Trata-se de mais um instrumento de divulgação dos debates feitos pelos discentes do curso de História da Universidade do Estado da Bahia - através da ação do Núcleo de Estudos Africanos.
quinta-feira, 4 de outubro de 2012
Para os discentes de Conceição do Coité - Aula II.
Obrigado pela qualidade da aula que tivemos no último dia 04/10. É muito gratificante estar em uma sala de aula na companhia de discentes que lêem, discutem e interagem. Você estão de parabéns!!!
Conforme observamos em nosso último encontro, o continente africano foi objeto de diferentes representações. A maior parte destas contribuiu para a consolidação de visões bastante negativas, sobretudo no senso comum. A África como sinônimo de florestas, povos primitivos e animais exóticos por um lado, e a África como o lugar da fome, miséria, guerras, AIDS, corrupção, por outro. O que significam estas imagens mediante o confronto com a África descrita e explicada pelos estudiosos, notadamente os historiadores? É possível definir a África a partir destas representações?
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Quando estuda-se a fundo a história do continente africano e observa-se o seu quadro geopolítico de forma mais crítica,é possível tirar esse conceito devido a sua alta pluralidade étnica entre os seus países,além claro das grandes reservas naturais que abriga boa parte dos países,passando pelas culturas existentes que batem de frente com as grandes civilizações da Ásia e da Europa
ResponderExcluirEm sumo mesmo observando os graves conflitos e as grandes epidemias vivenciadas pelo continente,é notório avaliar que faz-se de uma fração do continente diferentemente da maioria dos países que vivem uma relativa ou total estabilidade política e econômica.
Texto de Luan Roberto
Texto de Táfila Sinara dos Santos Santana:
ResponderExcluirDe forma preconceituosa e unilateral, os meios de comunicação de massa, em especial os jornais, revistas e indústria cinematográfica, persistem em definir o continente africano como um “lugar” selvagem, habitados por “seres inferiores” em cultura e pigmento da pele, tais representações, portanto, invadem o senso comum, nos fazendo ver a África com a mesma visão negativa com qual ela nos é transmitida.
Tomando como base os textos de estudiosos que pesquisam e buscam entender com maior presteza o continente africano, percebe-se que a África apresentada pela indústria midiática é uma projeção arquitetada pela cultura e pela sociedade eurocêntrica, que rejeita seus aspectos positivos e expõe apenas o que lhe convém: uma África pobre e miserável a ser “salva” pelo homem branco.
Para os leitores e telespectadores que vêem o continente africano apenas pelo viés negativo, a imagem a ser construída sobre ele, certamente será negativa. Tal interpretação é, portanto, “resultado de anos de informações deturpadas e eivadas de forte etnocentrismo para com as práticas e costumes de povos diversos” (LIMA, 2012).
Minimamente nos é exposto os aspectos positivos do continente em questão e quando o é, o ponto de análise é sempre o dos “batuques” e danças “libertinas” que, diga-se de passagem, nossa sociedade rejeita e entende como uma afronta aos bons costumes e aos valores morais e familiares brasileiros. Cabe a nós analisar a quais famílias, valores e costumes tais danças afrontam.
Neste sentido, é impossível elaborar uma definição específica para o continente africano, pois ele, como todos os outros, é composto por diferentes elementos culturais, religiosos, sociais, étnicos, dentre tantos outros. Formular uma única definição seria, portanto, uma forma deturpada de tentar acoplar países completamente diferenciados entre si em uma única esfera: a da negatividade.
Assim, diferentes interpretações e representação nos serão apresentadas todos os dias em relação à África. Cabe a nós, que estamos no processo de formação, historicizar estas informações e fazer uma análise crítica a respeito delas, de modo a perceber que nenhuma avaliação pode ser feita ponderando apenas uma versão dos fatos, ou das fontes.
A história é construída por diferentes versões. Analisá-las e buscar compreendê-las é a nossa tarefa enquanto historiadores em formação, ou, melhor dizendo, enquanto “aprendizes de feiticeiros”.
Referências:
KI-ZERBO, Joseph. História da África Negra – I. 4 ed. Lisboa. Europa-América, 1999.
LIMA, Ivaldo Marciado de França. Selvas, povos primitivos, doenças, fome, guerras e caos: a África no cinema, histórias em quadrinhos e nos jornais. Aracajú, 2012. Pag. 4.
No ambiente escolar e em toda parte a África, que conhecemos é cheia de imagens distorcidas da própria realidade, um ambiente rústico com matas, animais e homens selvagens. No aconchego do lar a mídia nos retrata uma África com fome, miséria e vitimas da AIDS e nesse contexto fomos assimilando todos esses conceitos, minha mãe principalmente que ajuda as vitimas da fome da África através de doações para a "Igreja que Sofre" não a culpo, pois essa construção já vem de longa data. Tento explicar que na África existem diversidades de povos, línguas e que os problemas que acontecem no continente africano nós também enfrentamos aqui. Como explicar que existem ideologias de grupos religiosos que manipulam as imagens negativas da África? Barreiras que já criaram raízes e que envolvem questões de fé, nós resta agora quebrar paradigmas e conscientizar as gerações futuras que África tem muito mais para nos oferecer.
ResponderExcluirDiscente, Débora Lorene de S. Santos
Como tudo historicamente é construído, o discurso sobre o continente africano é carregado de preconceito, pois o senso comum cristalizou uma África “comum” não levando em consideração a pluralidade de seu povo e sua diversificada cultura.
ResponderExcluirInfelizmente o maior responsável por esse discurso são os meios de comunicação, principalmente as TVs abertas, pois em sua programação não estão preocupado em levar uma informação verdadeira, que alem de problemas como qualquer outra localidade, la também existe virtudes, Progresso e um povo feliz.
Dessa forma, nos estudantes de historia temos a responsabilidade de levar para os nossos alunos a verdadeira áfrica, não somente essa que foi de certa forma construída no imaginário popular. a África é plural!
Aluno: João Amorim
Obrigada professor Ivaldo por ter transformado o espaço da sala de aula num local de troca de conhecimentos e de novas construções históricas em especial da África, pois desde primeira aula percebeu que carregamos um fardo de estereótipos sobre á história da África. Percebo também que até mesmo na universidade existe mestres com posicionamento errado sobre o continente africano. Exemplo disso é quando dizem que a religião predominante é o candomblé. Depois de ter lido o artigo do professor Ivaldo “Selvas, povos primitivos, doenças, fome, guerras e caos: a África no cinema, histórias em quadrinhos e nos jornais” e das afirmações concretas que o cita, deixa claro que as concepções que temos da África é uma imagem mais estereotipada possível, talvez não somos culpados . Mas o sistema capitalista, a sociedade europeia faz questão de inferiorizá-la a todo tempo e com os mais diversos tipos de métodos comunicativos, como: jornais, revistas, televisão, etc.. Assim, como foram discutidos durante aula, os recursos tecnológicas de comunicação mostram o continente africano com aspectos social, financeiro e político muito negativo e de extrema miséria, colocam como um lugar inviável a habitação digna e satisfatória de uma sociedade civilizada. Porém , quando os estudiosos vão ao campo de seu objeto em análise , como tenho percebido no discurso do professor Ivaldo, descobre-se uma nova história da África, aquela que mais se aproxima da realidade. Dessa forma, é preciso questionar e buscar conhecer a história dos historiadores africanos e não apenas considerar como verdade tudo se ver e que se ouve principalmente pela mídia e noticiários de jornais e teorias de povos ocidentais e europeizados. Contudo, é inadmissível aceitar representações tão degeneradas ao continente africano sem ao menos procurar buscar conhecê-lo através das pesquisas de campo. Enfim, os estereótipos em relação África, são vendas impregnadas pelos meios de comunicação para não enxergarmos a pluralidade cultural que existe e impedem nos de caracterizá-lo como continente civilizado.
ResponderExcluirEntende-se que quando pensamos em África as primeiras imagens ou palavras que surgem em nossas cabeças são ideias negativas, fatos ruins, como a Aids, miséria, desnutrição, a África como selvagem ou somente com animais, enfim, a África representada de forma deturpada e pejorativa pela maioria das pessoas. Essas concepções acabam sendo um movimento espontâneo em meio a uma avalanche de informações negativas que recebemos diariamente a respeito da África, pelos diversos meios de comunicação, principalmente pela mídia que de forma ideológica, com ideias somente ocidentais caracterizam e transformam o continente africano no reduzido espaço de mazelas.
ResponderExcluirAssim, os grandes jornais, revistas em quadrinhos, filmes possuem um discurso ideológico e centralizador sobre a África, enxergando o mesmo a partir dos seus conceitos preconceituosos, etnocêntricos, sem avaliar a origem, história, riquezas e amplitude de seu povo, enfim, esquecem-se do grande berço cultural que a África possui, transmitindo somente o que lhes convém, reproduzindo uma África estereotipada contribuindo para a manutenção dessas ideias no senso comum.
Em meio a toda essa desinformação, essa ideia generalizada sobre o continente africano vai além do senso comum, dos telespectadores ou ouvintes, pois esses pensamentos estão presentes também no meio escolar sendo transmitidos por professores que ao invés de mostrar outro olhar acabam reforçando o que os ocidentais por meio da mídia ditam. Com isso, temos crianças e adolescentes que acreditam nas revistas que leem ou nas notícias que ouvem constantemente sem nenhum posicionamento crítico, aceitando o que falam sem cogitar outras possibilidades, contribuindo para a manutenção da visão deturpada da África.
Dessa forma, não seria interessante para os ocidentais mostrar um continente rico em recursos naturais, em diversidade cultural e religiosa, continente complexo e amplo com todas as diferentes línguas, um povo cheio de alegrias e coragem. Assim, não é conveniente mostrar uma África além da miséria, da Aids, dos conflitos internos, pois para manter o discurso preconceituoso e consequentemente a sua dominação é preciso a reprodução da África como um continente doente e pobre.
Portanto, para se ter uma outra visão sobre a África é preciso quebrar paradigmas e desmistificar essa negatividade que paira sobre o continente africano. O primeiro passo seria nas escolas, onde é o espaço de formação, inserindo nos nossos alunos uma África positiva com problemas como qualquer nação, mas diversificada, pois o estudo da África é fundamental para poder entender a humanidade.
Tamiles da Silva Santos
Referência:
LIMA, Ivaldo Marciado de França. Selvas, povos primitivos, doenças, fome, guerras e caos: a África no cinema, histórias em quadrinhos e nos jornais. Aracajú, 2012. Pag. 4.
Na grande maioria dos espaços educacionais, o que vem sendo discutido e mostrado com relação à África são os aspectos negativos dando a impressão que nada de bom existe por lá e os estudantes constroem uma visão equivocada do que realmente é aquele país. Como em todos os países do mundo, a África também tem suas belezas, sua pluralidade cultural, sua população, sua particularidade, sua culinária, porém são ocultadas pela mídia e pelos meios de comunicação em geral nos fazendo enxergar uma África miserável e faminta com gente morrendo de sede e de fome todos os dias. Tanto é que a discussão sobre o lado bom da África só começa quando alguns estudiosos que procuram entender e estudar a África com olhares diferenciados passam a ser lidos e interpretados com mais frequência pelos estudantes e professores. Portanto é necessário questionar, debater já que não é possível mencionar um continente inteiro com apenas um termo como é histórica e negativamente passado todos os dias nas salas de aula com relação à África.
ResponderExcluirValdêmia Baraúna
ola querido professor! como tem passado? espero que bem.
ResponderExcluirbom as aulas de africa esta sendo interessante para me pelo fato de nuca eu ter tido a oportunidade de estudar a africa,eu sempre tive um desejo secreto de saber mais sobre este lugar,as pessoas de lá sempre me pareceram exótica.
estou conseguindo ver a africa por outro ângulo agora, incrível como todas as vezes que ouvia falar do marrocos nunca atinei que ele ficava também na africa, as imagens ruins que vi sobre a africa não me deixava ver como ela realmente era.Acho interessante pensar sobre o fato de que, nos seres que achamos ser tao sábios, perdemos a visão mesmo tendo olhos,somos tanto e nada ao mesmo tempo,podemos tanto,e no fim nao podemos nada,somos tao diferentes e tao iguais,nós somos interessantíssimos! katiane dos santos
é bom saber que lá não tem apenas pessoas chorando e sendo massacradas como mostra o filme Huanda, eu nunca pensaria em ir pra la nem a passeio,vinha a idéia de "coisa ruim".seres inferiores,sem muita perspectiva de mudança,era o que, inconcientimente eu pensava, não gostava de pensar assim, não gosto de pensar que não ha jeito para as coisas, mas era algo meio que, automático sabe? katiane dos santos
ResponderExcluirAo entrarmos a fundo no estudo sobre a África podemos ter noção da verdadeira realidade cultural, política, e sócio-econômica do continente em questão.
ResponderExcluirComo já foi trazido em outros comentários, infelizmente somos carregados de informações errôneas, superficiais e preconceituosas formuladas por um sistema capitalista com relação a África. Essas informações são trazidas a nós pelas escolas (livro didático) e principalmente pelo meio midiático que deturba a verdadeira realidade do continente mostrando apenas seu lado negativo,a fome,as doenças,os conflitos,e a miséria.
A África é um continente dono de uma extensa diversidade, portanto, não podemos ser influenciados com o negativismo apresentado, devemos nos aprofundar mais no assunto para podermos defender e repassar tudo de Belo que a África tem.
Aluna: Greice Kelly Militão
O continente africano foi historicamente construído e transmitido de forma errônea e equivocada. Longe de ser homogêneo, o mesmo representa amplas diversidades, organizações socioeconômicas, culturas, religiões, festas típicas, centenas de idiomas e dialetos. Em alguns países também possui pobreza como muitos outros países do mundo, no entanto, o maior problema ao longo do tempo foi definir o continente com a palavra “África” não apontando as diversidades existente em toda a extensão territorial, muito pelo contrário o que foi apresentado pelos meios de comunicações e revista é que a África é uma extensa selva com animais inusitados, povoada por uma população primitiva e que a qual é assolada por guerra, fome e AIDS.
ResponderExcluirEntretanto graças a estudos mais aprofundados, historiadores remontam uma África diversificada e totalmente diferenciada do que é passado no meio midiático provocando um confronto de idéias. Com isso, os conceitos verídicos estão aos poucos sendo esclarecidos e firmados no meio social. Diante a esta variedade assinalada é perceptível a heterogeneidade ao longo do continente, desde a riqueza natural e cultural as organizações sociais e econômicas.
Texto: Cínara de Oliveira Araujo
A África por ser um continente onde a diversidade nos segmentos de cultura, diferentes povos e suas organizações sociais, assim como sua riqueza mineral é sem dúvida expoente no para os estudos historiográficos, onde dão balizamento para entender a humanidade. Hoje varias facetas africanas, dando rostos a estas diversidades são incorporadas as escolas superiores e a passos lentos as escolas de nível médio.
ResponderExcluirExistem dois continentes africanos, um pluralista, real, e um singular, criado e moldado por parte do mundo ocidental com um intento de abstrair para si as riquezas que o continente possui. - Uma pseudo África -. Ao longo da História, a África sofreu constantes perturbações no seu meio devido às colonizações e tratados político-militar, onde este continente foi transformado num banco que alimenta o crescimento europeu e estadunidense. Por vezes com o subterfúgio de levar o desenvolvimento e o progresso para terras "áridas", assim como também fora invadido sem desculpas a dar.
Com a chegada da segunda metade do século XX, ocorre a consolidação do sinal de transmissão radio/TV. Nas décadas de 1920/30 nos EUA, e 40 no Brasil, somando-se aos já potentes periódicos sempre ligados aos governos, que emitem opiniões e conceitos, com muito mais rapidez aumentado à imagem de uma África desesperada que precisa ser salva a todo custo. A chegada do cinema também exerce importante influência neste papel. Dos vários longas produzidos pela indústria fílmica hollywoodiana, a maioria possui uma conotação onde um “herói branco” salva os africanos das mais insalubres situações. No cinema tudo foi pensado para se transmitir uma imagem salvadora.
Esta imagem transmitida pelos grandes conglomerados para a massa, sobre o comando da assinatura dos estadistas trouxe uma inverdade no que concerne o real entendimento do continente africano. É preciso acompanhar historiadores, antropólogos e profissionais outros que versam sobre este continente, e que se preocupam em elencar o pluralismo africano com o intuito de realizar uma tomografia acadêmica para se derrubar paradigmas e a partir disso, confluir estas novas informações para o ensino nas escalas. Pois o ensino de História e a transmissão de cidadania, uma cidadania plural onde o conhecimento não pode ser mensurado numa bandeira onde os interesses individuais sobrepujam o coletivo.
No decorrer do século XX surge a necessidade de se estudar mais a fundo o continente africano. Ao fazer as leituras propostas, e a outras que trazem informações relevantes para o processo de conhecimento dos povos africanos, fica nítida a rotulação que a mídia capitalista faz sobre a África. A África para estes, não é tratada como um grande continente, que comporta uma enorme variedade de povos e nações; é antes, visualizada como "um país" que carrega em si suas mazelas, por conta de "tribos selvagens" desconexa do mundo global, atrasados no processo de civilização, e por conter o exótico e o bárbaro. Seria mesmo esta a verdadeira face da África?
ResponderExcluirO continente Africano não é um lugar só de sofrimento, ao estudá-lo por muito pouco que seja já se percebe as suas vantagens, e sua riqueza natural, como também, a independência de determinados povos, que por méritos próprios conseguem superar seus problemas, ora por conflitos internos, ora pelos valores democráticos, garantindo seu 'lugar' no espaço globalizado. A mídia Hollywoodiana através de revistas em quadrinhos, filmes e documentários muitas vezes nos tem mostrado uma África marginalizada, homogênea, totalmente dependente de ajuda. O eucêntricismo dispensou ao longo dos anos uma análise minuciosa desse continente, da cultura de cada povo e de cada região. Entretanto, parece tendencioso falar de maneira puramente positiva sobre o continente, uma vez que é sabido que lá, como em qualquer parte do mundo, há miséria e calamidades [...] O intrigante na história da África é o grau de negatividade que a cultura eurocêntrica faz sobre o continente, uma vez que esta, ao se colocar de maneira assimétrica em relação às outras culturas, impõe valores para desconsiderar e desqualificar a cultura alheia. Porém é imprescindível entender a História africana, não por um mero cumprimento curricular, mas sim para não deixar-se influenciar por ideologias capitalistas que procuram direcionar os olhares, e concentrar as atenções para o continente europeu.
Passamos todo o ensino fundamental e médio, distantes das verdadeiras informações sobre os povos africanos, os valores culturais e a sua grande diversidade. Hoje, ao presenciar e efetuar as leituras que transmitem uma nova idéia da África pode-se entender como a história foi construída e perpassada às gerações. Será necessário agora, sendo sabedores dos novos caminhos buscarem cada vez mais estudar, pesquisar e aprimorar conhecimentos, a fim de desmistificar e desconstruir ideais preconceituosos sobre a África, trazendo à tona tudo aquilo que transmita a verdadeira identidade do povo Africano.
Aluno do 5º Semestre de Licenciatura em História:
Petrônio Pinho de Oliveira
A África é um imenso continente, com uma população heterogênea, como em qualquer outro continente. Com mais de 900 milhões de habitantes e cerca de 30 milhões de quilometros quadrados, a África é um grande continente formadom por 53 países. Há cerca de 800 grupos étnicos, cada qual com sua lingua e cultura. Há sofrimento, mas também há felicidade.
ResponderExcluirÉ impossível falar de uma África no singular, trata-se de um contiente plural, repleto de línguas, povos paisagens e contextos. São muitas suas origens, sua diversidade é “infinita”. Porém, é necessário despir-nos dos preconceitos e deixar de ignorar esse tema para podermos valorizar a história da África, pois entedemos que Ela não é apenas um lugar onde os povos foram escravizados, vítimas da exploração de fundo capitalista, ou que fugiam para os quilombos. O fato de povos diversos terem sido espoliados por agentes externos, compactuados com agentes internos, não pode ser negado. No entanto, a África não se resume a isso. Os africanos foram sujeitos de processos históricos complexos em que desempenharam muito outros papéis.
Como diz a canção de Chico César: “Mas forte que os açoites dos feitores/São os tambores”. O povo africano é um povo forte, pois, mesmo enfrentando as muitas adversidades contruíram sua história, lutando contra um inimigo que insitia em mantê-la escravizada. Como em qualquer lugar do mundo, continuam brigando por dias melhores, procurando fazer valer seus direitos, para poder viver dignamente. O lado ruim da história, não será apagada, porém terá continuidade com fatos que demosntram a vitória de um povo que não desistio nem desiste, pois sabem que todos somos iguias e temos direito à vida, e devemos viver usufruindo dos bens que nos são ofertados todos os dias. É impossível definir a África apartir de suas mazelas.
Aluno(a) Anely Araujo
A visão que a maioria de nós temos com relação à África nada mais é do que um pré-conceito construído e alimentado pela mídia e que vem a ser reforçado por alguns países como os EUA por exemplo que se propõe a passar uma imagem sempre negativa da África diante das outras nações, utilizando recursos como os noticiários, e também os filmes, como Diamante de Sangue, Hotel Huanda, entre outros, percebe-se que eles sempre são elaborados de forma que exponha os africanos sempre como seres selvagens, como se nos outros países nunca tivessem havido guerras ou disputas territoriais.
ResponderExcluirEsse pré-conceito construído pela sociedade é também observado nos livros didáticos, pois se foliarmos alguns deles de história ou geografia, principalmente os de ensino fundamental, não é necessário que se faça a leitura para se perceber de imediato com o que vamos nos deparar, pois como dizem as imagens falam por si só, e estas na maioria das vezes expõem os africanos morrendo de fome ou sede, extremamente magros, mortos em conflitos, adultos e crianças com AIDS, em fim pessoas vivendo em condições miseráveis.
Portanto está na hora de nós enquanto futuros historiadores nos preocuparmos em passar para os outros a verdadeira façe da África, sabemos que não há como desconstruir todos esses conceitos de uma hora para outra, visto que essa história mentirosa e unilateral vem sendo cultuada há séculos, mas a partir do momento que nós tomamos conhecimento da verdade é nossa obrigação apresenta-la aos outros.
Aluna: Aila Mota da Silva
Sempre que ouvimos falar algo, que passam reportagens na TV sobre a África, que é dia da consciência negra, ou coisas ligadas a negros, temos a África como referência. As representações que temos é de um povo que não acompanha o tempo presente, que passa fome, miséria e outras coisas ruins. Claro que na África tem tudo isso, mas segundo o que estamos discutindo, isso é uma visão ultrapassada, pois lá não tem só isso, a África tem suas maravilhas e coisas que precisam ser melhoradas como em todo país.
ResponderExcluirEsse discurso de que "A África como sinônimo de florestas, povos primitivos e animais exóticos por um lado, e a África como o lugar da fome, miséria, guerras, AIDS, corrupção, por outro", não convece, pois vemos que não conhecemos nem procuramos conhecer o que a África realmente tem, o que representa, o que transmite ao mundo, e como é.
Estudamos o mundo todo com olhares europeizados, capitalistas, e "metido" a superiores, e no fim somos iguais ou piores, afinal que país é livre 100% da miséria, pobreza, fome, analfabetismo, corrupção, preconceito? Somos apenas, na maioria das vezes, capachos ou gravadores, que gravam o que é dito e mostrado por quem tem poder e reproduzimos as nossas crianças, adultos ou idosos, fazendo com que mais uma vez a história beneficie quem tem poder, e contando mais uma mentirinha aos nossos sucessores.
Sei ainda muito pouco, não conheço muitos autores, mais um dos que nós estudamos, me instigou a pesquisar, a pensar melhor, a procurar saber e desconstruir visões desse tipo, afinal ninguém é o que representa para a sociedade, sempre somos visto como algo diferente, e penso que com a África é do mesmo jeito. Muitos falam o que não sabe, e poucos estudam para saber falar.
Espero que as aulas continuem tão boas e cheias de novas descobertas.Eu me interesso em saber o que é a África a partir dela própria e não seguindo representações ou reportagens.
Estudante - Jackeline Oliveira Ferreira.
O continente africano assim como os outros territórios continentais tem a característica da diversidade. Sabe-se que a África foi e ainda, continua sendo alvo de disputas política-militar provocada por Estados centrais, que num primeiro momento apresaram pessoas e atualmente extraem as riquezas minerais do continente.
ResponderExcluirOs meios de invasão foram diversos: de forma militar, tratados políticos incitando uma nação contra outra, invasões com promessa de desenvolvimento de infraestrutura, visão essa, muito difundida para a grande opinião pública internacional. Esta consolidação da suposta “ajuda” que o mundo europeu e estadunidense estaria levando se deu nas mais diversas formas e o cinema – indústria fílmica – sempre foram aliados dos políticos em passar o paradigma de um grande sofrimento africano, e que, o mundo “civilizado” estaria ali para salva-los. Quem não se lembra dos filmes que versam sobre a África como o Ultimo Rei da Escócia (2006) ou Um Grito de Liberdade (2007) nos dois longas, sempre há um homem branco na tentativa de salvar ou melhorar determinada situação. Os grandes conglomerados da comunicação tem o poder de vender a imagem do que querem para enriquecer, por que o negocio é lucrativo, e assim também mantém suas outorgas de funcionamento.
Para além destas questões do controle da comunicação, que é também chamado de Agenda Setting, onde influencia o cidadão no que se deve assistir e assim dominar a população provocando o controle midiático, existe também órgão políticos mundiais que na teoria ajudam os países necessitados. E que na verdade são alça de domínio dos países europeus e dos E.U.A. como a U.N por exemplo.
É preciso promover uma quebra destes círculos de interesses econômicos, que são visíveis na África com a educação, em um primeiro momento dentro da sala de aula, usando os teóricos que estudam o continente em plena diversidade onde mostram outra África, a África real, igual a todos os outros continentes com seus problemas e também com suas qualidades. Assim, teoricamente, teremos um conceito macro sobre estudos africanos através de população conscientizada graças ao ensino iniciado em sala de aula. Dessa forma, poderemos traçar uma definição sobre a magnitude deste rico continente. Definir a África para mim é enxergar as realidades, não me portar de forma conformável achando que os problemas africanos estão sendo resolvidos pelos países centrais. Dessa forma se a população abrir os olhos na tentativa de descobrir o que é a África estará se compreendendo também. Assim reflitam sobre está situação refletindo a frase do escritor argelino Albert Camus, “Não espere pelo juízo final, ele acontece todos os dias”.
Elozane Carneiro
É de suma importância refletimos sobre a visão de mundo relacinado ao continente africano que nos é apresentado diariamente nos jornais, filmes e muitas outras redes socias onde a Árica é tida como um continente extremamente miséravel e que nesse contexo existe os salvados ou pelo menos aqueles que buscam melhorar essa situação.
ResponderExcluirsim, mas a África é só isso? é preciso que se repense sobre esses conceitos já formados que temos sobre diversas coisas inclusive sobreo continente Africano que não pode e não deve ser resumido a fome, guerras, doenças e animais, muitos animais, pois nessa concepção acaba se deixando de fora elementos importantissimos como a cultura e as crenças de um povo que não é inferior as demais civilizações mundiais.
Assim, termino afirmado que o que é disponibilizado sobre o continente Africano é apenas uma das diversas formas de ver e viver esse país forma essa que é bem usada pelos "salvadores da humanidade" em pror de interesses próprios.
Aluna: Maria Patricia
Estudando a história do continente africano a partir dos conhecimentos produzidos pelos estudiosos, principalmente os historiadores, percebe-se um certo antagonismo entre as "Áfricas", a descrita e criada como um mito, inventada de maneira preconceituosa e impregnada no imaginário das diversas nações, e a real África, onde há práticas culturais distintas, grandes construções ,intelectuais, avanços, enfim, questões e realidades que raramente são divulgadas, permanecendo quase sempre o entendimento e crença de homogeneidade do continente africano, de pobreza, doenças, selvageria e realidade de extrema dependência nas resoluções de seus conflitos, estereotipando-os como não civilizados, incultos.
ResponderExcluirCertamente essa "nova" representação, longe dos estereótipos para com os povos dominados, causa um estranhamento e/ou um choque, devido, sobretudo, as informações deturpadas que chegaram à sociedade por meios de comunicação e escritos mal intencionados, dispostos a mostrar uma verdade que não existe.
Não é possível também, criar uma AFRICA-PARAÍSO, pois, há problemas em todos os lugares, mesmo que, de natureza e questões diferenciadas. O necessário é desconstruir tais conceitos a partir do conhecimento e criticidade, sabendo da impossibilidade de definir qualquer continente apenas por um discurso e representação ,pois, as diversidades, especificidades e consequentemente a heterogeneidade, são sempre presentes.
MARCIEL CARNEIRO COITÉ-RIACHÃO DO JACUÍPE
Sempre que escutamos notícias, ou qualquer tipo de referência a África, provavelmente pensaremos num continente homogêneo, onde a fome, a AIDS é regra geral num lugar tão vasto. Não é uma surpresa tão grande, pois de forma muito parecida o Brasil é visto, ou foi dito durante muito tempo internacionalmente, lugar de macacos, e principalmente o lugar do carnaval e do futebol.
ResponderExcluirAs generalizações culturais são feitas de uma forma que tendem a limitar e inferiorizar os seus alvos. No caso da África são várias as possibilidades negativas que podem se delinear. Uma grande ignorância em relação aos aspectos não só culturais, mas econômicos e políticos também geram uma falsa idéia sobre este continente. É claro que na África existem graves problemas sociais, mas praticamente todos os lugares do mundo sofrem com algo parecido. A partir deste pensamento podemos entender o que realmente acontece. Se as mazelas sociais estão presentes em vários territórios, o que faz da África o grande exemplo de um continente em que deu tudo errado? Se os meios de comunicação insistirem em continuar mostrando apenas uma lado da coisa, num incrível exemplo de ideologia pejorativa, vai ser embutida sempre a mesma idéia de África atrasada.
Gradualmente alguns grupos de historiadores vêm tentando demonstrar um aspecto histórico que possa valorizar aquele continente, não se trata de adaptar a África a teorias mais novas e menos preconceituosas, mas se baseando numa história real que mesmo esbarrando em várias dificuldades de todo o tipo, já consegue mostrar alguns avanços no sentido de relevante produção cultural, e aspectos de resistência á tentativas de dominação.
É muito interessante notar que as informações que não condizem com a realidade africana não são somente tendenciosas, elas podem ser encontradas nas falas de grupos interessados em melhorar a realidade social, por excesso de vontade de mudanças, ou mesmo ideologias que julgam obter bons fins.
Paulo Rodrigo F. Silva
Referências:
KI-ZERBO, Joseph. História da África Negra – I. 4 ed. Lisboa. Europa-América, 1999.
LIMA, Ivaldo Marciado de França. Selvas, povos primitivos, doenças, fome, guerras e caos: a África no cinema, histórias em quadrinhos e nos jornais. Aracajú, 2012. Pag. 4.
Texto elaborado por: Roberto Rubens Coutinho
ResponderExcluirPensar no processo histórico da África até então, nos remetia a uma série de catástrofes e desordens que foram construídas em nosso imaginário ao longo do nosso período escolar e aliado a isso reportagens de jornais, sites, filmes, dentre outros, que nos falavam de uma África que estaria em estágio “primitivo” e incivilizado. É difícil esquecer aquelas imagens que aparecem em livros didáticos e em algumas matérias de jornais onde o negro africano traz um prato vazio na mão sinalizando tamanha fome e miséria. Assim com grande número de representações equivocadas passamos a “olhar” para o africano desconsiderando a tamanha heterogeneidade social e cultural e continuamos a passar em nossas falas conceitos e preconceitos sobre esse continente que dispõe de tamanha pluralidade, mas que muitas das vezes acabam sendo subjugados a tendenciosos discursos etnocêntricos.
Sendo assim diante de alguns diálogos em sala por intermédio do professor Ivaldo percebemos que não é possível descrever no singular uma história da África, visto ser um continente dotado de particularidades e que precisa ser estudada como portadora de um papel fundamental na história da humanidade. É preciso desconstruir olhares preconceituosos que colocam o africano como um ser inferior. Cabe a nós (Estudantes de história da UNEB) na condição de futuros professores ampliarmos a nossa visão através de leituras e envolvimento com o tema na tentativa de romper essa idéia África – miséria e mostrar na nossa prática em sala de aula um continente que foi sim sujeito do processo histórico mundial e não somente passivo como imaginávamos até então.
Referência:
LIMA, Ivaldo Marciano de França. Selvas, povos primitivos, doenças, fome, guerras e caos: a África no cinema, histórias em quadrinhos e nos jornais. Aracajú, 2012. Pag. 4.
Discente: Pedro Márcio Pinto de Oliveira
ResponderExcluirA África é um continente de dimensão imensas, é um berço de culturas, uma mistura de línguas e povos, que constitui um continente riquíssimo e diversidade cultural. Essas linhas que termino de escrever só me foi possível porque tomei contato com aulas e texto na Universidade até então a havia uma outra África construída em meu imaginário, e é essa mesma África que existe na cabeça das pessoas que infelizmente que tem o privilegio de fazer o ensino superior e tomar contato com leituras que descontrua e estereótipo a cerca da África.
Nas escolas, na mídia, nas histórias em quadrinhos, nos filmes hollywoodianos, é mostrada a imagem de uma África una selvagem, incivilizada, podre, onde a fome atinge quase que em sua totalidade, berço dos negros seres inferiores escravizados ao longo da história.
Os brancos europeus ocidentais, construíram um discurso e impregnaram na mentes das pessoas por diversos meios, com seres superiores capazes de dominar o mundo inclusive a África, continente ao qual colonizaram para levar a cultura ao um povo aculturado.
Porém, África real, aquela que realmente existe de fato é um imenso continentes formado de país com uma diversidade cultural riquíssima, diversidade povos, línguas, riquezas naturais, gentes com história, com passado de luta, enfim, uma outras África desconhecida, mais que existe é linda em seu conjunto.
Referências:
KI-ZERBO, Joseph. História da África Negra – I. 4 ed. Lisboa. Europa-América, 1999.
LIMA, Ivaldo Marciado de França. Selvas, povos primitivos, doenças, fome, guerras e caos: a África no cinema, histórias em quadrinhos e nos jornais. Aracajú, 2012. Pag. 4.
A imagem da África construida na mente das pessoas está atrelada a duas visões: a África selvagem como atrativo turístico para o “resto” do mundo, a diversidade da fauna, e a África pobre, carente, representante da miséria. Essa contrução desenvolvida em especial pela mídia de forma geral, amplia nosso questionamento sobre como a visão de uma nação pode está reduzida a apenas duas óticas? É Através dos estudos específicos sobre o continente africano, que se percebe a dimensão de sua pluralidade em vários aspectos. essa pluralidade enriquece sua história e o aproxima da realidade do mundo ocidental, talves este seja o motivo para que os países ocidentais trate-o com inferioridade e mostre apenas o lado negatvo da sociedade africana. Cabe as gerações do presente e do futuro se encarregarem de desmitificar a história dando a África seu verdadeiro valor e reconhecimento, levando em consideração também seus aspectos negativos, pois a visão e o conhecimento de qualquer situação precisa ser vista por todos os ângulos.
ResponderExcluirAluna Cleidiane oliveira Carneiro
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ResponderExcluirOs vários filmes existentes sobre o continente africano traçam um perfil de um local onde à apenas guerras, fome, doenças, caos e povos incivilizados, ficando em nossa mente a ideia de um lugar composto por aspectos ruins o que não é verdade. O mesmo acontece nos jornais e revistas que representam a África como, um país movido por guerras, catástrofes, golpes e desastres ecológicos, ou seja, dificilmente é mostrado pela mídia algo otimista sobre o continente africano. Por isso é preciso eliminar essas representações tão fortes, mostrando as características de um continente igual a todos que têm sim problemas, mas também possui seus aspectos positivos como belezas naturais, povos civilizados, culturas além de uma grande diversidade linguística.
ResponderExcluirDiscente: Givanilda Cunha Pereira
Devido a uma visão equivocada, eurocêntrica e preconceituosa, a África vem sendo vista há muito tempo pelos continentes vizinhos como o “país” de fome, guerra, doenças, pobreza e de povos selvagens entre outras características. Os meios de comunicação (TV, revistas em quadrinhos, documentários assim como também a linguagem fílmica) tem contribuído para criar uma falsa identidade da África o problema é tão sério que quando se fala de África a maioria das pessoas entende como se fosse um único país. Uma África homogênea, o que de fato nunca existiu. Infelizmente a educação que tem um dos seus papeis fundamentais nessa desconstrução da “homogeneidade africana”, não vem contribuindo muito, pois são raros os professores formados na área, o que demostra uma desqualificação dos profissionais da educação na área de História. Mas não é por isto que deve haver continuidade desta visão tão alienada sobre este continente. A África é um continente riquíssimo em belezas naturais, cultural e possuidora de uma vasta variação de povos tão cheios de anseios e problemas como quaisquer outros povos do planeta. Portanto não se deve pensar neste continente como uma nação homogênea, baseando-se na visão de um país pobre, atrasado e sem desenvolvimento. Os povos africanos são formados por culturas diversificadas, e não existe só tristeza mas também alegria, riquezas minerais entre outros. Quanto a identidade desses povos, eles não se auto-identificam como africanos eles se identificam como pertencentes de um determinado povo de origem. São muitos os que chegam a afirmar que na África existe conflitos étnicos, porém acredita-se também que não é uma questão de conflitos por raça mas sim por defender seus próprio sustento, para garantir a sua própria subsistência.
ResponderExcluirEliana M.Lima
Quando se fala em África, imediatamente, vem à nossa memória imagens de fome, miséria, pobreza, negros, animais e selvas. Tudo isso existe de fato! O desafio agora é desconstruir essa imagem, que, ao longo de nossas vidas, com preconceito, foi passada através dos meios de comunicação, revistas, jornais, escolas e outros como local de atraso e povos primitivos. Esses fatos ligados ao aparecimento do tráfico negreiro e recolonização também causou danos para compreender a verdadeira história desse continente, trazendo uma visão que temos, até hoje, de uma África vítima do processo do imperialismo, mas não se confirmava a África como um local rico, diversidades em povos, línguas, crenças e cultura. Um maior exemplo é como é usado o termo africano, passando a denominar todos aqueles que tivessem a etnia negra, caracterizando-o de inferior e primitivo. Como historiadores temos a função de quebrar esses paradigmas e imagens excludente, ser um colaborador na reconstrução da história desse continente, que, para nós, além de magnífico, é uma fonte de mistérios e sabedoria.
ResponderExcluirRafael Santos