Trata-se de mais um instrumento de divulgação dos debates feitos pelos discentes do curso de História da Universidade do Estado da Bahia - através da ação do Núcleo de Estudos Africanos.
A partir das leituras e discussões feitas em sala de aula, por favor,definam com suas palavras o que é cinema e quais as possibilidades de usos deste por parte dos historiadores e historiadoras.
Segundo Jean-Claude Bernadet é impossível responder com certeza a esta pergunta tão impertinente. Mas, ainda de acordo com o mesmo, cinema é um ritual, o qual envolve vários elementos diferentes, aquele que se tornou o maior triunfo do universo cultural, o criador de ilusões, que envolve os telespectadores, fazendo com que as pessoas se realizem através dos personagens(alienação). Cinema é ainda, uma mercadoria abstrata. Abstrata porque o telespectador compra a entrada para uma sessão do cinema antes de conhecer e sem poder "testar" o filme. E, assim como toda mercadoria, o produto final, também tem de percorrer um trajeto. Como o filme é uma construção histórica pode ser utilizado pretensamente como fonte de conhecimento da história. Os anos 60 marca o enquadramento da Nouvelle historie na Escola dos Annales que traz um interesse pela história das mentalidades, onde a iconografia aparece como fonte fundamental. A partir desse momento, pelo fato de ser um meio pelo qual a história é registrada e também pelo seu caráter educativo, houve um interesse em preservar esses materiais. Assim, os estudos de cinema e história passou a ser interessante no campo das ciências sociais e humanas. Segundo Mônica Almeida Kornis, em Cinema, Televisão e História, o registro visual é importante pois, trouxe a possibilidade de transformar um certo momento em documento histórico e é um meio pelo qual a história é registrada. O historiador pode se utilizar dessa fonte, mas isso não garante uma verdade absoluta. Acredito que o filme, pode contribuir muito no campo histórico e ajudar aos historiadores nas suas pesquisas, reforçando ou negando-as, mas, ele não pode ser utilizado por si só. Deve haver uma pesquisa teórica e empírica, e assim como todo documento histórico é necessário ainda um estudo para analisar a veracidade (subjetividade/objetividade) dessa fonte.
Definir o que é cinema é um passo fundamental para utilizá-lo com documento histórico. Embora atribuir um conceito ao cinema seja uma tarefa, segundo Jean- Claude Bernardet, problemática, tentarei aqui caracterizá-la e apartir desse ponto destacar a relevância do seu uso para a história.
Filmes, curtas e documentários constituem-se como principais objetos das produções cinematográficas, sendo os filmes os mais exibidos e comentados. Este consiste em uma sequência de imagens que são transmitidas ao telespectador. Histórias verídicas ou fictícias, desenhos, contos de fadas, grandes épicos, dramas são um dos principais estilos cinematográficos, estes têm a capacidade de despertar as diversas emoções humanas e talvéz seja por isso que exerce tanto fascínio aos telespectadores. O cinema está associado à indústria do entretenimento, principalmente no que tange à sua capacidade de criar produções para um público diversificado. Por isso é considerado uma mercadoria. Ultimamente historiadores têm discutido o uso dos filmes como forma de aprendizado e objeto de estudo, porém esses profissionais sabem o cuidado que deverão ter ao utilizar o filme, pois como todo documento, está sujeito à subjetividade,uma vez que é uma produção realizada pelo ser humano, um ser possuidor de valores e concepções que acabam se refletindo em suas obras. Os acontecimentos e fatos históricos não podem ser recriados em um laboratório. A história estuda o passado a luz do presente, assim uma obra cinematográfica que retrata os eventos ocorridos em um período remoto e que tenta transmitir os valores de uma época carrega consigo, como toda obra de história, as inquietações da conjuntura na qual é realizada, por isso uma avaliação rigorosa torna-se necessária. Os filmes são muito importantes, não devemos descartá-lo, pois é através da sua bubjetividade que podemos avaliá-lo como um instrumento de construção histórica.
Cinema é uma arte criada a partir do aperfeiçoamento do uso de lentes que outrora eram usadas para outros fins, mas que por a percepção de Georges Méliès veio a ser utilizada para capturar cenas da própria vida e que após acréscimos e melhoramentos pode, com ajuda da dramatização, expor em telas a "realidade." Para historiadores o cinema é um dos recursos utilizados para se documentar a história, mas com o agravante de ter que ser muito bem analisado, pois os mesmos argumentam sobre a incapacidade de o cinema conseguir captar a realidade de um fato por ocasião da subjetividade e alguns outros fatores que o impede de retratar um fato com fidelidade, já que produtores e diretores de filmes não tem a obrigação e compromisso com o real, porque tal arte é movimentada pelo romantismo. Todavia o cinema pode sim ser utilizado por historiadores como documentação histórica, contanto que estes utilizem outros recursos para a pesquisa de um fato ou acontecimento em determinado período.
Cinema é uma mercadoria singular, abstrata, na qual uma vez vendida o bilhete e começado a seção, tal mercadoria não pode mais ser vendida. Segundo Jean Claud Bernadet, cinema é a mais pura representação do real, na qual aparentemente não há um escritor, como aparece claramente nos livros, nas obras de arte e outros. Conforme o autor, como o filme não foi produzido por alguém, ele é tido como algo real, servindo de instrumento de alienação, pois os telespectadores assistem as produções cinematográficas como algo real, imbuídos de verdade imutáveis, afinal para os mesmos (público) não há subjetividade, ninguém está dizendo algo, mas é uma verdade que aparece diante destes. Para Bernadet o cinema é um instrumento de alienação, pois o publico o ver como algo real, mas este foi produzido por alguém ( o diretor) que depositou em seus filmes sues sonhos, anseios, ideologias e outros. Logo o filme é uma produção subjetiva. Com a ampliação da noção de documento da revista dos annales em 1929, tendo como mentores Marc Bloc e Lucien Lefbrve, o cinema passou a ser visto como documento, pois ele descreve uma dada realidade em uma determinada época tal como: os valores, costumes, ideologias e...Todavia é necessário que os historiadores os aborde com cuidado, criticidade, com um ar investigativo, pois foram produzidos por alguém e por isso dotado de ideologias. Graziele maia
Cinema é a reprodução da vida real. Não é uma arte qualquer, ela produz ilusão, a sensação de que o que se passa na tela é a pura realidade ocasionando alienação, pois as ao assistir um filme os telespectadores não visualizam o autor como em outras artes como a literatura e etc. A produção cinematográfica é tida como algo real sendo muitas vezes usada como instrumento de persuasão. Para tal sensação de realidade o cinema vem se atualizando desde a linguagem, a posição das câmaras, atores até a “ausência” de cortes. O cinema é uma mercadoria que não se estoca. Todavia o cinema não é realidade, mas só a reprodução da vida real, pois, tem um autor ou seja, uma um diretor, que deposita nos filmes suas fantasias, anseios e ideologias.
O cinema é uma linguagem artística moderna que assentou-se no início do século XX, de origem européia, antes a máquina era projetada com um fim científico e somente no fim do século XIX a partir sobretudo, dos desenvolvimentos de Lumirière e que teve sua primeira exibição em cinma em 28 de dezembro de 1895 por Georges Meliès. A novidade artística cinematográfica residia no movimento da imagem e na sensação de ilusão e ‘representação do real’ que era proporcionada pela câmara e exibida no cinema para milhares de expectadores por todo o mundo. Além disso, a impressão de imparcialidade e neutralidade do artista frente a sua arte era uma característica na qual essa corrente tentava solidificar com a ajuda, em alguns casos, de poderes ideológicos, políticos, econômicos e socioculturais em certos contextos na qual com a ajuda do cinema pretendiam a introduzir um domínio pela informação. Vida, real, amores, cotidiano, guerras e visões ideologicamente dominadoras, agora entretêm, doutrinavam e impressionavam pessoas que viam no cinema a expressão fidedigna do real, na qual poderia como num passe de mágica os seduzirem como um doce sonho. Jean Claude Bernadet percebe em seu livro ‘O que é cinema?’, a criação, desenvolvimento e sedimentação do cinema desde o fim do século XIX ao longo do XX, em paralelo com a dominação burguesa, que não só tratou de dar ao cinema sua semelhança estético/cultural, como facilitaram em seu processo de dominação e acumulação do capital. Além disso, é destrinchado todo o processo de criação do cinema desde a criação do roteiro, elenco, montagem da equipe, montagem das câmaras e técnicas de filmagem, financiamento dos filmes e distribuição, compra pelo exibidor até finalmente chegarem ao espectador em um cinema. No viés do cinema como agente representativo da História, podemos usá-lo apreendendo seu caráter histórico no qual os filmes retratam, analisando o contexto no qual o filme aborda, tema a mensagem histórica, e lançando criticas se necessário para a amplitude e melhor aperfeiçoamento do trabalho. Os historiadores, entretanto, devem estar atentos ao fato do cinema não deixar de ser carregado de uma visão do autor, além de uma série de fatores que o influenciam, assim faz-se necessário uma crítica acerca do filme, da sua mensagem, e da visão em que o autor poderia forçar.
O Cinema é uma expressão de montagem que se relaciona com a fotografia já que trata-se de imagens, porém, o cinema trabalha com imagens em movimento fazendo recortes do que realmente quer mostar. O Cinema é uma arte criada pela burguesia que durante o seu surgimento e por quase um século era frequentada nas cinematecas pela elite. Esta arte foi criada com a intenção de dominação ideológica, produzindo um ilusionismo ao telespectador, fazendo ele pensar que está diante da mais pura realidade, é esta simulação da verdade que faz o cinema ter sucesso ao longo do tempo e se tornar mercadoria que para Jean Bernadet é uma mercadoria abstrata. Na verdade, o cinema se sustenta em três idéias cruciais: a de movimento, a de tamanho real e de perspectiva, no qual nesse conjunto de ideias é que forma a ideia na cabeça do telespectador de que ele está diante de uma realidade transmitida. Para os historiadores e historiadoras, o cinema pode ser utilizado como fonte de conhecimento da história, porém esta é uma arte complexa que pode ser estudada de forma interdisciplinar. No campo da história,o filme pode ser um documento de análise das sociedades, de forma que ajuda a compreender os costumes, tradições seguidas por uma determinada sociedade. Enfim, para quem estuda história, a arte do cinema é crucial como forma de compreender a escrita da história por narrativas audiovisuais, logo, o historiador pode utilizar dessa fonte, porém, não deve se prender a ela, pois o filme não garante uma verdade absoluta. Ao analisar um filme, os historiadores devem está atentos que por trás de toda cena está presente as ideologias do diretor do filme.
Se me perguntassem o que é cinema, eu diria que cinema é uma sala em algum shopping Center, que passa filmes em uma tela imensa, ou seja, somente uma sala, na qual, projeta-se o filme. Simples assim! Digo em algum shopping, porque é a única referência que tenho, pois, não sou da época dos cinemas de bairro e, não me passaria pela cabeça em fazer referência a eles em minha resposta. No entanto, depois de ler Que é cinema de Jean-Claude Bernadet e, Cinema, Televisão e História de Mônica Almeida Kornis, minha resposta a essa pergunta teria alguns elementos novos. Na pior das hipóteses, eu pensaria mais antes de tentar responder (como estou fazendo agora). Pensar em cinema é pensar, como pretende Bernadet, em toda a complexidade que está contida na exibição do filme; é pensar nas etapas, desde a escolha do cinema, ao filme a ser visto. Esse filme é, antes, escolhido por alguém para passar primeiro em determinado cinema. Um exemplo é que os filmes que estréiam nas grandes capitais, primeiro são reproduzidos em cinemas mais sofisticados, por isso mais caros. Em Salvador, os filmes são exibidos primeiro no Iguatemi, Lapa, Barra e Piedade, e, só depois, vão, por exemplo, para o Shopping Ponto Alto. Nesse sentido, estão envolvidos ai, sem que percebamos, interesses econômicos por partes dos distribuidores de filmes e dos donos de Cinema (enquanto simplesmente uma sala de projeção). A escolha, por parte do público, por sua vez, se analisada por um especialista (história das mentalidades?), daria informações preciosas quanto aos gostos, às predileções etc. No Brasil, por exemplo, tem surgido e tendo êxito os filmes que retratam a “realidade”, o “cotidiano” de policiais e bandidos em suas mais diversas relações: quando não num jogo de “polícia e bandido”, num jogo de afinidades, qual seja, a busca pelo dinheiro que determinada atividade criminosa vai proporcionar. Os programas de televisão, por sua vez, têm apostado nessa vertente criminal. Quase todos os estados brasileiros têm o seu comparativo, o seu similar do “programa do bocão”. Quem influência quem? Os programas de televisão fazem com que o cinema aposte nesta verve ou, pelo contrário, os programas televisivos são influenciados pelo cinema (enquanto produtor e reprodutor de ideologias? Talvez, ainda, ambos sejam condicionados por relações sociais que, indiferente a eles (mais ao cinema do que à televisão, por esta ser mais popular, como diz Kornis), moldam as produções artísticas. Um bom exemplo disso, poder ser o interesse cada vez maior das produções acadêmicas com relação ao mundo do trabalho: os movimentos sociais fizeram e fazem por onde serem vistos e analisados, mostrando-se, assim, como determinantes e várias situações. Com base no entendimento que tive dos textos discutidos até agora em sala de aula, não resta dúvida que, tanto o Cinema quanto a televisão podem ser usados enquanto documento. O problema, ou melhor, a questão, é saber como, quando e para quê utilizá-los. Nesse sentido, diversos debates foram realizados, de modo a elucidar questões pertinentes ao uso desses materiais cinematográficos. Se são, de fato, representações do real e, se deles, nos utilizamos (enquanto sujeitos históricos, ou seja, como construtores da história) para nos representarmos e, representar a nossa realidade, então são, na pior das hipóteses, o que gostaríamos que o mundo fosse. ( essa idéia está meio confusa, mas algo similar é possível encontrar no prefácio de “A história cultural” do historiador francês Roger Chartier). Esses materiais Cinematográficos são, assim, carregados de símbolos, cujos significados devem ser buscados. As pinturas rupestres são, inegavelmente, uma fonte de informações de tempos remotos, porque o cinema não o seria? Todas as formas de representar o real são carregadas de subjetividade e de objetividade. É preciso, se possível, delimitar onde começa uma e termina a outra.
A princípio Jean claude Bernardet coloca cinema como um ritual complexo, no qual estão envolvidos muitos outros elementos que passam a nossa revelia,elementos esses que vai além de um simples ritual, o que esta implicito é que ele se constitui de uma complexa máquina, um artífio comercial poderoso, no qual também pode ser usado para dissiminar ideologias no sentido de fazer com que pensemos que o que vimos na tela seja exatamente a realidade. Ou seja são inumeras as questões ligadas ao tema cinema, o que nos permite ainda assim atribuir ao mesmo uma outra função, a de documento histórico desde que seja feita um critica criteriosa de suas fontes, ou seja, esse recurso seria de fundamental importância nas aulas de História no sntido de possibilitar a inserção do aluno nas discussões ligadas as questões históricas, sendo assim , o cinema seria o veículo para que o aluno entrasse encontato com o que provavelmente teria acontecido, vale lembrar que a linguagem cinematografica lida com a representação do real.O historiador dever criterioso ao utilizar tal linguagem por se tratar de suas complexidades, levando em cosideração que nesse tipo de linguagem estão envolvidos diferentes pontos de vistas, por isso que não se tem uma única definição para tal tema,o que fica não é a questão de ter uma definição do venha a ser cinema, mas como o mesmo pode ser usado, como uma fonte que sirva de veículo para comprensão para determinados acontecimentos e comportamentos históricos como bem coloca Kornis,p.23é justamente essa condição que que o cinema deve assumir, de possibilitar a problematização de um tema que servirar de objeto a ser estudado.
Partindo dos pressupostos teóricos do autor Jean –Claude Bernadet onde ele aborda que cinema não tem uma definição precisa, mas que pode ser entendido por vários viés como: ritual, instrumento comercial, veículo de dominação de uma sociedade como também pode ser entendido como instrumento de estudo para compreender uma sociedade. Segundo ele: “A imagem cinematográfica também nos mostra as coisas em perspectiva e, por isso, ela corresponderia à percepção natural do homem”. (pag18). Sendo assim não significa dizer que, o que acontece na tela é o real, mas a reprodução da realidade. No entanto é preciso ter um olhar crítico ao analisar essas imagens, pois elas têm o poder de interferir e contribuir em uma sociedade de forma positiva e negativa. Dessa forma esse veículo de comunicação pode ser usado para introduzir um tema histórico, embora sabendo que essas imagens não é o real é uma possível representação do real. O autor traz a abordagem do cinema novo em que esse instrumento audiovisual permitiu que se estabelecesse com outros países um diálogo cultural, e para compreender melhor toma o Brasil como destaque com temas problematizadores como a miséria rural e urbana entre outros.
Segundo o autor, cinema é uma ilusão que afeta o imaginário popular ou de todos os fãs da tela cinematográfica como algo real. Esta questão de real ou ilusória, ao nosso ver é um fato para debate técnico por partes dos especialistas, por exemplo, se for fazer uma pesquisa entre os adeptos do cinema, provavelmente oitenta por cento diriam que o cinema é real, e talvez os entrevistados acrescentassem que o filme é inspirado em fatos reais ou quem sabe até acrescentassem, inspirado no fato histórico.
A forma que temos de olhar o cinema é um tanto subjetiva, o que interessa de fato ao espectador é a mensagem que o filme traz. Quem produz o filme se preocupa em prender atenção dos telespectadores, utilizando métodos que os deixem envolvidos na trama. Mediante as análises do autor Jean-Claude Bernadet analisa-se que o filme não é uma mera reprodução do real, quem o produz se preocupa nos aspectos sociais, políticos e culturais. A diferença entre o filme e uma história narrada em livros é a linguagem utilizada, ambos são de extrema importância para a construção histórica.
História e Cinema- IV semestre- Postado por Sr. Zorildo Batista de Figueredo.
O texto do autor Jean Claude Bernadet,”o que é cinema”. Mostra como cinema como um local para a exibição de um filme ou uma grande industria de comunicação.cabe o leitor formular seu conceito a respeito do que é cinema. O cinema é uma construção de imagens, a partir de várias figuras que é projetada através de uma câmara, que captura as ações interligam e dão movimento a uma história que pode ser fictício e baseado no real. No início era encarado como o real pois o tamanho das imagens dava essa impressão do real,contudo o cinema não é apenas um ambiente,ou sala em que iremos ver uma narrativa através de imagens e símbolos. É o conjunto, pois depende de um especialista que escreve a história, um elenco para fazer as representações. Mas por trás do resultado dessa produção existe uma empresa de comunicação, diversão e trabalho. Com objetividade consegue atingir seu publico alvo, por meio de análise da crítica se propaga através da distribuição entre países, estados como também unidades para revenda . O uso do cinema por parte dos historiadores ele poderá trabalhar as linguagens, a construção de uma imagem ou personagem, o perfil que o autor trás de determinada sociedade, a cultura daquelas pessoas,o período em que o autor trás a narrativa. Somente não pode usar como fonte histórica, pois nem se Essa ilusão de verdade, que chama impressão de realidade, foi provavelmente a Base do grande sucesso do cinema. O cinema dá a impressão de que é a própria vida que vemos na tela, brigas verdadeiras, amores verdadeiros. Mesmo quando se trata de algo que sabemos não ser verdade,sempre o escritor tem a orientação de um profissional da área de história.
Definir o que é cinema é algo complexo, pois o cinema consiste em um ritual, que envolve telespectador, produção e comercialização de um filme, local para que esse filme seja exibido, entre outras coisas. Jean- Claude Bernardet escreve esse rito e a sua complexidade, no livro o que é cinema. Podemos perceber a complexidade do cinema através de alguns aspectos, como: a percepção através da lente de uma câmera de um determinado movimento, dos aspectos cotidianos da vida. Com o passar do tempo e dos melhoramentos feitos, percebeu-se que essa imagem poderia ser não apenas filmada, mais construídas, é justamente ai que entra o papel da dramaturgia. Com a industrialização do cinema, ele ganha novos aspectos e passa a ser produzido com o intuito de comercialização, até chegar às salas de cinema e até ter o interesse do telespectador, esse filme passa por um longo processo. O cinema de longa ou de curta metragem e os documentários são instrumentos de grande importância para as pesquisas históricas, pois de certa forma, retrata a história, e os aspectos da sociedade que o produziu. Todavia a pesquisa relacionada ao cinema deve se pautada por empiria e teoria, pois os filmes não detêm uma verdade absoluta. No entanto não podemos negar a importância desse tipo de material, não somente para a pesquisa histórica, mais também no contexto educacional, sendo utilizado como material de suporte nas aulas.
A imagem filmica é contituída de fotografias rapidamente sequenciadas dando uma impressão de movimento. é importante assinalar que nem sempre o cinema foi um documento válido para os historiadores. Ele foi, durante muito tempo, considerado extremamente subjetivo pelo fato de existir uma clareza no sentido da manipulação que a linguagem escrita esconde. Diante disso, o filme foi deixado de lado para os "historiadores do subúrbio", sentenciado a fixar-se como um meio de entretenimento. Entretanto, o historiador Marc Ferro evidencia que o cinema é importante elemento de análise da sociedade. Nele está contido toda uma rede de relações sociais que exemplificam um determinado perfil a partir de um recorte geográfico e cronológico. Portanto, se o filme é um recorte da sociedade é, também, um documento histórico válido e essencial para refletir acerca das diversas experiências do homem.
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ResponderExcluirSegundo Jean-Claude Bernadet é impossível responder com certeza a esta pergunta tão impertinente. Mas, ainda de acordo com o mesmo, cinema é um ritual, o qual envolve vários elementos diferentes, aquele que se tornou o maior triunfo do universo cultural, o criador de ilusões, que envolve os telespectadores, fazendo com que as pessoas se realizem através dos personagens(alienação).
ResponderExcluirCinema é ainda, uma mercadoria abstrata. Abstrata porque o telespectador compra a entrada para uma sessão do cinema antes de conhecer e sem poder "testar" o filme. E, assim como toda mercadoria, o produto final, também tem de percorrer um trajeto.
Como o filme é uma construção histórica pode ser utilizado pretensamente como fonte de conhecimento da história. Os anos 60 marca o enquadramento da Nouvelle historie na Escola dos Annales que traz um interesse pela história das mentalidades, onde a iconografia aparece como fonte fundamental. A partir desse momento, pelo fato de ser um meio pelo qual a história é registrada e também pelo seu caráter educativo, houve um interesse em preservar esses materiais. Assim, os estudos de cinema e história passou a ser interessante no campo das ciências sociais e humanas.
Segundo Mônica Almeida Kornis, em Cinema, Televisão e História, o registro visual é importante pois, trouxe a possibilidade de transformar um certo momento em documento histórico e é um meio pelo qual a história é registrada. O historiador pode se utilizar dessa fonte, mas isso não garante uma verdade absoluta.
Acredito que o filme, pode contribuir muito no campo histórico e ajudar aos historiadores nas suas pesquisas, reforçando ou negando-as, mas, ele não pode ser utilizado por si só. Deve haver uma pesquisa teórica e empírica, e assim como todo documento histórico é necessário ainda um estudo para analisar a veracidade (subjetividade/objetividade) dessa fonte.
Janaina Lais Amorim
Definir o que é cinema é um passo fundamental para utilizá-lo com documento histórico. Embora atribuir um conceito ao cinema seja uma tarefa, segundo Jean- Claude Bernardet, problemática, tentarei aqui caracterizá-la e apartir desse ponto destacar a relevância do seu uso para a história.
ResponderExcluirFilmes, curtas e documentários constituem-se como principais objetos das produções cinematográficas, sendo os filmes os mais exibidos e comentados. Este consiste em uma sequência de imagens que são transmitidas ao telespectador.
Histórias verídicas ou fictícias, desenhos, contos de fadas, grandes épicos, dramas são um dos principais estilos cinematográficos, estes têm a capacidade de despertar as diversas emoções humanas e talvéz seja por isso que exerce tanto fascínio aos telespectadores.
O cinema está associado à indústria do entretenimento, principalmente no que tange à sua capacidade de criar produções para um público diversificado. Por isso é considerado uma mercadoria.
Ultimamente historiadores têm discutido o uso dos filmes como forma de aprendizado e objeto de estudo, porém esses profissionais sabem o cuidado que deverão ter ao utilizar o filme, pois como todo documento, está sujeito à subjetividade,uma vez que é uma produção realizada pelo ser humano, um ser possuidor de valores e concepções que acabam se refletindo em suas obras. Os acontecimentos e fatos históricos não podem ser recriados em um laboratório.
A história estuda o passado a luz do presente, assim uma obra cinematográfica que retrata os eventos ocorridos em um período remoto e que tenta transmitir os valores de uma época carrega consigo, como toda obra de história, as inquietações da conjuntura na qual é realizada, por isso uma avaliação rigorosa torna-se necessária. Os filmes são muito importantes, não devemos descartá-lo, pois é através da sua bubjetividade que podemos avaliá-lo como um instrumento de construção histórica.
Cinema é uma arte criada a partir do aperfeiçoamento do uso de lentes que outrora eram usadas para outros fins, mas que por a percepção de Georges Méliès veio a ser utilizada para capturar cenas da própria vida e que após acréscimos e melhoramentos pode, com ajuda da dramatização, expor em telas a "realidade."
ResponderExcluirPara historiadores o cinema é um dos recursos utilizados para se documentar a história, mas com o agravante de ter que ser muito bem analisado, pois os mesmos argumentam sobre a incapacidade de o cinema conseguir captar a realidade de um fato por ocasião da subjetividade e alguns outros fatores que o impede de retratar um fato com fidelidade, já que produtores e diretores de filmes não tem a obrigação e compromisso com o real, porque tal arte é movimentada pelo romantismo.
Todavia o cinema pode sim ser utilizado por historiadores como documentação histórica, contanto que estes utilizem outros recursos para a pesquisa de um fato ou acontecimento em determinado período.
Cinema é uma mercadoria singular, abstrata, na qual uma vez vendida o bilhete e começado a seção, tal mercadoria não pode mais ser vendida.
ResponderExcluirSegundo Jean Claud Bernadet, cinema é a mais pura representação do real, na qual aparentemente não há um escritor, como aparece claramente nos livros, nas obras de arte e outros. Conforme o autor, como o filme não foi produzido por alguém, ele é tido como algo real, servindo de instrumento de alienação, pois os telespectadores assistem as produções cinematográficas como algo real, imbuídos de verdade imutáveis, afinal para os mesmos (público) não há subjetividade, ninguém está dizendo algo, mas é uma verdade que aparece diante destes.
Para Bernadet o cinema é um instrumento de alienação, pois o publico o ver como algo real, mas este foi produzido por alguém ( o diretor) que depositou em seus filmes sues sonhos, anseios, ideologias e outros. Logo o filme é uma produção subjetiva.
Com a ampliação da noção de documento da revista dos annales em 1929, tendo como mentores Marc Bloc e Lucien Lefbrve, o cinema passou a ser visto como documento, pois ele descreve uma dada realidade em uma determinada época tal como: os valores, costumes, ideologias e...Todavia é necessário que os historiadores os aborde com cuidado, criticidade, com um ar investigativo, pois foram produzidos por alguém e por isso dotado de ideologias.
Graziele maia
Cinema é a reprodução da vida real. Não é uma arte qualquer, ela produz ilusão, a sensação de que o que se passa na tela é a pura realidade ocasionando alienação, pois as ao assistir um filme os telespectadores não visualizam o autor como em outras artes como a literatura e etc. A produção cinematográfica é tida como algo real sendo muitas vezes usada como instrumento de persuasão. Para tal sensação de realidade o cinema vem se atualizando desde a linguagem, a posição das câmaras, atores até a “ausência” de cortes.
ResponderExcluirO cinema é uma mercadoria que não se estoca. Todavia o cinema não é realidade, mas só a reprodução da vida real, pois, tem um autor ou seja, uma um diretor, que deposita nos filmes suas fantasias, anseios e ideologias.
O cinema é uma linguagem artística moderna que assentou-se no início do século XX, de origem européia, antes a máquina era projetada com um fim científico e somente no fim do século XIX a partir sobretudo, dos desenvolvimentos de Lumirière e que teve sua primeira exibição em cinma em 28 de dezembro de 1895 por Georges Meliès.
ResponderExcluirA novidade artística cinematográfica residia no movimento da imagem e na sensação de ilusão e ‘representação do real’ que era proporcionada pela câmara e exibida no cinema para milhares de expectadores por todo o mundo. Além disso, a impressão de imparcialidade e neutralidade do artista frente a sua arte era uma característica na qual essa corrente tentava solidificar com a ajuda, em alguns casos, de poderes ideológicos, políticos, econômicos e socioculturais em certos contextos na qual com a ajuda do cinema pretendiam a introduzir um domínio pela informação.
Vida, real, amores, cotidiano, guerras e visões ideologicamente dominadoras, agora entretêm, doutrinavam e impressionavam pessoas que viam no cinema a expressão fidedigna do real, na qual poderia como num passe de mágica os seduzirem como um doce sonho.
Jean Claude Bernadet percebe em seu livro ‘O que é cinema?’, a criação, desenvolvimento e sedimentação do cinema desde o fim do século XIX ao longo do XX, em paralelo com a dominação burguesa, que não só tratou de dar ao cinema sua semelhança estético/cultural, como facilitaram em seu processo de dominação e acumulação do capital.
Além disso, é destrinchado todo o processo de criação do cinema desde a criação do roteiro, elenco, montagem da equipe, montagem das câmaras e técnicas de filmagem, financiamento dos filmes e distribuição, compra pelo exibidor até finalmente chegarem ao espectador em um cinema.
No viés do cinema como agente representativo da História, podemos usá-lo apreendendo seu caráter histórico no qual os filmes retratam, analisando o contexto no qual o filme aborda, tema a mensagem histórica, e lançando criticas se necessário para a amplitude e melhor aperfeiçoamento do trabalho. Os historiadores, entretanto, devem estar atentos ao fato do cinema não deixar de ser carregado de uma visão do autor, além de uma série de fatores que o influenciam, assim faz-se necessário uma crítica acerca do filme, da sua mensagem, e da visão em que o autor poderia forçar.
O Cinema é uma expressão de montagem que se relaciona com a fotografia já que trata-se de imagens, porém, o cinema trabalha com imagens em movimento fazendo recortes do que realmente quer mostar.
ResponderExcluirO Cinema é uma arte criada pela burguesia que durante o seu surgimento e por quase um século era frequentada nas cinematecas pela elite. Esta arte foi criada com a intenção de dominação ideológica, produzindo um ilusionismo ao telespectador, fazendo ele pensar que está diante da mais pura realidade, é esta simulação da verdade que faz o cinema ter sucesso ao longo do tempo e se tornar mercadoria que para Jean Bernadet é uma mercadoria abstrata.
Na verdade, o cinema se sustenta em três idéias cruciais: a de movimento, a de tamanho real e de perspectiva, no qual nesse conjunto de ideias é que forma a ideia na cabeça do telespectador de que ele está diante de uma realidade transmitida.
Para os historiadores e historiadoras, o cinema pode ser utilizado como fonte de conhecimento da história, porém esta é uma arte complexa que pode ser estudada de forma interdisciplinar.
No campo da história,o filme pode ser um documento de análise das sociedades, de forma que ajuda a compreender os costumes, tradições seguidas por uma determinada sociedade.
Enfim, para quem estuda história, a arte do cinema é crucial como forma de compreender a escrita da história por narrativas audiovisuais, logo, o historiador pode utilizar dessa fonte, porém, não deve se prender a ela, pois o filme não garante uma verdade absoluta.
Ao analisar um filme, os historiadores devem está atentos que por trás de toda cena está presente as ideologias do diretor do filme.
Se me perguntassem o que é cinema, eu diria que cinema é uma sala em algum shopping Center, que passa filmes em uma tela imensa, ou seja, somente uma sala, na qual, projeta-se o filme. Simples assim! Digo em algum shopping, porque é a única referência que tenho, pois, não sou da época dos cinemas de bairro e, não me passaria pela cabeça em fazer referência a eles em minha resposta. No entanto, depois de ler Que é cinema de Jean-Claude Bernadet e, Cinema, Televisão e História de Mônica Almeida Kornis, minha resposta a essa pergunta teria alguns elementos novos. Na pior das hipóteses, eu pensaria mais antes de tentar responder (como estou fazendo agora).
ResponderExcluirPensar em cinema é pensar, como pretende Bernadet, em toda a complexidade que está contida na exibição do filme; é pensar nas etapas, desde a escolha do cinema, ao filme a ser visto. Esse filme é, antes, escolhido por alguém para passar primeiro em determinado cinema. Um exemplo é que os filmes que estréiam nas grandes capitais, primeiro são reproduzidos em cinemas mais sofisticados, por isso mais caros. Em Salvador, os filmes são exibidos primeiro no Iguatemi, Lapa, Barra e Piedade, e, só depois, vão, por exemplo, para o Shopping Ponto Alto.
Nesse sentido, estão envolvidos ai, sem que percebamos, interesses econômicos por partes dos distribuidores de filmes e dos donos de Cinema (enquanto simplesmente uma sala de projeção). A escolha, por parte do público, por sua vez, se analisada por um especialista (história das mentalidades?), daria informações preciosas quanto aos gostos, às predileções etc. No Brasil, por exemplo, tem surgido e tendo êxito os filmes que retratam a “realidade”, o “cotidiano” de policiais e bandidos em suas mais diversas relações: quando não num jogo de “polícia e bandido”, num jogo de afinidades, qual seja, a busca pelo dinheiro que determinada atividade criminosa vai proporcionar.
Os programas de televisão, por sua vez, têm apostado nessa vertente criminal. Quase todos os estados brasileiros têm o seu comparativo, o seu similar do “programa do bocão”. Quem influência quem? Os programas de televisão fazem com que o cinema aposte nesta verve ou, pelo contrário, os programas televisivos são influenciados pelo cinema (enquanto produtor e reprodutor de ideologias? Talvez, ainda, ambos sejam condicionados por relações sociais que, indiferente a eles (mais ao cinema do que à televisão, por esta ser mais popular, como diz Kornis), moldam as produções artísticas. Um bom exemplo disso, poder ser o interesse cada vez maior das produções acadêmicas com relação ao mundo do trabalho: os movimentos sociais fizeram e fazem por onde serem vistos e analisados, mostrando-se, assim, como determinantes e várias situações.
Com base no entendimento que tive dos textos discutidos até agora em sala de aula, não resta dúvida que, tanto o Cinema quanto a televisão podem ser usados enquanto documento. O problema, ou melhor, a questão, é saber como, quando e para quê utilizá-los. Nesse sentido, diversos debates foram realizados, de modo a elucidar questões pertinentes ao uso desses materiais cinematográficos. Se são, de fato, representações do real e, se deles, nos utilizamos (enquanto sujeitos históricos, ou seja, como construtores da história) para nos representarmos e, representar a nossa realidade, então são, na pior das hipóteses, o que gostaríamos que o mundo fosse. ( essa idéia está meio confusa, mas algo similar é possível encontrar no prefácio de “A história cultural” do historiador francês Roger Chartier).
Esses materiais Cinematográficos são, assim, carregados de símbolos, cujos significados devem ser buscados. As pinturas rupestres são, inegavelmente, uma fonte de informações de tempos remotos, porque o cinema não o seria? Todas as formas de representar o real são carregadas de subjetividade e de objetividade. É preciso, se possível, delimitar onde começa uma e termina a outra.
A princípio Jean claude Bernardet coloca cinema como um ritual complexo, no qual estão envolvidos muitos outros elementos que passam a nossa revelia,elementos esses que vai além de um simples ritual, o que esta implicito é que ele se constitui de uma complexa máquina, um artífio comercial poderoso, no qual também pode ser usado para dissiminar ideologias no sentido de fazer com que pensemos que o que vimos na tela seja exatamente a realidade.
ResponderExcluirOu seja são inumeras as questões ligadas ao tema cinema, o que nos permite ainda assim atribuir ao mesmo uma outra função, a de documento histórico desde que seja feita um critica criteriosa de suas fontes, ou seja, esse recurso seria de fundamental importância nas aulas de História no sntido de possibilitar a inserção do aluno nas discussões ligadas as questões históricas, sendo assim , o cinema seria o veículo para que o aluno entrasse encontato com o que provavelmente teria acontecido, vale lembrar que a linguagem cinematografica lida com a representação do real.O historiador dever criterioso ao utilizar tal linguagem por se tratar de suas complexidades, levando em cosideração que nesse tipo de linguagem estão envolvidos diferentes pontos de vistas, por isso que não se tem uma única definição para tal tema,o que fica não é a questão de ter uma definição do venha a ser cinema, mas como o mesmo pode ser usado, como uma fonte que sirva de veículo para comprensão para determinados acontecimentos e comportamentos históricos como bem coloca Kornis,p.23é justamente essa condição que que o cinema deve assumir, de possibilitar a problematização de um tema que servirar de objeto a ser estudado.
Partindo dos pressupostos teóricos do autor Jean –Claude Bernadet onde ele aborda que cinema não tem uma definição precisa, mas que pode ser entendido por vários viés como: ritual, instrumento comercial, veículo de dominação de uma sociedade como também pode ser entendido como instrumento de estudo para compreender uma sociedade. Segundo ele: “A imagem cinematográfica também nos mostra as coisas em perspectiva e, por isso, ela corresponderia à percepção natural do homem”. (pag18). Sendo assim não significa dizer que, o que acontece na tela é o real, mas a reprodução da realidade.
ResponderExcluirNo entanto é preciso ter um olhar crítico ao analisar essas imagens, pois elas têm o poder de interferir e contribuir em uma sociedade de forma positiva e negativa. Dessa forma esse veículo de comunicação pode ser usado para introduzir um tema histórico, embora sabendo que essas imagens não é o real é uma possível representação do real. O autor traz a abordagem do cinema novo em que esse instrumento audiovisual permitiu que se estabelecesse com outros países um diálogo cultural, e para compreender melhor toma o Brasil como destaque com temas problematizadores como a miséria rural e urbana entre outros.
Por Sr. Zorildo Batista,
ResponderExcluirSegundo o autor, cinema é uma ilusão que afeta o imaginário popular ou de todos os fãs da tela cinematográfica como algo real. Esta questão de real ou ilusória, ao nosso ver é um fato para debate técnico por partes dos especialistas, por exemplo, se for fazer uma pesquisa entre os adeptos do cinema, provavelmente oitenta por cento diriam que o cinema é real, e talvez os entrevistados acrescentassem que o filme é inspirado em fatos reais ou quem sabe até acrescentassem, inspirado no fato histórico.
A forma que temos de olhar o cinema é um tanto subjetiva, o que interessa de fato ao espectador é a mensagem que o filme traz. Quem produz o filme se preocupa em prender atenção dos telespectadores, utilizando métodos que os deixem envolvidos na trama. Mediante as análises do autor Jean-Claude Bernadet analisa-se que o filme não é uma mera reprodução do real, quem o produz se preocupa nos aspectos sociais, políticos e culturais. A diferença entre o filme e uma história narrada em livros é a linguagem utilizada, ambos são de extrema importância para a construção histórica.
História e Cinema- IV semestre-
Postado por Sr. Zorildo Batista de Figueredo.
O texto do autor Jean Claude Bernadet,”o que é cinema”.
ResponderExcluirMostra como cinema como um local para a exibição de um filme ou uma grande industria de comunicação.cabe o leitor formular seu conceito a respeito do que é cinema.
O cinema é uma construção de imagens, a partir de várias figuras que é projetada através de uma câmara, que captura as ações interligam e dão movimento a uma história que pode ser fictício e baseado no real. No início era encarado como o real pois o tamanho das imagens dava essa impressão do real,contudo o cinema não é apenas um ambiente,ou sala em que iremos ver uma narrativa através de imagens e símbolos. É o conjunto, pois depende de um especialista que escreve a história, um elenco para fazer as representações. Mas por trás do resultado dessa produção existe uma empresa de comunicação, diversão e trabalho. Com objetividade consegue atingir seu publico alvo, por meio de análise da crítica se propaga através da distribuição entre países, estados como também unidades para revenda .
O uso do cinema por parte dos historiadores ele poderá trabalhar as linguagens, a construção de uma imagem ou personagem, o perfil que o autor trás de determinada sociedade, a cultura daquelas pessoas,o período em que o autor trás a narrativa. Somente não pode usar como fonte histórica, pois nem se
Essa ilusão de verdade, que chama impressão de realidade, foi provavelmente a
Base do grande sucesso do cinema. O cinema dá a impressão de que é
a própria vida que vemos na tela, brigas verdadeiras, amores verdadeiros.
Mesmo quando se trata de algo que sabemos não ser verdade,sempre o escritor tem a orientação de um profissional da área de história.
silvana
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirDefinir o que é cinema é algo complexo, pois o cinema consiste em um ritual, que envolve telespectador, produção e comercialização de um filme, local para que esse filme seja exibido, entre outras coisas. Jean- Claude Bernardet escreve esse rito e a sua complexidade, no livro o que é cinema.
ResponderExcluirPodemos perceber a complexidade do cinema através de alguns aspectos, como: a percepção através da lente de uma câmera de um determinado movimento, dos aspectos cotidianos da vida. Com o passar do tempo e dos melhoramentos feitos, percebeu-se que essa imagem poderia ser não apenas filmada, mais construídas, é justamente ai que entra o papel da dramaturgia. Com a industrialização do cinema, ele ganha novos aspectos e passa a ser produzido com o intuito de comercialização, até chegar às salas de cinema e até ter o interesse do telespectador, esse filme passa por um longo processo.
O cinema de longa ou de curta metragem e os documentários são instrumentos de grande importância para as pesquisas históricas, pois de certa forma, retrata a história, e os aspectos da sociedade que o produziu. Todavia a pesquisa relacionada ao cinema deve se pautada por empiria e teoria, pois os filmes não detêm uma verdade absoluta. No entanto não podemos negar a importância desse tipo de material, não somente para a pesquisa histórica, mais também no contexto educacional, sendo utilizado como material de suporte nas aulas.
A imagem filmica é contituída de fotografias rapidamente sequenciadas dando uma impressão de movimento. é importante assinalar que nem sempre o cinema foi um documento válido para os historiadores. Ele foi, durante muito tempo, considerado extremamente subjetivo pelo fato de existir uma clareza no sentido da manipulação que a linguagem escrita esconde. Diante disso, o filme foi deixado de lado para os "historiadores do subúrbio", sentenciado a fixar-se como um meio de entretenimento.
ResponderExcluirEntretanto, o historiador Marc Ferro evidencia que o cinema é importante elemento de análise da sociedade. Nele está contido toda uma rede de relações sociais que exemplificam um determinado perfil a partir de um recorte geográfico e cronológico.
Portanto, se o filme é um recorte da sociedade é, também, um documento histórico válido e essencial para refletir acerca das diversas experiências do homem.
Alisson Chagas