Trata-se de mais um instrumento de divulgação dos debates feitos pelos discentes do curso de História da Universidade do Estado da Bahia - através da ação do Núcleo de Estudos Africanos.
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
Para os discentes de Alagoinhas - Aula II.
Joseph Ki-Zerbo apresentou um breve panorama a respeito do período por ele denominado de "Dos reinos aos impérios". Quais foram as principais questões levantadas no texto em relação ao período abordado? O que se percebe na leitura do texto? Estagnação, transformação, dinamismo?
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O autor Joseph KI-Zerbo apresenta no seu texto ainda que de manira geral um panorama da África do Século VII ao XII.
ResponderExcluirSendo assim, traz questões fundamentais para o entendimento dessa África tão dinâmica.
O autor destaca ao longo do texto questões como o crescente avanço dos árabes sobres as regiões africanas, destacando dentro desse processo as influencias religiosas, além das sociais e culturais, sem falar pelo que se pode notar elementos que apontam paro trafico de escravos.
Percebe-se também um grande destaque para o Império do Gana, destacando a sua organização politica e econômica, tendo o mesmo como um dos mais importantes impérios negros que se tenha conhecido. Assim como discute o seu surgimento seu desenvolvimento, discute o seu declínio.
Ao longo do texto aborda os meios como se deu o domínio do Islã para com os impérios na África.
acredito que não se pode falar em estagnação, devido as profundas transformações pelas quais esse continente passou de maneira um tanto quanto dinâmica ao longo de vários séculos.
De acordo com Ki-Zerbo o sucesso da conquista arábico-islâmica constituiu um fenômeno histórico importante para os três continentes; a África, Ásia e Europa, na junção dos quais se desenvolveu. Na costa oriental e através do Sara,os arábicos Berberes vão-se entregar a um tráfico de escravos negros,sempre a aumentar até o século XIX. No entanto, deram à África Negra uma das suas principais religiões e transformaram setores inteiros da sua paisagem sociocultural. Assim os intelectuais árabes, geógrafos e historiadores escrevem a historia da África negra, logo após europeus.
ResponderExcluir2-Na África Ocidental
A partir do século X, houve uma recrudescência do avanço dos Berberes em direção ao sul, seja por razões econômicas, seja por motivos climáticos. A África é um continente que possuía reinos autônomos e escravidão antes mesmo da chegada dos europeus, um exemplo disso como afirma Al Idrisi, o Tekrur é um reino famoso pela a sua energia e pelo seu sentido de justiça. O seu pais goza de segurança, de paz e de tranqüilidade. O seu comercio é muito ativo, consistindo em importação de lã, cobre.
De acordo com Ki-Zerbo o Gana é o primeiro império negro conhecido com bastante precisão, porém isso é visível por meio de fontes árabes. O rei de Gana é um grande rei. No seu território encontram-se minas de ouro e Le tem sob sua dominação um grande número de reinos. Reinos negro do sul, como o Tekrur, o Sosso, e a Leste os países do deltal nigeriano.
A Gana também possuía uma organização política, que impressionou os viajantes árabes. A riqueza do comercio provinha do comercio e antes de tudo, do ouro. O século IX e X viram, o apogeu do Gana.
A Núbia
A queda do império Méroe é seguida de um período obscuro, que se estende até os meados do século VI. Instaura-se uma nova civilização. A conquista árabe devia assegurar rapidamente a vitoria definitiva do monofisismo ligado á igreja copta á igreja copta do Egito, pois os Árabes desconfiavam que os ortodoxo serem politicamente favoráveis a Bizancio, cabeça da sua igreja.
A chegada dos Fantimitas (969) respeitou este status quo, graças ao qual a Núbia se tornaria protetora permanente do patriarca de Alexandre. Foi o apogeu dos reinos cristãos da Núbia.
No meado do déculo VII e XII, na costa oriental houve um desenvolvimento das cidades. Os arabes encontraram na África um importante meio de comercio. Assim ao chagarem no continente africanojá encontraram o comercio, logo não foi os arabes que criaram o comercio no continente.
ResponderExcluirPara Ki- Zerbo o sucesso da conquista arabico-islamico constitui um fenomeno historico de primeira importancia para os continente asiatico, africano e europeu.
Ao chegarem na África ao arabesjáencontraram a escravidão. Logo quando os arabes chegaram no continente africano, encontraram a escravidão e um cinercio bastante desenvolvido, ao contrario do queafrima a historiografia classica.
ANA MARIA
O texto de ki-Zerbo, apresenta a África do século VII ao XI, de forma geral, faz um panorama mostrando o dinamismo da região. As principais questões abordadas no texto é a chagada dos Árabes na região e toda a sua influência cultural e religiosa. Aborda também de que forma se deu o trafico de escravo, entre árabes e africanos. Os árabes foram atraídos pelo comércio já existe na África, que só intensifica com a chegada dos mesmos.
ResponderExcluirO autor também da um destaque para o reino de Gana, o seu desenvolvimento político e a sua organização econômica, dando destaque para o comércio e o ouro. É importante destacar as fontes dos viajantes árabes, que destaca a grandeza do império de Gana. O texto também aborda como o islamismo penetrou nessa sociedade e influenciou ao longo dos anos, principalmente nas suas relações comerciais e sociais entre árabes e africanos.
Monalisa Matos
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ExcluirInicialmente o autor faz um panorama das expansões territoriais de determinados povos no continente africano. Percorrendo os caminhos seguidos por estes povos até o século XII. Os árabes começaram a entrar no mundo africano a partir de 647, findando o período de dominação bizantina em parte da África. As invasões árabes não ocuparam, no entanto, regiões ao sul do continente. No entanto, pode ser considerada como um marco histórico para os continentes que mantinham, principalmente, vínculos comerciais com os árabes.
ResponderExcluirDa união com os árabes, muitos Berberes começaram a percorrer longos caminhos. Entretanto, o autor demonstra que a partir do século X ocorre um aumento significativo deste avanço Berbere ao sul, por razões econômicas ou questões climáticas. Em áreas do leste africano, principalmente no Gana, a presença Berbere modificou os cenários, tornando-a um centro econômico estratégico.
Ki-Zerbo associa a expansão almorávida a uma epopeia. Segundo o autor, eles cumpriam uma “peregrinação” que levava em conta principalmente como uma formalidade política para fortalecer suas alianças. Entre outras investidas, os almorávidas colocaram-se como disseminadores da “verdadeira fé”, e utilizavam-se da força para reforçar sua missão.
Antes de mais nada, ki-Zerbo acentua que a história do Gana, é aquela conhecida com maior precisão. Foi o império mais rico por causa do ouro, mas antes disso, era conhecido como o “país dos rebanhos”. O clima favoreceu a criação de gado e a agricultura, com todos estes atributos, o Gana não poderia deixar de representar uma acentuada atividade comercial.
Foi por volta do século VI um importante “empório” dos berberes. Até mesmo nas casas, era possível perceber características de entrepostos comerciais. Mas, além de grande referência comercial. Neste território, a religião islâmica foi marcante. Awdaghost foi o centro islâmico mais importante, levando em conta que possuía sua própria mesquita-catedral. A criação de bovinos e ovinos era próspera e o mercado sempre em atividade. A principal forma de troca foi o ouro em pó.
A maior referência africana para com relação a sua organização política, foi o sistema matrilinear, prática corrente em quase todo o território do Gana, e segundo o autor, pode estar ligada ao seu caráter agrícola e sedentário.
Neste ponto, ki-Zerbo, traz à luz, a ideia de muitos autores sobre as muitas capitais de Gana. Segundo eles, “existiram vários Ganas, ou pelos menos várias capitais sucessivas”.
O império do Gana era muito bem organizada economicamente. A maioria da população dedicava-se ao cultivo da terra e á criação de gado. Entretanto, as maiores riquezas do Estado vinham do comércio e do ouro. A questão do ouro neste território era muito complexa. O soberano controlava um intenso monopólio de pepitas de ouros descobertas, a fim de dificultar a circulação do ouro entre as massas. Além do ouro em pó, produtos como o marfim e a goma, além de escravos, eram levados para o norte. O Gana viveu seu apogeu entre os séculos IX e X, entre os avanços do islão e as investidas almorávidas.
Os elementos principais destacados a partir desse texto refletem as transformações ocorridas em África nos séculos VII ao XII. As mudanças ocorridas nesse corte temporal representam uma expansão do continente perante outros lugares do mundo, mais precisamente, Ásia e Europa.
ResponderExcluirUm primeiro elemento de extrema significância para a transformação do continente é a infiltração dos Árabes nos territórios do continente, não que os Árabes não tivessem contato com o continente mas, a interferência de fato só ocorre com o envolvimento econômico comercial dos Árabes Berberes no continente. A religião foi um elemento forte para a cooptação de africanos que iam cedendo às suas investidas. A partir da chegada massiva dos Árabes, esses logo trataram de aprender e apreender as técnicas e rotas de comercio já estabelecidas e desenvolvidas pelos africanos e expandir tanto a produção como as rotas comerciais em terra e pelo mar, ampliando assim o comercio com a Ásia e posteriormente Europa.
Toda a expansão dos Árabes também se deram por condições preestabelecidas pelos africanos que tinham amplo poder comercial e social no continente, a exemplo de Gana, o autor demonstra como esse reino era importante pelo seu vasto território político/geográfico, além das relações comerciais com o ouro por exemplo. Além disso as relações de escravidão que já haviam na África, sobretudo o trafico transaariano, foram cooptadas e incorporadas pelos Árabes que logo trataram de difundir e manter relações de tráfico com o continente asiático. O texto do autor quer demonstrar, além das transformações e amplitude que o continente africano experimentou na época, sobretudo a partir da cooptação dos árabes, essa potencialidade só foi possível talvez graças às técnicas de comercio, rotas e relações comerciais, enfim uma gama de conhecimentos que já vinha sendo desenvolvida pelos africanos.
O autor Ki- Zerbo apresenta nesse texto transformação e principalmente dinamismo ocorrido na África Negra, ou seja , apresenta avanço dos árabes, formação de impérios e declínio. A partir desses fatos é visível que a abordagem do texto revela que do século VII ao XII a África Negra é marcada por influências árabes e extensão do islamismo.
ResponderExcluirNesse sentido, os séculos IX e X foi considerado o apogeu do império Gana, visto que, as convulsões ocorridas devido ao islão e arremetida dos almorávidas, pois estes introduziram inovações na sociedade dos nómadas e na fronteira do mundo negro.De acordo com Ki -Zerbo o primeiro império negro, Gana era conhecido com bastante precisão, também o império mais rico e possuía a vida econômica bastante organizada.
As técnicas militares, a cinofagia (hábito culinário), são exemplos de transformações ocorridas. Contudo, vale frisar que apesar de transformações, inovações citadas e extensão do islamismo, ocorreu inclusive resistência contra o islão, a exemplo disso, Núbia e Askum devido discórdias internas.
O autor Joseph Ki-Zerbo, e um dos grandes nomes quando se refere a História da África. O mesmo nos apresenta a Historia de um continente heterogenio, dinamico e rico em História. não obstante o texto apresentado pelo professor Ivaldo Marciano, do autor Ki-Zerbo, apresenta as relações e transformações dinamicas ocorrido no continente africano entre os seculo VII e XII, apresentando formação, apogeu e declinio de um dos maiores imperios do continente, o Gana.
ResponderExcluirNeste sentido,é posto em evidencia as relações com o mundo Arabe, um periodo marcado pela influencia e consolidação do islamismo sobretudo na questão das relações comerciais entre os continentes asiatico e africano.
A religião tornou-se elemento de fundamental importancia para compreensão destas relações, elemento que logo foi tomando corpo e se adaptando as forma do continente africano. Fato é que esses arabes islamicos passaram a conhecer a dinamica do continente e interessaram pelo comercio organizado lucrativo que se ultilizavam de tecnicas e inovações antes desconhecidas pelos arabes.
Nestes termos, o texto refere-se a dinamica das relaçoes religiosas, sociais e comerciais de uma Africa diferente a que por muito tempo nos foram apresentada.