quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Aula 02 - Reprodução do real: cinema e realidade.

Por favor, comentem a afirmativa abaixo: (Apenas para os discentes do quarto semestre)

O cinema é a mais pura reprodução da vida real. É a perfeição da objetividade, desprovida de mãos e opiniões humanas.

15 comentários:

  1. O cinema chega a ser tão pleno que os telespectadores acreditam na sua objetividade e na veracidade das cenas, é a impressão da realidade, a ilusão de verdade. Há nos filmes uma série de elementos, conceitos construídos pela indústria cinematográfica, que faz com que acreditemos que de fato ele é objetivo.
    O discurso pertinente, a força dos detalhes, a sonoplastia, o tamanho da tela, o processo de montagem que nos apresenta uma continuidade, o movimento, a ocultação do autor, diretor, roteirista, são alguns dos elementos que nos fazem acreditar que o cinema retrata a vida, tal como ela é.
    Esta é a perfeição da sétima arte, fazer acreditar que a realidade está em cena. Que não há nenhuma interferência, que a verdade é esta apresentada. E esse "pensamento" ganha força com o uso de artifícios, a narrativa fica mais forte para poder então se mostrar como fruto de uma realidade.
    Tanto que no século XIX - busca pelo movimento - o cinema se caracteriza como representação da vida. E à medida que ele vai se aperfeiçoando, vai se tornando mais "real".

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  2. Durante muito tempo, ao filme foi atribuido ser uma representação fiel da vida real, principalmente por causa do principal aspecto que o difere da fotografia, a mobilidade. Esta foi fruto de inúmeras tentativas dos cinematógrafos de criar imagens que se aproximasse da realidade, a ilusão ou a impressão da realidade. Uma outra tentativa dos cinematógrafos para dar um aspecto verídico aos filmes foi ocultar o narrador, o que contribuiu para que o telespectador, ao ver um filme, tenha a impressão de assistir uma realidade. Outros artificios também são de suma importância: a idéia de continuidade, a perspectiva da imagem e do tamanho real, além da sonoplastia para demonstrar os sentimentos que se passam na vida dos personagens, constituem-se como artifícios para aproximar a ficção da realidade.
    Ao observar a cosntrução de um filme deve ser levado em consideração as pessoas que estão por trás da sua produção. O filme é uma cosntrução de muitas pessoas, portanto um ponto de vista. Uma transmissão de valores. São todas essas características que afastam o filme de qualquer caráter objetivo.

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  3. O CINEMA NÃO PODE EM HIPÓTESE ALGUMA SER VISTO EM SI MESMO COMO REPRODUÇÃO DA REALIDADE POIS ESTÁ CARREGADO DE SUBJETIVIDADE TANTO NO TRABALHO DE UM PRODUTOR, OU DE UM DIRETOR, COMO NO TRABALHO DAS PESSOAS QUE CUIDAM DA ILUMINAÇÃO E DAS CÂMERAS E ATÉ NA ATUAÇÃO DOS ATORES. CADA UM DESSES PROFISSIONAIS INTERFEREM DE ALGUMA FORMA NO CONTEXTO E O CINEMA POR MAIS QUE TAIS PROFISSIONAIS TENTEM NÃO SERÁ OBJETIVO.

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  4. Segundo Jean Claud Bernadet, cinema é a pura representação da realidade, na qual aos olhos dos telespectadores é totalmente desprovida de mãos humanas, pois ao contrario de outras obras, como na literatura, no filme não aparece explicitamente o autor, ou seja na literatura há um narrador, autor, alguém diz algo e no cinema a verdade é meramente explicita, ninguém diz nada, a verdade aparece diante dos olhos do publico. Essa falsa impressão de realidade faz com que a indústria cinematográfica seja um importante meio de alienação, afinal o cinema é tido como verdade absoluta. O que não é verdade pois, os filmes são produzidos por alguém( o diretor e sua equipe), logo é dotado de subjetividade, visto que este deposita nos seus filmes suas fantasias, anseios e ideologia. A industria cinematografica tenta imitar o maximo a realidade desdea posição das camâras até o uso dos sons.

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  5. O que è cinema?
    Bernardet sugere algumas reflexões sobre a importância do cinema e o seu uso como um veiculo de massa com o poder de manipular seu público seja política social ou ideologicamente falando.
    O cinema tem a capacidade de capturar o movimento algo bem perseguido por artistas de épocas distintas. Os irmãos Lumiére não imaginaram que o “cinematographo” fosse fazer tanto sucesso, pois o aparelho a principio havia sido criado para realização de pesquisas dos movimentos.
    Bernardet, afirma que o cinema é a realidade, porém a sua interpretação é o que diferencia porque a realidade não se expressa sozinha na tela. A rentabilidade da indústria cinematográfica, diversos fatores devem ser considerados ao analisarmos essa fantástica indústria de reprodução da realidade.
    Para Kornis, é muito importante analisar a linguagem do cinema e da televisão em toda a sua diversidade para ajudar na compreensão da escrita da historia por meio de narrativas audiovisuais.
    O cinema não é apenas uma forma de entretenimento é também uma forma tecnológica complexa que envolve questões políticas econômicas e sociais pode e na maioria das vezes tem a intenção de manipular. Por ter o poder de expressar a realidade mesmo quando há a possibilidade de gerar várias interpretações.

    Rita de cassia Santos Silva

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  6. Segundo Jean Claude Bernadet, a produção cinematográfica na concepção dos telespectadores não há mãos humanas, totalmente objetiva, pois o objetivo da cinema é reproduzir ao máximo a vida real deste a escolha da posição das câmaras até a posição dos atore e o uso dos sons. Tudo na tentativa de passar a ideias de realidade e consegue, visto que a “verdade” aparece aos olhos do publicas, na qual ninguém esta falando, mas é algo que o publico ver.
    Na realidade o cinema é repleto de ideologia pois é escrito por alguém que é dotado de ideologias e intencionalidade. Todavia o cinema pode ser usado pelos historiadores como documento visto que representa a realidade, o modo de vida de determinada sociedade em uma determinada época, porém é necessário que o historiador tenha cuidado ao abordar esses documento pois eles veem imbuídos de ideologias

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  7. Segundo Jean Claude Bernadet, a produção cinematográfica na concepção dos telespectadores não há mãos humanas, totalmente objetiva, pois o objetivo da cinema é reproduzir ao máximo a vida real deste a escolha da posição das câmaras até a posição dos atore e o uso dos sons. Tudo na tentativa de passar a ideias de realidade e consegue, visto que a “verdade” aparece aos olhos do publicas, na qual ninguém esta falando, mas é algo que o publico ver.
    Na realidade o cinema é repleto de ideologia pois é escrito por alguém que é dotado de ideologias e intencionalidade. Todavia o cinema pode ser usado pelos historiadores como documento visto que representa a realidade, o modo de vida de determinada sociedade em uma determinada época, porém é necessário que o historiador tenha cuidado ao abordar esses documento pois eles veem imbuídos de ideologias.

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  8. Esta afirmativa é bastante impertinente.
    O grande objetivo da indústria cinematográfica é fazer os telespectadores acreditarem na objetividade e na veracidade das cenas, e isso é alcançado por muitos, pois a produção do filme utiliza-se de vários artifícios, desde a idéia de movimento, do tamanho da tela, até o uso da sonoplastia, além de ocultar o narrador da história, fazendo o público perceber o contexto do filme e tomar o que foi visto como verdade. Todos esses elementos é que produz a ilusão de verdade ao telespectador, deixando-o acreditar que o cinema é a perfeição da objetividade, que não há nenhuma interferência e o que está sendo mostrado é a mais pura realidade.
    Porém, diante de toda ilusão de verdade a qual é transmitida diante ao telespectador, deve-se observar a presença de pessoas que estão por trás de toda a produção do filme, logo este é dotado de subjetividade, portanto, de vários pontos de vista, repleto de ideologias e intencionalidades.

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  9. Essa afirmativa é sem dúvidas a mais pura confirmação do poder que o cinema exerce no telespectador, toda produção cinematografica tem uma intenção que não vem explicitada, seu poder é tão forte que faz com que nos leve a pensar o cinema como a cópia fiel da realidade,faz que acreditemos que não tenha nenhuma interfência, que ali está a realidade tal como ela é, como você irá questionar o que está a frente dos seus olhos, o que está ali é o "real" é inquestionável.Esse é o objetivo da indústria cinematográfica que o cinema seja visto como o meio de reprodução da vida e, assim através dessa inteção se tem uma reprodução de idéias, conceitos de que a vida é de tal forma como vista nas telas dos cinemas e não como uma pxpressão do que provavelmente tenha sido, é ai que entra a postura crítica do uso dessa linguagem, de tratar cinema não como a reprodução da vida mas sim como a representação do que por ventura provavelmente tenha acontecido.

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  10. É indubitável que o cinema seja uma reprodução da vida,embora percebido pelo olhos dos criticos que não é a vida real,os telespectadores acreditam que essa concepção seja desprovida das mãos humanas,mas Jean Claude Bernadet,traz essa abordagem de forma bem clara e totalmente objetiva na questão a essa temática .Portanto o cinema passa a ser um importante documento para os historiadores, que se apropria desse mecanismo para passar informações e emoções, visto que os telespectadores acreditam na objetividade e na veracidade das cenas muitas vezes fortes que são produzidas e direcionadas ao público.É preciso cuidado para que essa falsa impressão da realidade não se torne um forte meio para a alienação.

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  11. Por Sr. Zorildo Batista,

    O autor Jean Bernardet começa sua abordagem destacando o ritual que o consumidor ou espectador segue para assistir a um filme, (bilheteria, propaganda por partes das empresas, ou antes, da exibição do filme, os chamados thriller). Segundo as observações de Lumiére cinema era utilizado especificamente para pesquisa cientifica, mas com o decorrer do tempo o mesmo conquistou um espaço bastante significativo.

    Cinema, não é muito fácil de dar uma definição exata, diríamos que cinema para uns é diversão ou lazer, para outros é arte e cultura e para alguns é uma narrativa histórica no tempo e no espaço. Definir o que é cinema de forma acentuada é praticamente impossível, analisou-se que o autor Jean Claude Bernardet fez suas breves colocações sobre o cinema sem deixar uma definição exata. No campo da História, diríamos que é uma matéria interdisciplinar da mesma, porque o cinema está no tempo, no espaço, na política, na economia e envolve várias classes da sociedade.

    Dessa forma é percebível que o cinema mesmo com suas diversas formas de representar a idéia do real faz parte da história, como afirma o autor Jacques Le Goff toda atividade humana é considerada história. Vale ressaltar que a relação História-Cinema advêm dos estudos de um dos principais autores da terceira geração da escola dos annales Marc Ferro, conhecido por ter sido o pioneiro, no universo historiográfico, a teorizar e aplicar o estudo da chamada relação cinema-história.

    História e Cinema, IV semestre-
    postado por Sr. Zorildo Batista de Figueredo.

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  12. É justamente assim que muitas pessoas ainda enxergam o cinema, como a perfeita reprodução da realidade, e esse é o intuito do cinema, parecer o mais real possível. Jean Claude Bernardet, fala no seu livro: O que é cinema?, que provavelmente essa impressão de realidade que o cinema provoca, fez com que ele tivesse tanto sucesso.
    A indústria cinematográfica, através dos seus múltiplos elementos, como a sonoplastia, a ocultação das pessoas responsáveis pela produção do filme e o movimento, fez com que achássemos que o filme é real, objetivo.
    No entanto é importante levarmos em consideração que o filme reproduzido no cinema, é feito pela mão humana, é uma construção realizada por diversas pessoas. Por mais que o filme tente reproduzir um determinado acontecimento, nunca será como realmente aconteceu, sempre escapará um detalhe ou outro, pois o homem manipula as imagens, e escreve para os personagens segundo a sua ótica, enfocando o que acredita ser mais importante. Todo esse processo de construção vem marcado pelo tempo em que o filme esta sendo produzido. Por esses motivos, existe uma grande subjetividade nos filmes.

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  13. A afirmativa acima cai por terra ao entender que o cinema seria uma cópia fiel da realidade. Apreender a linguagem fílmica como verdade absoluta é, no mínimo, inocente. Para Rosestone um filme é uma representação e não pode ser entendido como uma verdade absoluta. Pois o passado, tal como ocorreu, está irremediavelmente perdido.
    Marc Ferro deu significativa contribuição para a história concebendo o filme como documento histórico. Mas, ao mesmo tempo em que entendia o filme como um instrumento de análise, Ferro apontava que o filme expressa uma realidade como ela é. Assim, o cinema foi tido como uma linguagem fidedigna a realidade.
    Entretanto, para Marcos Napolitano, o filme não é uma verdade absoluta e concreta, pois o concreto é inapreensível e qualquer tentativa de chegar até ele será mera perca de tempo. As imagens são montadas, escolhidas a dedo e dispostas com base na intenção do diretor e autor. Assim como a linguagem escrita deve passar pela crítica documental a linguagem fílmica também passará pelos mesmos caminhos, individualizando, é claro, sua especificidade.

    ALISSON CHAGAS

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