quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Aula 03 – A África do século VII ao XI: cinco séculos formadores.

No que se apóia a afirmação de que entre os séculos VII ao XI ocorreram mudanças significativas, a ponto de serem denominados como “formadores”? O que justifica este recorte temporal?

6 comentários:

  1. Ao considerar os aspectos sócio-culturais do continente africano se percebe que as novas dinâmicas de produção contribuíram para determinadas mudanças sociais. Os autores Jean Devisse e Jan Vansina através de seus argumentos busca demonstrarem como as mudanças do século VII ao XI afetaram a África em seus aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais.

    Os autores destacam que durante esses séculos existiu um crescimento demográfico significativo, dessa forma cresceu também a necessidade correspondente na produção de alimentos. Nos períodos em destaque ocorreram os principais processos de conexão dos grupos em sociedade, uma época de modificações, de antigos grupos por outros e de integração lingüística.

    As lutas dentro desse ambiente hostil eram constantes, os cincos séculos formadores se fundamentam pela exploração dos vários meios, pelo surgimento do Islã que transformou os antigos equilíbrios da sociedade africana e do desenvolvimento de um modo geral.

    Em suma, os autores afirmam que durante os cinco séculos ocorreram determinadas alterações que promoveram mudanças dentro do cenário africano. Essas transformações corroboram para o amadurecimento de economias e de mudanças nas organizações sócio-políticas.

    Texto 03. DEVISSE, Jean; VANSINA, Jan, HGA, Vol. III, cap. XXVIII, PP.881-929.
    História da África II – VI semestre
    Edite Lopes.

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  2. Esta afirmação se apóia nos argumentos dos autores DEVISSE e VANSINA que demonstram como as mudanças do século VII ao XI afetaram a África em seus aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais.

    Segundo eles, nesse período, houve os principais processos de conexão dos grupos em sociedade, foi uma época de transformações e modificações de antigos grupos por outros e de integração lingüística. E o longo desses séculos, a distribuição geográfica das principais configurações socioculturais da África estabilizou-se e tomou forma.

    Contraditório em suas formas de acordo com o lugar e o momento, segundo os autores, o movimento geral das sociedades africanas do século VII ao XI era voltado, para a consolidação das situações anteriores, bem como para o ajuste e aperfeiçoamento de complexos de produção de alimentos correspondentes ao crescimento das necessidades. Durante esses séculos, certamente existiu um crescimento demográfico natural.

    A primeira característica geral notada por DEVISSE e VANSINA, é que por vezes teve sua origem bem antes do século VII em algumas regiões, é a organização de espaços de sedentarização onde a produção agrícola se tornou dominante. O desenvolvimento das tecnologias constitui um segundo fato de maior destaque, que acarretou uma exploração aprimorada dos recursos, a divisão do trabalho e o crescimento das trocas. Para eles, umas das mais urgentes necessidades na historia e arqueologia africana consiste no estudo meticuloso e detalhado das mudanças técnicas e das circunstâncias que as provocaram ou incentivaram.

    Em suma, afirmam que a cerâmica, os metais e a tecelagem podem servir como exemplos, ainda muito incompletos, porém muito importantes do que esses estudos podem trazer a história do continente.

    Por: Simone Anunciação.
    VI semestre - História da África II.

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  3. Jean Devisse e Jan Vansina analisa a história da África na perspectiva anticolonialismo, ou seja, compreende seu aspecto econômico, político e social a partir da concepção interna. Todavia, os estudos arqueológicos e a etnografia elucidaram fatos importantes para o entendimento da África compreendido entre o século VII ao XI: cinco séculos formadores.
    Os autores apresentam no texto uma África produtiva e rica e que a seca não impedia dos povos plantarem, sua estratégia era a sedentarização que ocorriam por mudanças climáticas, pelo crescimento demográfico, e pela crescente complexidade das sociedades que buscavam organizar seus territórios.
    Além disso, utilizavam de técnicas de cultivar alimentos como, por exemplo, a técnica de arroteamento na galeria florestal e outro na savana situado na África Central. Contudo, o gado prevalecia em regiões mais secas em Botsuana, na Uganda setentrional, no Sudão Meridional, bem como nas regiões adjacentes do Quênia. Entretanto, pela escassez das chuvas, as terras situadas ao norte dos rios foram transformadas em pastagens.
    Entretanto, é possível também conhecer através da arqueologia as técnicas regionais por meio de objetos de cerâmicas, metais, e ferro, de fundamental importância no entendimento dos povos que ali viveram.
    Nos cinco séculos formadores o comércio foi desenvolvido por principais rotas; transaariano, Gao, Mali, Taker, Gana, com objetivo de escoar sua mercadoria exportando sal e ouro.
    Árabes e mulçumanos deram significativo desenvolvimento do comércio e das cidades em todas as regiões, porém ajuntamentos de pessoas existiam antes do Islã.
    Portanto, esse comércio ativo contribuiu para a integração do Saara a África ocidental, da costa oriental ao interior do Zimbábue e do transvaal em um comércio intercontinental.
    JUSSARA A. GOMES
    Aluna do curso de História VI semestre.

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  4. Jean Devisse e Jan Vansina,autores do texto;A África do século VII ao XI:cinco séculos formadores,estudam a história da África sob o aspecto do anticolonialismo,ou seja,busca entender sob a optica internamente questões econômicas política e sócias. No entanto, os estudos arqueológicos e a etnografia esclareceram passagens importantes para compreender a historia da África dos século VII ao XI.
    Os autores expõem no texto uma África prospera e rica e que nem mesmo a seca não atrapalhava os povos no plantio, sua tática era a “sedentarizarão” que surgiam devido a alterações climáticas, pelo aumento demográfico, e pelo crescimento das sociedades que procuravam organizar seus territórios.Passaram também a, utilizar técnicas de cultivar alimentos como, a de arroteamento na galeria florestal e outro na savana situado na África Central. Mas,com a falta das chuvas, nas terras situadas ao norte dos rios foram transformadas em pastagens.È possível também conhecer através da arqueologia as técnicas regionais por meio de objetos de cerâmicas, metais, e ferro, de essencial importância para entender os povos que ali residiram.
    Nos séculos constituíram o comercio apareceram as principais rotas; transaariano, Gao, Mali, Taker, Gana, com objetivo central de escoar mercadoria exportando sal e ouro entre outros produtos.Foram os Árabes e mulçumanos que proporcionaram o desenvolvimento do comércio em todas as regiões, no entanto,o agrupamento de pessoas ou a formação de uma sociedade já existiam antes do Islã chegar.
    Portanto,o comércio colaborou para a conexão do Saara a África ocidental, da costa oriental ao interior do Zimbábue em um comércio intercontinental.
    POR:NÍVEA MARIA LIMA DOS SANTOS DO CURSO DE HISTORIA

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  5. Os autores Devisse e Vansina (2010) e Ki-Zerbo, citam as mudanças ocorridas nos séculos VII ao XII. De acordo com Ki-Zerbo foi um período de perseguições arábico-islâmica que propiciou modificação sócio cultural, como por exemplo, o conhecimento de uma das principais religiões pela África Negra e o avanço dos berberes por motivos econômicos e climáticos, que resultou no desaparecimento das rotas entre o Senegal e cidades do Norte. Além disso, exportações citadas por Devisse e Vansina (2010) despontam a tecnologia desenvolvida nesse período.
    Devisse e Vansina (2010) mencionam que com o desenvolvimento da tecnologia, foi possível a exploração aprimorada dos recursos, divisão do trabalho e crescimento de trocas. O ferro, a filigrina e cobre foram importantes para esse desenvolvimento das técnicas.
    De acordo com os autores, o ferro contribuiu para criação de diversificados objetos (machados, enxadas, pontas de arpão e tesouras), o cobre a partir do século X foi concorrente no sul do Saara com o ouro que possibilitou a realização da exportação com a Mauritânia, Niger e Transvaal. A partir das ideias expostas pelos autores é perceptível transformações ocorridas e que foram importantes pars ampliação das relações com o continente africano.

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  6. Os autores do texto de Jean Devisse e Jan Vansina " A África do século do século VII ao XI: cinco séculos formadores" salientam que nos últimos trinta anos o continente africano passou por várias mudanças e que seria aconselhável, que, ao fazer constatações, ter muita cautela, pois o resultado das análises poderiam ser instáveis.
    Segundo os estudos de pesquisa quantitativa, a sedentariedade dos pastores nômades semi- nômades, e as condições climáticas contribuiram para divisão do trabalho, consequentemente houve um aumento predominante da população, resultando numa estratégia de sobrevivência em relação à produção de alimentos.
    Ao findar o século VI, o subcontinente foi ocupado por agricultores. Nas florestas da África central eram cultivados inhames, legumes, e bananas. No sul da floresta, consumia- se cereais, desenvolvia- se a caça e armadilhas. A criação de rebanhos também tornou- se essencial.
    Observa- se a partir do século VII uma transição de grupos antigos por outros, integração linguistica entre os povos, mas também confrontos.
    Já no século VII, as águas, que eram dominadas pelos pescadores, além da exportação de peixe, também favoreciam carne de hipopótamo, crocodilo, e ao norte as regiões com escassez de chuvas, foram transformadas em pastagens, com abundância de carnes. Os autores sinalizam que a tecelagem, os metais,foram algumas tecnologias africanas. A cerâmica tornou- se essencial para conhecer tinha muitas funções como cozinhar, enfeite,auxílio mas escavações para datações cronológicas.
    No século III da Era Cristã, a região do Saara, antes abandonadas pelos homens, favorecidas por sua salinas, teve uma grande importância histórica, pois adotaram o camelo como transporte, permitindo assim o carregamento de cargas à lugares distantes. Essas transformações ocorridas foram muito importantes para o continente africano.
    Enfim, numa visão anticolonialista, abstendo- se de estereótipos negativos, a África foi muito complexa, rica desenvolvida, tecnologias essas que foram copiadas até por outros continentes.

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