quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Aula 04 - Relações e intercâmbios entre as várias regiões.

Pode-se dizer que houve intercâmbios e relações entre as várias regiões do continente africano no período abordado pelo autor do texto em questão?
Por favor, justifique sua resposta.

5 comentários:

  1. Ao analisar os argumentos do autor Djibril Tamsir Niane no texto relações e intercâmbios entre as várias regiões, percebe-se em suas observações que o comercio organizado no interior da África já existia desde a pré-história.

    Vale ressaltar que amplas correntes de intercâmbio culturais foram confundidas com as correntes de comércio, dessa forma as regiões não estavam mais isoladas. O autor destaca que a África foi um parceiro privilegiado nas relações intercontinentais do velho mundo. A ligação entre a Europa e a Ásia ao continente africano se deu por intermédio dos mulçumanos, existia um comercio intenso tanto através do mediterrâneo como através do oceano indico.

    Para justificar suas análises o autor em questão, mostra como se davam as formas de comércios existentes no período observado, nesse mesmo embate ele ressalta que o Saara serviu como zona de passagem privilegiada nas relações comerciais. Produtos como o ouro e o sal tiveram papel significativo no comércio transaariano, como também em várias regiões da África.

    Em suma, as relações de intercâmbios entre as várias regiões do continente africano estiveram interligadas aos aspectos culturais e comerciais. O autor em questão busca esclarecer seus argumentos destacando a importância dos estudos das línguas africanas como também das escavações arqueológicas.

    Referências:
    Texto 04. NIANE, Djibril Tamsir. HGA, Vol. IV, cap. XXV, 697-720
    VI Semestre, História da África II.
    Edite Lopes.

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  2. Levando em consideração os debates em sala, houve sim intercambio e relações entre as varias regiões do continente africano. E para justificar esse argumento, NIANE, no texto "Relações e intercâmbios entre as várias regiões", afirma que a África foi um parceiro privilegiado nas relações intercontinentais do Velho Mundo. Essa relação, dada através do comercio, intermediado pelos muçulmanos, ligava a Europa e a Ásia ao continente africano, tanto pelo Mediterrâneo como pelo oceano Índico. Além disso, salienta que vários tipos de comércio organizado no interior da África já existiam desde a pré história.

    Houve nos séculos XIV e XV uma grande expansão comercial, segundo o autor, mas este não só limitou-se com mercadorias de fato mais também com trafico de escravos. Daí então, as grandes correntes de intercâmbios culturais atravessaram o continente em todas as direções, confundindo se por vezes com as correntes de comércio. Além do comercio, houve intercâmbios constantes entre as Universidades do Sudão e do Magrebe.

    Em suma, enfatizando a importância da coleta de dados, o autor diz que os elementos recolhidos aqui e ali foram fundamentais para comprovação dos fatos. Os mesmos provam que as civilizações no continente africano estiveram interligadas e apresentam uma unidade incontestável. A leste, o vale do Zambeze foi a via de penetração das influencias do norte, inclusive as dos Bantu. Nos reinos que se expandiram nas savanas meridionais, o trabalho e o comercio dos metais tiveram papel primordial. Ao sul do Zambeze, podem se distinguir duas áreas de intensa atividade cultural: o planalto Zimbábue e, bem mais ao sul, o planalto do Lughveld.

    Por: Simone Anunciação.
    VI semestre - História da África II.

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  3. Ao considerar o debate em sala e as exposições feitas pelo autor Djibril Tamsir Niane em seu texto; "Relações e intercâmbios entre as várias regiões", ficou claro que já existia uma forma de comercio no continente africano desde o momento pré-histórico.E para confirmar esse argumento, Niane,assegura que a África foi um parceiro de grande importância para as relações intercontinentais com o Velho Mundo.Essa relaçãose faz presente pelo meio do comercio, intermediado pelos muçulmanos,que ligava a Europa e a Ásia ao continente africano, tanto pelo Mediterrâneo como pelo oceano Índico.
    Para afirmar ou/e confirmar seus argumento o autor ,nos revela como se produziam as formas de comércios existentes na momento em questão.Ele ainda nos mostra como o deserto do Saara foi utilizado como local de passagem privilegiado nas relações comerciais.Produtos como o ouro, sal e marfim,mas,principalmente o ouro, tiveram desempenho expressivo no comércio transaariano, como também em várias localidades da África.Por fim,as relações de intercâmbios nas regiões do continente africano foram atreladas a questões de ordem não apenas comercial como também cultural basta perceber a “absorção da cultura muçulmana realizada pelos africanos.

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  4. No artigo intitulado Relações e intercâmbios entre as várias regiões o autor Djibril Tamsir Niana se propôs a analisar, como sugere o título, as relações comerciais estabelecidas no interior do continente africano. Niane evidenciou entre os séculos XI e XV a África estava em plena expansão econômica e comercial. Consequentemente, os povos das diversas regiões da África estabeleceram trocas comerciais entre si. Para além do comércio interno, o continente africano estabeleceu, também, uma significativa relação intercontinental com a Europa e a Ásia através da Mediterrâneo e do Oceano Índico intermediada, frequentemente, pelos muçulmanos.
    Segundo o autor, estudos recentes – escavações arqueológicas, estudos da linguística e o estudo das tradições orais – permitiram desvendar um pouco da história das relações comerciais entre as diversas regiões da África. Tais estudos têm contribuído para demonstrar que, ao contrário do que afirmavam muitos historiadores europeus, o deserto do Saara nunca foi uma barreira para os povos africanos. Primeiro, porque ele não era desabitado, segundo porque entre os séculos XI e XV se constituiu enquanto uma passagem privilegiada de mercadores, o que fez deste período a idade do ouro do comércio transaariano.
    O autor ressaltou que o Saara foi palco de relações comerciais e culturais entre os povos da África ocidental e da África setentrional. Este comércio beneficiou os nômades estabelecidos no deserto e os sedentários que cruzavam o deserto. Niane salientou que os povos sedentários e os nômades estabeleceram uma relação de complementaridade, pois os sedentários levavam aos nômades cereais e tecidos em troca de carne, sal e água. Além disso, os nômades trabalhavam como guias para os mercadores, pois as caravanas não conheciam as rotas da imensidão do Saara.
    Além do comércio transaariano, Niane estudou, também as trocas comerciais estabelecidas nas savanas e florestas, demonstrando que estes ambientes também não significaram uma barreira para o comércio entre as regiões africanas. O autor advertiu que o comércio estabelecidos entre florestas e savanas é muito antigo. A floresta aturou como filtro das correntes econômicas, ideias e técnicas. Ademais, muitos povos da floresta eram originários das savanas. O autor observou, também, que muitos povos da savana reconheciam a profundidade “do conhecimento das populações florestais no campo da farmacopeia e na arte esotérica da linguagem dos tambores”. (p. 711).
    Em virtude dos fatos mencionados, ficou muito evidente que HOUVE INTERCÂMBIOS E RELAÇÕES ENTRE AS VÁRIAS REGIÕES DO CONTINENTE AFRICANO entre os séculos XI e XV, período abordado por Djibril Tamsir Niane, importante pesquisador africano.

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  5. O autor Niane no texto Relações e Intercâmbios Entre as Várias Regiões apresenta a ocorrência de comércio entre 1100 e 1500. O autor menciona que o conhecimento sobre o período foi devido aos viajantes, geógrafos e historiadores mulçumanos, além disso, as escavações arqueológicas e a tradição oral contribuem para divulgar as migrações e transferência da tecnologia entre regiões afastadas.
    Nesse ínterim, Niane cita que rotas comerciais atravessavam florestas em todas as direções. As nozes -colas eram fundamentais, visto que, deste comércio vários grupos étnicos faziam parte: os reinos Kongo e de Begho eram postos avançados do produto citado e também do ouro.
    Haviam regiões que exportavam o couro, escravos e presas de elefante. Segundo Niane, os Haussa comercializavam com o Sudão central.Outro exemplo do comércio citado refere-se aos árabo-berberes que além de procurarem ouro, também buscavam o marfim, as presas de elefantes africanos, estas por serem mais maleáveis.
    Os exemplos citados pelo autor revelam as relações existentes entre as várias regiões, ou seja, no aspecto econômico, as mercadorias, aspecto tecnológico e difusão de ideias.

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