africanos se constituíram ao longo da segunda metade do século XX tendo como base o escopo da interdisciplinaridade. Tal aspecto se reflete também na forma como se constituiu a História da África, notadamente nos trabalhos dos historiadores da primeira geração, no caso, Ki-Zerbo, Barry, Cheik Anta Diop, Obenga, dentre outros. Estabelecer reflexões sobre esta interdisciplinaridade e os avanços da História a partir das contribuições advindas das reflexões produzidas pelos historiadores africanos.

19 comentários:

  1. A História do continente Africano sempre fora submersa nos estereótipos designados de acordo com o modelo eurocêntrico, tendo como base a experiência da colonização europeia em vários países do continente.
    Porém, a partir da segunda metade do século XX, mais precisamente a partir da década de 60, historiadores africanos apoiados nas transformações que vinham acontecendo em decorrência dos processos de independência, começaram a trazer para o âmbito da Historiografia, pesquisas de grande importância. Fundamentados na interdisciplinaridade, para analisar fatores econômicos, sociais, e políticos, elementos vigentes que contribuíam em suma para a construção de uma História que pudesse representar os países africanos dentro de uma perspectiva que busca desmistificar aquilo que outrora fora posto. Como por exemplo: os conceitos de grupos étnicos, tribos, e homogeneidade, que sempre resultaram na concepção de submissão do continente Africano ao resto do mundo.
    A História do continente africano, do ponto de vista desses historiadores possibilita analisar o continente dentro do conceito de uma pluralidade, questões que são de extrema importância para a historiografia, pois permite uma visão muito mais ampla, uma consciência crítica, no sentido de elevar os africanos a condição de indivíduos ativos que possuem autonomia na elaboração de sua própria História com base, em valores, características e particularidades de cada país do continente africano.

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  2. Com base nas leituras feitas até o momento na disciplina de África pré colonial, percebe-se que, na segunda metade do século XX alguns historiadores surgiram, trazendo consigo estudos sobre o continente africano e fazendo reflexões bastante relevantes sobre o mesmo. Dito isso, é importante relatar aqui um dos autores que nos chama a atenção, o autor Ki-Zerbo, pois o mesmo descreve em seus estudos o que ele nomeia de “ barragem de mitos”, dizendo assim, ser necessário criar uma “ barragem” dentro da África para conter todas as ideologias e ideias criada sobre a África, principalmente pelos europeus, fazendo com que através dessa “barragem” surgissem novas ideias sobre o referido continente, sendo essas ideias e conceitos não mais de fora para dentro e sim de dentro para fora, fazendo com que as culturas, costumes, povos e etc. existentes no continente passassem a ser descritos por pessoas que realmente conheçam o continente africano.
    Dito isso, conclui-se que, os estudos contemporâneos sobre o continente Áfricano são de suma importância para entendermos e analisarmos o quão importante e complexo é o continente, pois até os dias atuais a África ainda sofre com preconceitos elaborados pela mídia e filmes hollywoodiano.

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  3. Do ponto de vista dos historiadores africanos da primeira geração, a vasta quantidade de pesquisas e obras referentes ao continente africano, não contempla sua verdadeira história. Para J.Ki-Zerbo, por exemplo,o conhecimento de África nessa historiografia, é composto de teorias que carregam o peso da ideologia colonial, perpetuando os termos qualificativos e pejorativos. Na perspectiva desta historiografia, a África parece ser um apêndice da história humana.
    Dessa forma, os estudos que contemplam o método baseado na interdisciplinaridade possibilitaram a reavaliação dessa historiografia africana, ao tempo que o uso de fontes orais, antropológicas, arqueológicas,além das escritas foram introduzidas como novas técnicas de pesquisa. logicamente que não podemos ter a ilusão de que os termos pejorativos e qualificativos sejam totalmente eliminados, já que estes constituíram raízes profundas nas ideologias dominantes,no meio acadêmico e,consequentemente,no imaginário popular.
    Cabe a nós,recentes historiadores e historiadoras, compreender estas transformações e pautar novos estudos que levem em consideração o que já nos alerta J.Ki-Zerbo : "outra exigência imperativa é de que a história (e a cultura) da África devem pelo menos ser vista de dentro,não sendo medidas por regras de valores estranhos...Mas essas conexões têm que ser analisadas nos termos de trocas mútuas,e influências multilaterais em que algo seja ouvido da contribuição africana para o desenvolvimento da espécie humana."
    (J. Ki-Zerbo,História Geral da África, vol. I, p. LII.)

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  4. Alguns mitos que perduram no senso comum sobre o continente africano como algo homogêneo ou um lugar inóspito é fruto de uma remota construção historiográfica e que possuía interesses, um dos mitos mais radicais e que gera certa revolta na população africana é afirmar em dizer que a história da África negra não existe. (Ki - Zerbo, 1999, p. 10). Durante muito tempo perdurou a fantasia de que não havia obras que abordassem a história da África, e um dos argumentos é que não haveria fontes históricas para serem pesquisadas. Até os anos cinquenta a história da África foi negligenciada pelo mundo ocidental principalmente pelos europeus. Hegel em seu Curso sobre a Filosofia da História declarava: A África não é uma parte da histórica do mundo. Não tem movimentos, progressos a mostrar, movimentos históricos próprios dela. Para desconstruir tais mitos e dar um novo sentido a vida dos africanos e constituir uma nova História da África, eis os historiadores da primeira geração da segunda metade do século XX, que por meio da reunião de elementos dispersos de uma história coletiva procura por uma nova identidade. Quanto a construção dos Negros para a história universal, basta-nos citar as invenções técnicas africanas do Paleolítico, a importância do ouro e dos negociantes do Sudão no comércio euroasiático da Idade Média, a participação do capital-trabalho negro no desenvolvimento da revolução industrial (Ki – Zerbo, 1999, p. 13-14). Ao buscar essa dita nova História da África, percebe-se que não se busca nenhum complexo, nem de superioridade, nem de inferioridade, e nem ao menos de reparação, mas por um complexo de igualdade.
    Pensando no contexto da interdisciplinaridade que tem por objetivo permitir a construção de um conhecimento globalizante, rompendo com as fronteiras das disciplinas. A interdisciplinaridade é um movimento que tem ganhado espaço no cenário intelectual a partir da década de 1960. A postura interdisciplinar é uma atitude de busca, envolvimento, compromisso, reciprocidade diante do conhecimento. O objetivo principal do estudo da história não é fazer reviver o passado, mas, sim, procurar compreendê-lo. Em História, não existe um saber acabado. Não existe a palavra final sobre qualquer tema. Novos documentos, novas abordagens e novas interpretações possibilitam uma visão plural do conhecimento histórico. Os objetos do conhecimento histórico são o homem e as sociedades humanas no tempo.

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  5. A história da África sempre foi vista como algo homogêneo e marcada por estereótipos preconceituosos, essa história foi construída desde o período colonial e perdurou até a primeira década do século XX.
    Mas ao logo da segunda metade do século XX passa a ser vista de uma maneira diferente, isso graças a grandes historiadores africanos da primeira geração. Esses estudiosos tiveram como base a interdisciplinaridade, pois para eles era fundamental a colaboração de outras disciplinas, como a antropologia, linguística, arqueologia, entre outras.
    Temos também como importante fator a apresentação da história do ponto de vista do africano, ou seja, de dentro para fora, mas isso não quer dizer que devemos deixar de lado outras fontes, e sim fazer comparações para que possamos perceber se existe uma reciprocidade com tudo aquilo que os próprios africanos construiu da sua historia.
    Esses historiadores por serem do próprio continente trouxeram uma grande contribuição, pois puderam trazer através de suas pesquisas uma analise mais ampla do continente africano, e com isso nos possibilitou a ter uma visão mais critica, desmistificando a visão midiática que temos da África, e perceber que os africanos participam de forma ativa na construção de sua própria história.

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  6. A África se torna tema de interesse a partir da segunda metade do século XX, o continente que antes era tido como descreve Joseph KI-ZERBO, um mero apêndice que acrescentava apenas à história do país colonizador, neste momento se torna estrela principal de discussões com grandes historiadores e cientistas políticos, por conquistar independência dos países africanos na década de 60 e escavações localizarem tesouros arqueológicos no continente.
    Podemos observar no texto de KI-ZERBO “História da África Negra- I”, que diversos autores que escreviam sobre África embutiam em suas teses seus preconceitos raciais e sociais. Como horizonte limitado quando se tratava de África acabavam não visualizando o progresso do continente e crendo, por conseguinte que não havia contribuição africana para a humanidade, o autor argumenta que estes pensamentos não passavam de tremenda ignorância e de ideias errôneas sobre o continente, citando ainda a seguinte frase: Porque só é possível conhecer bem um povo, como um indivíduo, se esse conhecimento alcança uma certa dimensão histórica. Para julgar ou extrapolar não é suficiente o conhecimento da realidade actual. É o conhecimento de toda a curva que conta. (KI-ZERBO, Joseph. História Geral da África, vol. I, 1972, p.9)
    O que ocorre na África segundo o autor é a má distribuição das fontes escritas, sendo necessário o uso da interdisciplinaridade para o avanço historiográfico, KI-ZERBO traz diversos exemplos de fontes e métodos, tais como fontes orais, arqueologia, cronologia, arte, antropologia física, entre outros, que utilizados em conjunto explicam os “vazios” e/ou nos auxiliam esclarecer dúvidas deixadas pela escrita. Sendo necessário um olhar crítico para avaliar e discernir o conteúdo que seja exposto.

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  7. Em tudo no mundo há história, desde uma simples frase solta ao vento, a um evento de grande magnitude. Inúmeras são as fontes para se estudar acontecimentos históricos, diferentes fontes e muitas possibilidades e são essas imensas possibilidades juntas que fazem com que haja uma interdisciplinaridade e foi a partir da ideia das ciências combinadas, disciplinas juntas que surgiram muitas possibilidades para a redescoberta do continente africano. Afinal como nos fala o historiador africano que muito cultivou a ideia da interdisciplinaridade contribuindo assim muito para a História deste continente Joseph Ki-Zerbo:
    Nesta tarefa considerável são chamados a colaborar todos os cientistas, não apenas os historiadores, porque, tendo em conta as dificuldades especiais da historiografia africana, só o trabalho interdisciplinar produzirá frutos. Todos esses pesquisadores são exortados a empreender uma terceira redescoberta da África, esse continente tão pouco conhecido e tão desprezado.
    A contribuição para a construção da história da África por parte de muitos pesquisadores africanos da primeira geração é indispensável e bem notável nos trabalhos que se desenvolveram ao longo do século XX, a junção das muitas ciências juntas deram um salto na história deste continente e principalmente por serem esses historiadores de nacionalidade africana e reconhecerem tal responsabilidade de suas contribuições, afinal interpretaram suas próprias origens a partir dos fatores internos, usando as palavras de Fábio Leite:
    [...] existem duas maneiras principais de abordar as realidades das sociedades africanas. Uma delas, que pode ser chamada de periférica, vai de fora para dentro e chega ao que chamo de África-objeto, que não se explica adequadamente. A outra, que propõe uma visão interna, vai de dentro para fora dos fenômenos e revela a África-sujeito, a África das identidades profundas, originária, mal conhecida, portadora de propostas fundadas em valores absolutos e diferenciais.
    É a esta segunda linha de pensamento descrita a cima que se direcionaram as obras dos historiadores africanos, historiadores que entenderam os altos e baixos, as glórias e as misérias do continente africano como fatores que construíram e constrói todo um conjunto onde as novas gerações podem aprender novas experiências.

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  8. Sempre que falamos da história africana olhamos pelo lado dos colonizados; existe o preconceito e uma visão errônea deste continente.
    Se fala de uma história inversa pela mídia, contada por olhos de fora. Contudo, na segunda metade do século XX, melhor dizendo na década de 60, esse olhar foi mais desmistificado e visto de dentro para fora, estudado por historiadores africanos como Ki-Zerbo, que apresentou uma melhor face da África, e mostrando que a mesma não é somente uma "massa homogênea". Foi fundamentado na interdisciplinaridade, para analisar fatores econômicos, sociais e políticos que reconstruiu essa história.
    A intenção de apresentar uma nova historiografia era e é ver com uma visão mais ampla e de melhor consciência crítica. Colocando em público a história africana com suas características e particularidades como qualquer outra história de qualquer outra etnia.

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  9. Até o século XX, a história da África foi construída tendo como lastro a passividade histórica dos povos africanos. A história foi escrita seguindo moldes europeus em quase todas as obras, sem dinâmica progressiva. Todo o conhecimento dos africanos vinha do branco, o que ele sabia foi aprendido, não era endógeno, segundo escreveu Ki-Zerbo.
    Diante dessa constatação, surgiu a necessidade da busca de sua própria identidade utilizando das memórias coletivas, buscando quebrar as barreiras impostas pelos estereótipos – denominadas por Ki-Zerbo como “Barreiras de Mitos” - desconstruindo conceitos de raça e desenhando a história dos povos através dessas memórias, a sua verdadeira identidade. Dar uma nova roupagem, ou mostrar as características reais do continente africano desvinculado do conceito homogeneizante de raça, como se lá existisse apenas uma raça e não uma infinidade de povos com culturas e costumes diversos e plurais.

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  10. Ao fazer uma análise mais profunda sobre o continente africano, é possível perceber que muitos ainda têm uma concepção equivocada sobre a África. A partir das leituras feitas em sala de aula, pode-se perceber através de alguns autores, a importância da interdisciplinaridade para a história da África. Ki-Zerbo, nome de grande importância na historiografia, mostra em "A barragem de mitos" texto produzido nos anos 60, que, a história sobre o continente africano era contada pela metade, alicerçada no período colonial e que mostrava uma África primitiva e sem escrita. Joseph Ki- Zerbo trás à tona aspectos diversos sobre a África, outras fontes de pesquisa além dos documentos escritos, a singularidade de cada País africano, desmistificando a ideia posta como universal da África negra, sem história, miserável que durante anos foi difundida por todo o mundo.

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  11. Apesar de existir diversas pesquisas e estudos sobre o continente africano, podemos perceber que estas estão inundadas de pejorativíssimo, os quais acabam construindo inverdades sobre o mesmo.
    Diante disso, percebe-se o surgimento de diversos estudos que vem descontruir essa “ barragem de mitos”, dentro os quais podemos destacar Joseph Ki-Zerbo, o qual procura trazer aspectos diversos sobre a África os quais vão permitir um amplo conhecimento sobre o continente e sua história, destacando as revoluções, os achados históricos, e diversidade sociocultural.
    Dessa maneira, passa a ser exigido que a história da África seja contada pelos próprios historiadores africanos, os quais vão pensar o continente sob formas racionais e com rigor teórico, deixando de lado a versão pensada através de uma visão eurocêntrica e racista.

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  12. Diversas pesquisas contemporâneas, vem tentando reconstruí, desde 1970, a verdadeira história do continente africano, que por muito tempo foi taxada por termos pejorativos, que à denominava como se esta fosse constituída por uma “ história única”, de uma África primitiva, com população predominantemente de negros, permeada por tribos e pobreza extrema.
    Diante de tais fatos, houve a necessidade de novos estudos que pudessem desconstruir a “barragem dos mitos” que havia se formado, segundo a concepção do historiador africano Joseph Ki-Zerbo. O qual propõe um estudo inovador que fosse capaz de trazer à tona a história de um continente que não mais fosse escrito através de uma visão de mundo europeu, mais que passasse a ser construída através das próprias vivencias do povo africano. Diante disso ele vem destacando a importância da interdisciplinaridade para construção da história africana, pois para ele era fundamental a colaboração de outras disciplinas para essa reconstrução.

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  13. Como foi dito pelos colegas acima, a África foi vista por muito tempo (Especificamente até a primeira metade do século XX) como um continente sem história e que só aparecia na historiográfica para acrescentar à história do país colonizador, visto como um continente atrasado que nem mesmo sabia a sua história, como também era conhecido como povos “primitivos” " comparativamente ao ocidente, que estão num estado "atrasado" de desenvolvimento quando comparados com o padrão ocidentalizado que ainda é o que impera. Essa visão perdurou por muito tempo e ainda permanece no imaginário de muita gente.
    Diante disso a partir da segunda metade do século XX surgiram vários historiadores africanos da primeira geração, a exemplo: Ki-Zerbo, Barry, Cheik Anta Diop, Obenga, que tiveram como objetivo desconstruir essa visão errônea da África, baseado na interdisciplinaridade, reconhecendo a grande importância e a colaboração de várias ciências como: arqueologia, antropologia, física, artes, linguística, história oral e outras que corroboram com os historiadores sobre a história deste continente.
    Portanto, é com essas novas tecnologias na utilização das diversas fontes disponíveis para o historiador sobre o continente africano que podemos observar como é grande a interdisciplinaridade desse continente e como trouxe diversas informações enquanto ciência.
    Ki-Zerbo um dos grandes historiadores que contribuiu para a criação da história da África mostra um campo de possibilidades para o historiador que se interessar sobre a história do continente africano, as fontes escritas, que tem um papel de grande relevância para a reconstrução dessa história. Mais que, no entanto, estão mal distribuídas.
    Em suma, KI-ZERBO na perspectiva da reconstrução da história da África, nos dar um leque de possibilidades para trabalhar com as fontes existente no continente e escritas sobre ele. Sendo assim, é possível afirmar que a História da África tem um diferencial no campo de estudos históricos.


    Att,
    Ideilton Alves

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  16. O continente africano ainda é visto por muitos, por uma única história. A partir da segunda metade do século XX, alguns historiadores passam a reconstruir a história do continente baseados na interdisciplinaridade, ou seja, com as diversas fontes e inúmeras possibilidades de se estudar a África com a junção das ciências, permitiu aos historiadores, buscar a reconstrução da África dentro do conceito de pluralidade, partindo dos fatores econômicos, políticos e sociais, contribuindo para novas representações do continente africano na historiografia.
    Essas novas reflexões produzidas pelos historiadores africanos são de extrema importância, pois visa apresentar uma história mais ampla do continente, partindo das particularidades de cada país e colocando o africano como sujeito de sua própria história, rompendo assim, as “Barreiras de Mitos” e as representações estereotipadas de uma única história sobre a África.

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  17. As formas que a história do continente africano desenvolveram-se desprovido de um conhecimento maior sobre o continente. Ao longo do século XX com o auxilio do escopo da interdisciplinaridade começou-se a abrir caminhos para uma investigação baseada em dados mais sólidos, isso se deu também devido a maior participação de historiadores do próprio continente africano se empenharam em pesquisar as verdades sobre o seu próprio continente, combatendo assim as ideia postuladas pela história predominante dos europeus.
    Diante dos historiadores africanos a história do continente começa a tomar novos rumos, estes realmente interessados em uma história verídica se empenharam e se empenham em divulgar uma historia real de dentro do continente para fora, não mais aquela história estereotipada vinda de historiadores dos mais diversos lugares que nem ao menos conhecem o continente, com ideias baseadas em hipóteses sem nenhum meio concreto.
    A interdisciplinaridade é outro fator que vem em muito contribuindo para o avanço deste continente, dela resulta diferente formas e técnicas de se estudar a história do continente africano, é possível perceber que essa pluralidade abre caminhos para diversas áreas de pesquisa e nos faz reavaliarmos muitos dos postulados até então existente, a interdisciplinaridade surge assim como um apoio ao avanço da diversidade da África.

    Joelma Trindade - Licenciatura em História - V Semestre

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  18. A segunda metade do século XX foi bastante importante para os estudos mais aprofundados sobre a África, sendo este período o qual adveio estes grandes avanços, onde as reflexões ganharam maior relevância. Nomes como KI-ZERBO, Barry, Obenga entre outros historiadores africanos obtiverem destaque, sendo os responsáveis pôr conceberem em suas obras um olhar crítico e real, onde expunham através de uma visão ampla os fatos que marcaram a construção do continente africano. No que se diz respeito a interdisciplinaridade, ela ganhou força a partir da década de 1960 e tinha pôr e como meta auxiliar na construção de um conhecimento amplamente global,minimizando as barreiras que impediam a disseminação das informações e estudos vindos da utilização de outras disciplinas como auxilio. Estes historiadores já citados confirmam esta necessidade de usar das fontes encontradas para melhor compreensão e construção de suas obras. São eles surgidos no século passado que traçaram novos ideais no que se diz respeito história de seu próprio continente.

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  19. Buscando romper com mitos e estereótipos direcionados à África, historiadores, na segunda metade do século XX, fizeram de seus objetivos a desconstrução da visão rasa sobre o continente africano; esta sendo, por exemplo, que o continente africano não tinha história própria, com povos classificados como primitivos ao comparados com seus colonizadores, etc... Ki-Zerbo definiu que tudo aquilo cujo proposito seja o de impedir o curso do “rio africano”, este entendido como toda a rica cultura africana, são pedras (mitos) que impedem-nos de enxergar e admirar a pluralidade da África. Com a ajuda da interdisciplinaridade, uso da arqueologia, artes, história oral, por exemplo, que aos poucos novos conhecimentos conseguidos através dessas fontes, puderam ser comprovados e compartilhados.
    A confirmação da pluralidade africana trouxe também como merecida consequência o destaque do africano não mais como ser passivo, mas como indivíduo autônomo e dono de sua própria história, linguagem, particularidade e cultura.

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